Um polícia britânico reformado foi detido por causa de uma publicação nas redes sociais no X (antigo Twitter) e a sua casa foi invadida pela polícia, que questionou os seus livros pró-Brexit. O antigo agente especial foi depois levado para uma esquadra da polícia, onde esteve detido durante oito horas.
Julian Foulkes, de Kent, em Inglaterra, foi detido em Novembro de 2023, mas as imagens da câmara corporal da polícia que invadiu a sua casa só foram publicadas a 10 de Maio deste ano. As imagens mostram os agentes a criticar a colecção de livros de Foulkes, por serem pró-Brexit.
“Coisas muito Brexity”, murmura um agente do Estado, enquanto folheia as estantes do reformado. Depois, ao olhar para um tomo eurocético sobre a entrada da Grã-Bretanha no Mercado Comum, nos anos 1970 afirma: “Isto é um bocado estranho.”
O agente esqueceu-se que os britânicos votaram, na sua maioria, pela saída do país da União Europeia, em 2016.
A polícia também apreendeu os aparelhos electrónicos de Foulkes e vasculhou muitos dos seus pertences pessoais, revistando até gavetas onde guardava roupa interior.
🚨WATCH: Body-worn camera footage of Kent Police searching FSU member Julian Foulkes’s home — all because of a perfectly lawful tweet.
“Very Brexity things,” murmurs one agent of the state, while browsing the pensioner’s bookshelves. Then, glancing at a Eurosceptic tome on… https://t.co/4gJHdF8sMB pic.twitter.com/xkJynbjUj1
— The Free Speech Union (@SpeechUnion) May 11, 2025
O post que motivou a rusga foi uma defesa tácita da descrição feita pela então Secretária do Interior Suella Braverman das manifestações anti-Israel e pró-Palestina em Londres como “marchas de ódio”. Foulkes disse que os manifestantes estavam “a um passo de invadir o [aeroporto] de Heathrow à procura de chegadas de judeus”, em referência aos muçulmanos que invadiram um aeroporto na região russa do Daguestão à procura de israelitas que chegavam.
“A liberdade de expressão está claramente a ser atacada”, disse Foulkes aos meios de comunicação britânicos, acrescentando: “Ninguém está realmente seguro… o público precisa de ver o que está a acontecer e ficar chocado”.
Apesar de ter encarcerado o “suspeito” numa cela durante oito horas, a polícia admitiu mais tarde que ele não tinha feito nada de errado e até afirmou que a advertência que lhe foi dada tinha sido um erro.
Foulkes comentou o facto de o Primeiro-Ministro Sir Keir Starmer ter dito ao Presidente Donald J. Trump que o Reino Unido tem liberdade de expressão há muito tempo, afirmando:
“Vi o Starmer na Casa Branca a dizer ao Trump que temos liberdade de expressão no Reino Unido há muito tempo e pensei: ‘Sim, claro. Podemos ver o que realmente se está a passar'”.
O caso é apenas o mais recente exemplo das acções orwellianas da polícia do pensamento britânica, que se entretém a prender cidadãos por causa de publicações nas redes sociais e outros crimes de opinião. Um incidente semelhante aconteceu com a escritora do jornal Telegraph, Allison Pearson, por causa de um post que foi declarado um “incidente de ódio não criminoso”. A polícia foi a sua casa em Novembro passado para a interrogar sobre as suas publicações e opiniões políticas.
O leitor do Contra sabe que exemplos outros, não faltam.
Todos os anos, na Grã-Bretanha, são comunicados à polícia cerca de 250 000 “incidentes de ódio”.
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