Manual de Instruções para Desaparecer, ou a poesia ininteligível.

Poetas clandestinos da literatura portuguesa: José dos Anjos há-de morrer a tentar provar a toda a gente que é moderno. O problema é que a sua poesia, para além de ininteligível, é antiga como o raio.

Filinto, o apóstata.

Poetas clandestinos da literatura portuguesa: Filinto Elísio, o poeta iniciático do romantismo português, morreu em França, exilado por força de ter desafiado, com a veemência da sua pena, os ditames da inquisição e as normas do seu tempo.

A Arte do Haiku: Introdução.

Uma introdução a um legado maravilhoso da literatura clássica japonesa - o haiku, que precede a publicação de um extenso trabalho lírico, redigido em português, mas inspirado nesta forma minimal da poesia nipónica.

A repetida recomendação de Charles Baudelaire, em português de tasca.

Variações do Contra: o poeta francês aconselha a bebedeira no seu sentido lato e eufemístico, mas em português o texto soa melhor se for adequado à oralidade prosaica de uma casa de pasto.

A Carga da Brigada Ligeira, em versão livre.

Onde o poema épico de Alfred, Lord Tennyson, que honra a bravura da Brigada Ligeira inglesa na tristemente célebre batalha de Balaclava, encontra uma variação livre, em português bélico.

Joana Trama ou uma variação de Billie Jean

Variações do Contra: a letra de um dos temas mais bem sucedidos da história da música pop sofre uma metamorfose brutal na versão para português; de estribilho de discoteca para coro de tragédia grega.

Elisabeth Bishop perde coisas e pessoas numa língua alienígena.

Variações do Contra: um poema assombroso, sobre o que perdemos na vida, que em português se transforma numa espécie de fado.

Márcio Alves Candoso:
sobretudo, um poeta.

Poetas clandestinos da literatura portuguesa: Márcio Alves Candoso foi um homem de muitas vocações. Mas o seu primeiro e último ofício foi o da poesia. Da recensão crítica a "Antes do Destino", e do prefácio a "Quando Tudo Era Tanto" consta este elegia.

Blake, Byron, o Tigre e a Lua, ou dois poemas na língua de Camões.

Primeiro artigo da série "Variações do Contra" onde vão ser publicadas algumas traduções livres da poesia anglo-saxónica. Começamos com dois poemas icónicos de duas figuras monumentais da lírica inglesa: William Blake e Lord Byron.

Li Bai e a poesia intraduzível.

Para um tradutor ocidental, não deve haver desafio maior do que verter um poema chinês para a sua língua natal. E porquê? Porque os chineses não usam vocábulos. Usam logogramas, símbolos conceptuais que condenam invariavelmente o tradutor à contingência da recriação.

De Dante a Solzhenitsyn: O que há de pior na ideologia progressista.

Faríamos bem em redescobrir a Divina Comédia de Dante e o Arquipélago Gulag de Solzhenitsyn e em prestar atenção aos seus avisos sobre as consequências das ideologias progressistas e da traição que realizam sobre os povos e os seus próprios ideais.

Platão e a arte poética.

A Universidade de Michael Sugrue #03: Para alguém que escrevia num grego sublime e cujo trabalho é um triunfo lírico, Platão mostrou-se deveras crítico da poesia. Para entendermos o seu pensamento, há que desmontar a contradição.

Romancista premiada admite usar o ChatGPT para escrever partes das suas novelas.

Rie Kudan, a escritora japonesa vencedora do prestigiado Prémio Akutagawa em 2023, revelou que usou inteligência artificial, incluindo o sistema de conversação ChatGPT, para escrever partes de seu romance premiado.

Martin Amis:
Amor, pornografia e literatura.

O Contra ao Fim-de-Semana: Martin Amis percebeu bem o devastador impacto cultural da pornografia muito antes de maior parte de nós se aperceber disso. "A pornografia, ao que parece, é uma paródia do amor", escreveu.

De Amore, de Armando Silva Carvalho

Biblioteca do Contra: Nos versos de Armando Silva Carvalho a literatura relaciona-se com a geofísica do amor de forma tão poderosa que conseguimos, dir-se-ia, sentir o vento das palavras.

Mensagem de Bertold Brecht a Marcelo Rebelo de Sousa.

Ouve-me bem? Tenho algo a dizer-lhe que vai interessá-lo. Você é um idiota. Formidável, não acha? Em matéria de negócios é mesmo uma vantagem. E então na política!

Às Páginas Tantas . Vol. IV
A guerra mundial dos primos, o concerto da estalada e outras desavenças.

Os netos da rainha Vitória zangam-se, Shakespeare (pai) acorda para um prémio, o demónio volta ao inferno (sete vezes), Nani faz queixas do serviço, Schoenberg leva os críticos ao ringue e Cristo desvaloriza a família.

O versículo dos versículos.

João 1:1 é por certo o versículo mais enigmático e arrojado do Novo Testamento e talvez a frase mais lida e discutida alguma vez escrita na história da literatura ocidental. Um breve ensaio sobre esse sintético bocadinho de grego, que tem ecoado por milénios e por milénios irá ecoar, de forma complexa e cifrada, na mentalidade cristã.

Às Páginas Tantas . Vol. III
Entre fiéis marroquinos e gregos equivocados.

O ideário do guerrilheiro marroquino, um império sem imaginação para inimigos, o secreto destino dos guarda-chuvas, uma ponte sobre a ficção, a urgência do jovem Proust, a bebedeira de Balzac e toda a verdade sobre a Guerra de Troia.

Às Páginas Tantas . Vol. II
Do azar do louva-a-deus à cenografia de Crasso.

A cópula do Mantis Carolina, uma triste sina em estatística quântica, a ameaça da estupidez, Leibniz na ementa de Newton, a Espanha autofágica, os crimes judiciais na libertação de Paris e a paisagística rodoviária, segundo Crasso.

Às Páginas Tantas . Vol. I
De mendigos a generais e de assassinos a inspectores.

O PIDE que compareceu vivo ao seu velório, a etiqueta do teatro romano, o condenado que não queria morrer, o general proverbial, o suicídio segundo Kleist, o endividamento dos mendigos e uma osmérica carga de cavalaria.

Alemanha Ensanguentada, de Aquilino Ribeiro.

Biblioteca do Contra: “Alemanha Ensanguentada” é pura literatura de viagem, do género clássico. Uma obra esquecida, que convém revisitar.

Luciano e a primeira novela de ficção científica.

Biblioteca do Contra: Em "Uma História Verdadeira", Luciano inventa, no século II d.C., a literatura fantástica, mascarada de sátira, com idas à lua, batalhas com extra-terrestres, colonização de planetas e seres robóticos.

Vozes da Poesia Europeia
Vol. V

Revisitando uma edição da revista Colóquio Letras que traz à estampa o trabalho de tradução que David Mourão-Ferreira desenvolveu sobre a poesia europeia. O quinto e último volume inclui 4 autores da segunda metade do século XX.

Proust Vs. Joyce

Num jantar em Paris, os dois imortais que em comum só deviam ter a posteridade, trocam uma breve conversa que consiste principalmente na palavra não. Não, nunca fui. Não, nunca ouvi falar. Não, não conheço.

Vozes da Poesia Europeia
Vol. IV

Revisitando uma edição da revista Colóquio Letras que traz à estampa o trabalho de tradução que David Mourão-Ferreira desenvolveu sobre a poesia europeia. O quarto volume integra poemas de autores da primeira metade do século XX.

Os Nus e os Mortos,
de Norman Mailer.

Biblioteca do Contra: retrato graficamente contundente e perturbador da situação do homem comum quando submetido aos rigores da batalha em território hostil, este é o romance que pôs a América a pensar duas vezes sobre o entusiasmo com que entregava os seus filhos aos horrores da guerra.

Vozes da Poesia Europeia
Vol. III

Revisitando uma edição da revista Colóquio Letras que traz à estampa o trabalho de tradução que David Mourão-Ferreira desenvolveu sobre a poesia europeia. O terceiro volume inclui 4 autores entre o séc. XIV e o séc. XVIII.

Tucídides e a Realpolitik.

A Universidade de Michael Sugrue #02: uma prelecção sobre o iniciático realismo de Tucídides, na "História da Guerra do Peloponeso".

Os Irmãos Karamazov:
a comédia humana não tem piada nenhuma.

O problema central da obra prima de Fiódor Dostoiévski resume-se a esta questão: uma vez anunciada a morte de Deus, será o homem capaz de redenção?

Vozes da Poesia Europeia
Vol.II

Revisitando uma edição da revista Colóquio Letras que traz à estampa o trabalho de tradução que David Mourão-Ferreira desenvolveu sobre a poesia europeia. O segundo volume é dedicado aos trovadores da baixa Idade Média.

Prometeu, o bom bandido.

Cosmogonias do Contra: Mesmo considerando que se trata de uma rábula com uns valentes milhares de anos, o mito criacionista dos gregos é uma história do arco da velha, que oscila entre a inventiva gótica e o conto infantil.

Vozes da Poesia Europeia Vol. I

Revisitando uma edição da revista Colóquio Letras que traz à estampa o trabalho de tradução que David Mourão-Ferreira desenvolveu sobre a poesia europeia. O primeiro volume é dedicado à antiguidade clássica.

Cândido no melhor dos mundos ou o erro de Voltaire.

A odisseia de Cândido tenta demonstrar que a realidade está longe de constituir um ideal arquitectado pela providência divina. Mas o que sabemos hoje sobre o cosmos favorece mais a filosofia de Leibniz do que a prosápia de Voltaire.