Georgia Venables, de 29 anos, compareceu no Tribunal de Chester, em Inglaterra, para responder a acusações relacionadas com um autocolante alegadamente ofensivo afixado no seu veículo. Os procuradores alegam que Venables, residente em Prenton Place, exibiu no seu carro linguagem considerada ameaçadora ou abusiva. O incidente terá ocorrido a 8 de Janeiro, quando Venables foi observada a conduzir com um autocolante no seu carro onde se lia:

“Don’t be a cunt” (Não sejas um coninhas, em português de tasca).

Venables declarou-se inocente das acusações de causar assédio, alarme ou angústia. Enquanto o caso progride, foi-lhe concedida fiança e espera-se que volte a comparecer no tribunal ainda este ano.

Num incidente separado, e anedótico, a polícia de Hampshire mandou parar um condutor por excesso de velocidade na autoestrada M27, quando viajava a 160 kms/h. De acordo com os relatórios da polícia, o facto ocorreu no dia de Natal, quando o tráfego era bastante reduzido. O condutor, cuja identidade não foi revelada, conduzia um BMW preto adornado com vários autocolantes. Entre eles, havia um que dizia:

“A minha condução também me assusta”.

A alergia a autocolantes por parte das elites inglesas não se limita aos trabalhistas. Ainda durante o regime Sunak o activista contra a migração em massa Sam Melia foi preso por gerir um canal Telegram onde as pessoas podiam descarregar autocolantes com slogans como “Rejeitar a culpa branca” e “Não há problema em ser branco”. O juiz da sentença, Tom Bayliss, afirmou que “este tipo de material é corrosivo para a nossa sociedade”, enquanto a polícia local avisou:

“Aqueles que procuram trazer o ódio às nossas comunidades através de acções como a colocação de autocolantes serão identificados e levados à justiça”.

No Reino Unido dos tempos que correm, é difícil dizer seja o que for de minimamente dissidente sem correr o risco de acabar na penitenciária mais próxima. Lee Joseph Dunn, de 51 anos, foi condenado a 3 meses de prisão por ter partilhado fotografias de imigrantes no Facebook com a legenda “Coming to a town near you” (“a chegar a uma cidade perto de si”).

Há cidadãos a serem presos por publicarem mensagens “anti-sistema”, por “desinformação”, por “racismo”, por “ofensas”, por tudo e mais alguma coisa e até por gritarem com cães da polícia.

No Reino Unido são presas em média 9 pessoas por dia e 27 menores por ano, por delito de opinião.