Num momento em que a Casa Branca tem estado a conduzir a política externa sem grande clarividência (é dizer pouco), Donald Trump teve um momento de lucidez e despediu o bicho do pântano Mike Waltz do cargo de conselheiro de segurança nacional, devido a alegadas conspirações envolvendo o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Waltz, que anteriormente ocupava o cargo de chefe do Conselho de Segurança Nacional, terá coordenado estratégias militares com Netanyahu durante uma reunião em Fevereiro, suscitando grande controvérsia na administração.

Surgiram relatórios que sugeriam que Trump estava descontente com a aparente aliança de Waltz com Netanyahu em relação a acções militares contra o Irão. Uma fonte indicou que Waltz “partilhava a convicção do líder israelita” relativamente aos ataques ao Irão, divergindo da aparente preferência de Trump pelas vias diplomáticas.

A saída de Waltz, que se celebra, segue-se a controvérsias anteriores, incluindo um dislates amadores como o “Signalgate”, em que o editor de uma publicação globalista foi adicionado a uma conversa sobre uma operação militar contra o grupo Houthi do Iémen. Este facto aumentou o desconforto em torno da posição de Waltz, embora a Casa Branca não tenha comentado explicitamente esse incidente.

A posição belicista e claramente pró-ucraniana do ex-conselheiro de segurança nacional sobre a guerra na Ucrânia também não deve ter ajudado grande coisa, embora na verdade, a administração Trump pareça estar a seguir o seu raciocínio quanto a este assunto.

Com esta mudança, e como os globalistas caem sempre de pé, Waltz passará a ocupar o cargo de embaixador nas Nações Unidas, que ainda assim é descrito por alguns analistas como uma despromoção. O Secretário de Estado Marco Rubio já assumiu temporariamente as responsabilidades de Waltz no Conselho de Segurança Nacional.

Sai um neocon, entra outro. Que boa ideia.