Uma equipa de procuradores franceses confirmou na semana passada que deu início a uma investigação preliminar sobre o financiamento alegadamente ilícito da candidatura presidencial de 2022 da líder do Rassemblement National, Marine Le Pen. O partido nacionalista de Le Pen ganhou as eleições europeias em França e uma larga fatia do voto popular nas eleições nacionais antecipadas convocadas pelo Presidente Emmanuel Macron.
Os relatórios indicam que outros candidatos às eleições presidenciais de 2022 também estão a ser investigados, mas, ao contrário de Le Pen, não foram identificados. O inquérito judicial incide sobre alegações de desvio de fundos, fraude e falsificação.
No ano passado, os procuradores franceses ameaçaram Le Pen com uma possível multa de um milhão de euros e até dez anos de prisão, por alegações de utilização indevida de fundos da União Europeia (UE). O processo não deu em nada.
Anteriormente, os procuradores perseguiram-na por divulgar mensagens violentas, depois de ter publicado imagens de atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico. O tribunal reconheceu que ela estava claramente a criticar e não a glorificar o grupo jihadista.
A instrumentalização do aparelho judicial para fins de perseguição política do regime Macron parece encontrar inspiração no método utilizado pelo Departamento de Justiça do regime Biden contra Donald Trump. Mas após numerosas decisões desfavoráveis aos procuradores, é provável que apenas uma condenação duvidosa em Manhattan pode interferir no livre curso das eleições de Novembro. E mesmo essa, está agora em risco de se dissipar numa nuvem de coisa nenhuma.
Há que esperar que o mesmo aconteça em França.
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