Os alemães poderão em breve dirigir-se às urnas depois da coligação do governo federal ter colapsado na noite de quarta-feira, abrindo caminho a novas eleições.
Num gesto surpreendente, o chanceler alemão Olaf Scholz (SPD) demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, líder do FDP, partido co-governamental. O despedimento terá antecipado os planos do FDP de se retirar da coligação, assinalando o colapso da aliança “semáforo” do SPD, do FDP e dos Verdes.
De facto e como o ContraCultura já tinha noticiado, o partido liberal que sustenta a geringonça está a desaparecer do mapa eleitoral de cada vez que os alemães vão às urnas e – por isso – reconsiderava a sua participação num governo que, sem esse apoio, não tem maneira de sobreviver.
Scholz, dirigindo-se à nação a partir da Chancelaria Federal, sublinhou a necessidade de um “governo capaz de actuar” para gerir os prementes desafios financeiros e económicos do país.
“Nos últimos três anos, concentrei-me em proporcionar estabilidade e fazer escolhas decisivas para a Alemanha”, disse Scholz, que descreveu os seus recentes esforços para apresentar ao FDP uma “oferta abrangente” destinada a colmatar as lacunas no orçamento federal sem criar turbulência económica, que incluía concessões às propostas dos liberais.
“O Ministro das Finanças Lindner não mostrou vontade de implementar nenhuma das nossas propostas”, acrescentou.
O FDP tinha planos para sair da coligação na quinta-feira, circunstância vexatória que Scholz parece ter antecipado.
De acordo com o jornal, Lindner já tinha proposto a Scholz eleições antecipadas, que o chanceler recusou. Em vez disso, Scholz deu o passo ousado de demitir Lindner, abrindo caminho para um voto de confiança em Janeiro.
Se o Bundestag chumbar essa iniciativa, o actual chanceler deixará de ter a maioria formal de que precisa, o que o levaria a recomendar a dissolução do parlamento ao Presidente Frank-Walter Steinmeier e a preparar o terreno para novas eleições dentro de 60 dias.
As tensões entre os parceiros da coligação têm vindo a aumentar relativamente ao orçamento federal para 2025. Os representantes do SPD, dos Verdes e do FDP terminaram recentemente as suas deliberações sobre as dotações orçamentais sem chegar a um acordo, deixando no limbo as alterações aos orçamentos de cada ministério.
O colapso deixa a maior economia da Europa numa situação de turbulência política, poucas horas depois de Donald Trump ter conquistado o seu segundo mandato numa confortável vitória nas eleições presidenciais dos EUA, na terça-feira.
Os dois alexandres do podcast The Durant, comentam o facto político.
Relacionados
14 Mai 25
Igreja Episcopal termina parceria de acolhimento de refugiados com o governo dos EUA por “oposição moral” ao asilo de cristãos brancos sul-africanos.
A liderança de extrema-esquerda da Igreja Episcopal norte-americana anunciou que vai cessar a sua parceria de quase 40 anos com o governo federal, porque Trump ousou classificar os sul-africanos brancos e cristãos como refugiados.
14 Mai 25
Parlamento Húngaro aprova emenda constitucional que protege as crianças da ideologia LGBT.
O parlamento húngaro aprovou uma emenda constitucional que dá poder às autoridades para proibir eventos públicos LGBTQ e proteger as crianças da ideologia de género. A emenda permite a interdição de paradas de orgulho gay.
13 Mai 25
Distopia do Reino Unido: Polícia reformado preso por causa de um tweet numa rusga ao estilo Stasi.
Um polícia britânico reformado foi preso e encarcerado durantes 8 horas por causa de uma publicação nas redes sociais e a sua casa foi invadida e vasculhada pela Stasi de Starmer, que questionou os seus livros pró-Brexit.
9 Mai 25
Donald Trump correu com Mike Waltz por ser um infiltrado de Benjamin Netanyahu.
A Casa Branca não tem estado a conduzir a política externa com grande clarividência, mas Donald Trump teve um momento de lucidez e despediu o bicho do pântano Mike Waltz do cargo de conselheiro de segurança nacional, devido a alegadas conspirações envolvendo Netanyahu.
8 Mai 25
Administração Trump anuncia que os cidadãos americanos vão precisar de identificação electrónica para voar.
Numa clara rendição à agenda globalista, a chefe do Departamento de Segurança Interna da administração Trump, anunciou que os americanos terão que possuir um cartão de identificação electrónico para poderem viajar de avião.
8 Mai 25
Ex-secretária adjunta de habitação dos EUA: governo construiu uma rede urbana subterrânea de 21 triliões de dólares para a elite viver em caso de apocalipse.
Catherine Fitts, que foi secretária adjunta da Habitação e do Desenvolvimento Urbano para a Habitação, disse a Tucker Carlson que o governo dos EUA gastou 21 triliões de dólares a construir uma rede de cidades subterrâneas para as elites sobreviverem a um evento de extinção.