Como o Contra previu a 48 horas das eleições norte-americanas, a extrema-esquerda americana, o establishment de Washington e os seus servos da imprensa corporativa estão a preparar-se para contrariar os resultados das urnas, e não excluem de todo a ‘resistência’ violenta. Eis alguns exemplos de muitos que podem ser escolhidos entre o ctual ruído mediático nos EUA.

 

Alexandria Ocasio-Cortez apela à resistência armada contra Trump.

A representante Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) está a dizer aos seus apoiantes para prepararem uma resistência contra o presidente eleito Donald J. Trump depois de ele ter garantido um regresso à Casa Branca nas eleições de 2024, ganhando o voto popular e o Colégio Eleitoral, com vitórias em todos os swing states. Num vídeo publicado nas redes sociais após as eleições de 5 de Novembro, a democrata nova-iorquina afirmou que Trump e os seus aliados são uma ameaça autoritária e aludiu aos movimentos de resistência armada contra os governos fascistas da Europa antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

“Estamos prestes a entrar num período político que terá consequências para o resto das nossas vidas. Não podemos desistir. Encontramo-nos agora numa época da história que tem precedentes, e encontramo-nos, creio eu, numa época em que há, digamos, exemplos na história de movimentos de massas de pessoas que se mobilizam para se protegerem mutuamente em tempos de fascismo e autoritarismo. E é nesta era que estamos prestes a entrar.”

Projectando nos conservadores a sua veia totalitária e alimentando nas entrelinhas a possibilidade da inssurreição armada, Ocasio-Cortez acrescentou:

“Donald Trump falou em virar as forças armadas contra cidadãos americanos que ele considera seus inimigos políticos internos. Não seria incomum no autoritarismo e nas pessoas que o seguem de perto, que pudessem prender dissidentes políticos ou oponentes legislativos. Este é o mundo em que, muito realisticamente, podemos estar a entrar”.

 

 

Olvida a representante democrata que aqueles que perseguiram e prenderam opositores políticos nos EUA estão precisamente do seu lado da barricada.

 

Encorajar a violência.

A legisladora de Nova Iorque, ao referir-se a mobilizações históricas contra o fascismo, parece estar a encorajar grupos violentos de esquerda como a Antifa e outros a armarem-se e a formarem milícias. Tais acções espelhariam as acções da Resistência Francesa e dos grupos antifascistas italianos que – ao contrário do que acontece hoje em dia – tinham justificação para se oporem violentamente aos regimes fascistas alemão e italiano. Ao longo da campanha de 2024, os democratas – incluindo a vice-presidente Kamala Harris – compararam Trump e os seus apoiantes a fascistas e nazis, embora no primeiro mandato de Trump não tenham ocorrido quaisquer actos de carácter totalitário.

Antes e durante esse primeiro mandato de Donald Trump, de 2017 a 2021, democratas como Ocasio-Cortez pronunciaram frequentemente acusações dramáticas e infundadas contra o presidente republicano – alegando que ele estava a tornar-se um ditador ou que prenderia inimigos políticos. Apesar das afirmações, essas ações nunca ocorreram ou foram sequer consideradas.

Por seu lado, o regime Biden encarcerou centenas de cidadãos a propósito dos acontecimentos de 6 de Janeiro, prendeu alguns dos mais próximos colaboradores de Donald Trump e perseguiu judicialmente o próprio líder do movimento MAGA, com a clara intenção de o condenar e aprisionar, impedindo assim a sua campanha às presidenciais de 2024.

Ocasio-Cortez admitiu anteriormente que grande parte das suas palhaçadas relacionadas com a dita “resistência” são teatro político. No entanto, os seus comentários mais recentes parecem ultrapassar uma linha política muito perigosa.

 

Rachel Maddow, da MSNBC, apela aos militares democratas, aos media e a milhões de americanos para resistirem a Trump.

Rachel Maddow, a âncora da extrema-esquerda da MSNBC, apelou aos cidadãos, aos líderes militares dos EUA e aos meios de comunicação social para resistirem à nova administração, para que a América não se torne “autoritária”.

Dirigindo-se aos democratas que se sentem desanimados com o resultado das eleições desta semana, Maddow afirmou:

“A história não acaba. O tempo não pára. Agora temos o benefício de saber como isto se passou em todos os outros países que passaram por uma transição de democracia para autoritarismo. E, infelizmente, são muitos. No entanto, temos a vantagem de ver o que aconteceu nesses outros países e o que sabemos é que quanto mais terreno o tirano conquista, mais difícil é recuperar esse terreno. Por isso, a primeira coisa a fazer é impedi-los de conquistar qualquer terreno incontestado desde o início. Quando se trata do nosso sistema de governo e da nossa democracia, sabemos, com base nas experiências de outros países, que rapidamente – quero dizer, agora, nas próximas semanas, se não nos próximos dias – eles vão começar a pressionar para ver até onde o país os vai deixar ir, sem resistência, sem protesto.”

Em seguida, Maddow tentou mobilizar os apoiantes de Harris, dizendo:

“Eles estão a contar que todas essas dezenas de milhões de americanos fiquem desanimados e se sintam impotentes, desistam, o que, claro, significaria deixá-los fazer o que querem, deixá-los mandar na mesa. (…) Mas agora podemos trabalhar a tempo inteiro para sermos piratas, um espinho na carne de qualquer um que pretenda tentar transformar este país numa tirania. O que eles menos querem é perceber que metade do país foi para a cama triste esta noite, mas que acordou amanhã animado com um novo sentido de propósito.”

Maddow afirmou que esse protesto

“tem de ser feito agora e tem de acontecer em todos os aspectos, em todos os sectores da nossa sociedade. Os militares dos EUA precisam de dar ao povo americano garantias vinculativas de que não vão utilizar a força militar dos EUA contra a população civil deste país. Eles podem dar essas garantias, e agora devem fazê-lo. A imprensa livre precisa de dar garantias ao povo deste país de que não se vai tornar numa televisão estatal.”

Desavergonhadas palavras, estas que são pronunciadas por uma das mais proeminentes figuras da imprensa corporativa norte-americana, que passou precisamente os últimos 4 anos a servir os interesses do governo federal.

Segundo Maddow, a administração Trump vai também atacar o Artigo Um da Constituição e limitar o poder do Congresso, dizendo aos seus infelizes telespectadores que “todo o país” tem de “reconhecer esse risco antecipadamente” e “chamar-lhe o que é quando o tentarem, e resistir-lhe activamente”.

O discurso insano continuou, sugerindo que a administração Trump recorrerá à “força física e à violência” e que os americanos devem “resistir activamente” a esse cenário. A projecção é transparente. Maddow chegou ao ponto de dizer que é “altura de [os democratas] voltarem a estar em forma” para poderem lutar fisicamente contra o governo federal.

Intensificando a pornografia do medo, Maddow alegou que a administração de Trump está determinada a

“reunir os seus inimigos, incluindo a abertura de campos de internamento para manter milhões de pessoas e ameaçar a força militar contra seus inimigos percebidos. Espero que te sintas corajoso. Espero que estejas a explorar a tua energia de pirata interior, porque uma coisa é ser um defensor do reino. Outra coisa é estar na oposição. E a oposição pode ser uma série de coisas. Pode ser perigosa, mas também pode ser divertida. Teria sido bom ganhar as eleições. Não ganhámos, não foi? Está na altura de salvar o país”.

 

 

Anteriormente, o seu colegial da estação liberal-leninista Chris Hayes já tinha apelado ao ‘estado profundo’ para que desenvolvesse esforços no sentido de boicotar a presidência de Donald Trump. E este tipo de retórica revolucionária só vai aumentar nos dias que antecedem a tomada de posse de Trump.

Megyn Kelly comenta neste segmento do seu podcast as declarações delirantes de Rachel Maddow.

 

 

Dezenas de milhares de pessoas vão marchar em Washington antes da tomada de posse de Trump.

Cerca de 50.000 pessoas vão participar na manifestação “People’s March on Washington” antes da tomada de posse do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, segundo informou o The Washington Post, citando os organizadores do evento.

De acordo com o jornal, a manifestação está marcada para 18 de Janeiro de 2025. Os manifestantes planeiam protestar em relação às prioridades políticas do próximo mandato presidencial, afirmando que Trump irá infringir os direitos das mulheres, dos imigrantes, dos representantes da comunidade LGBT e das minorias raciais e religiosas.

Em Janeiro de 2017, antes do início do primeiro mandato presidencial de Trump, centenas de marchas de várias dimensões tiveram lugar em muitas cidades dos EUA, incluindo Chicago (Illinois), Boston (Massachusetts), Nova Orleães (Louisiana), Miami (Florida) e Denver (Colorado). As maiores manifestações atraíram centenas de milhares de pessoas. Para além de Nova Iorque (até 500.000 participantes), os maiores protestos tiveram lugar em Los Angeles (Califórnia) e Washington, DC, onde cerca de meio milhão de pessoas saíram à rua.