Um activista ambiental disse aos telespectadores do canal britânico de notícias GB News, na terça-feira passada, que ter filhos representa uma “questão moral” devido à quantidade de carbono que produzirão ao longo da vida.
Donnachadh McCarthy argumentou que as pessoas deveriam ter menos filhos e que ter apenas um filho é “óptimo”.
McCarthy, um defensor de grupos alarmistas como Just Stop Oil e Extinction Rebellion, disse à estação de notícias:
“Quando o meu pai nasceu, havia 1,6 mil milhões de pessoas no planeta. Quando eu nasci, havia 3 mil milhões. Agora são 8 mil milhões e estamos a caminhar para onze. As mulheres agora trabalham e procuram qualidade de vida e não querem passar a vida grávidas. Destruímos 70% da natureza. Há uma questão moral aqui. Como podemos transmitir isso à próxima geração? Cada criança num país industrial como o nosso representa cerca de 505 centenas de toneladas de carbono ao longo da sua vida. Isso equivale a 1.000 anos de electricidade para uma casa. Portanto, cada criança tem um impacto e só estou a dizer que uma [criança] é óptima, duas é suficiente e três é egoísta.”
This Eco lunatic says there’s a “moral issue” with having kids because each will have a 500 ton carbon footprint. Meanwhile, global fertility rates are catastrophically collapsing. They HATE humanity. Their lives are miserable & their agenda is 💀 Report: https://t.co/I3vfVi3M3Q pic.twitter.com/8C71q752c3
— m o d e r n i t y (@ModernityNews) January 30, 2024
Reduzir crianças a toneladas de carbono é quase poético. Se acreditarmos que o diabo se entretém com versos.
A consultora parental e mãe de dois filhos, Nicole Ratcliff, discordou da retórica, dizendo a McCarthy:
“Serei honesta, fico muito zangada com esse tipo de linguagem. Eu sou uma de quatro. Desculpe, mas temos uma família adorável e a ideia de que três [filhos] é egoísta é chocante.”
Ratcliff argumentou, caindo de qualquer forma na retórica ambientalista, que as pessoas que não têm filhos tendem a ter mais rendimento disponível e liberdade, por isso viajam mais e têm uma pegada de carbono mais profunda. E continuou:
“Acho que é absolutamente horrível, na minha opinião se alguém opta por não ter filhos por causa das alterações climáticas, é porque não está motivado a tê-los. A necessidade de ter filhos é algo que está construído dentro de nós e se você é alguém que deseja tê-los, não pode desligar esse desejo. Há pessoas que gastam cada centavo que têm para ter um filho e se elas se sentirem culpadas, fico bastante ofendida com a ideia de que trazer uma criança muito amada ao mundo seria uma coisa ruim.
McCarthy respondeu que deseja ver a taxa de natalidade cair naturalmente e “não defende o planeamento familiar obrigatório”. Temos que dar graças a Deus que o lunático não tenha ambições de regressão demográfica compulsiva.
Eis o segmento completo:
Tudo isto é absolutamente insano (e contra-factual), principalmente quando se tem em conta a dura realidade de que as taxas de fertilidade a nível mundial estão em colapso e que quase todos os países estão em vias de ter populações em declínio até ao final do século. No Ocidente, a queda demográfica está a ser compensada com a imigração. Mas McCarthy, como outros defensores da baixa fertilidade no Ocidente, não deve ter grandes problemas com as altas taxas de natalidade dos muçulmanos e hindus que vivem no Reino Unido. Ele está preocupado com os filhos dos brancos nativos ingleses, claro.
Por outro lado, em países como a Coreia do Sul e o Japão, morrem duas vezes mais pessoas do que nascem. Não é preciso ser um génio da matemática para fazer cálculos sobre o que vai acontecer em breve. Os números levaram figuras influentes como Elon Musk a alertar que a humanidade irá literalmente desaparecer se algo não for feito para reverter a tendência.
A actual taxa de fertilidade no Reino Unido é de 1,6, significativamente abaixo da “taxa de substituição” de 2,1, e continua a cair. Portanto, não, ter dois filhos não é “bastante” e ter três não é “egoísta”, pelo contrário, na verdade e apesar do que os chalupas do clima como Donnachadh McCarthy afirmam infundadamente.
Aliás, a fabulástica proclamação de que “destruímos 70% do planeta” pertence àquela categoria de máximas proferidas por ambientalistas cujos neurónios começam a apresentar os efeitos colaterais que resultam do excessivo e compulsivo consumo de Cannabis.
Apesar do crescimento demográfico negativo ser hoje um problema, esse sim, de ordem existencial, é agora comum que os jovens acreditem genuinamente que não devem ter filhos para salvar o planeta.
E assim se cumpre o objectivo último das elites globalistas, que é o de reduzir drasticamente a população humana.
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