Apesar da imprensa corporativa norte-americana encarar a vitória eleitoral de Donald Trump como favorável à sustentação das suas audiências, na medida em que se preparava para desenrolar o mesmo guião de desinformação, truques sujos, mentiras, difamações e insultos dirigidos contra o presidente eleito entre 2016 e 2020, na expectativa de que o seu público estivesse disposto agora a consumir de novo esse pacote de más intenções, a verdade é que no rescaldo das eleições presidenciais o quadro estatístico é bastante negro, e estações onde a verdade vai para morrer como a CNN e a MSNBC estão agora a atravessar um momento de agonia.
CNN está a ficar sem ‘talentos’ para despedir.
Para além dos que já saíram ou querem sair, várias personalidades de topo da CNN poderão em breve ficar sem trabalho, uma vez que a emissora está a ponderar despedir centenas de trabalhadores, num momento em que as audiências estão a cair a pique. Várias personalidades importantes da rede, incluindo Wolf Blitzer e Jake Tapper, viram recusados aumentos salariais programados, no contexto da queda de receitas publicitárias e uma vez que se espera que ocorram novas rondas de despedimentos nas próximas semanas ou meses.
Os despedimentos vão atingir também as equipas de produção, sendo que os repórteres deverão preencher as lacunas. O repórter Dylan Byers observa:
“As tarefas redundantes serão eliminadas e várias divisões serão reduzidas ou mesmo eliminadas”.
Espera-se que o director executivo Mark Thompson implemente as mudanças, que tentarão tornar a rede mais competitiva (embora não menos fraudulenta), depois de as audiências terem caído a pique com sob a direcção de Chris Licht. Thompson já implementou algumas mudanças na CNN, incluindo a eliminação da secção de opinião em Agosto deste ano. Também despediu cerca de uma centena de funcionários como parte da reestruturação de Julho.
Durante o período em que Licht esteve à frente da rede, as audiências desceram para 800.000 espectadores no horário nobre. Sob o comando do director executivo Jeff Zucker, que Licht substituiu, a rede registou máximos de 3,3 milhões de telespectadores no mesmo horário. Actualmente, a CNN é uma das redes noticiosas com menor audiência na televisão por cabo e apenas conseguiu obter 5,1 milhões de telespectadores na noite das eleições, em comparação com os 6 milhões da MSNBC e os 10,3 milhões da Fox News.
No mês passado, a CNN anunciou que iria introduzir um acesso pago ao seu conteúdo online numa tentativa de angariar fundos, oferecendo um serviço de subscrição de 3,99 dólares por mês. A estação de Atlanta já tinha tentado lançar uma aplicação de streaming, a CNN+, que entrou em falência técnica ao fim de apenas 30 dias.
MSNBC ao preço da uva mijona.
Entretanto, a MSNBC registou uma acentuada desertificação da audiência nas últimas semanas, perdendo cerca de metade do seu público no horário nobre.
A fábrica de notícias falsas ao serviço dos poderes instituídos em Washington está de tal forma arruinada que a Comcast quer vendê-la a preço de saldo. E há interessados, à direita do espectro político. O pundit conservador Jack Posobiec, muito próximo de Donald Trump, afirmou que está a reunir um grupo de investidores com esse fim.
BREAKING: I am putting together a team of investors here in Palm Beach to discuss purchasing MSNBC pic.twitter.com/TenBMHFId3
— Jack Poso 🇺🇸 (@JackPosobiec) November 13, 2024
Jeremy Boreing, o CEO do Daily Wire, também se mostrou interessado…
Do I…
Do I have to buy MSNBC? https://t.co/txwRFvHUQg
— Jeremy Boreing (@JeremyDBoreing) November 12, 2024
Deus é grande e sofre de insónias.
Paul Jospeh Watson comenta o descalabro da imprensa corporativa norte-americana.
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