A principal agência de saúde da Alemanha, o Instituto Robert Koch (RKI), sabia já no final de 2020 que os confinamentos poderiam causar mais danos do que o próprio vírus Covid-19 e que a eficácia da obrigatoriedade da máscara carecia de provas científicas. A informação foi retida até que os documentos judiciais decorrentes de uma batalha legal de dois anos entre o RKI e a revista alemã Multipolar fossem tornados públicos.

Os documentos revelam que os investigadores do RKI alertaram explicitamente para o facto dos confinamentos em África mostrarem “um aumento esperado na mortalidade infantil”. Um relatório de Dezembro de 2020 do instituto advertiu que “as consequências dos confinamentos são, em parte, mais graves do que o próprio vírus”, enquanto um documento de Outubro de 2020 sugeria que “não havia provas” que apoiassem as máscaras como método de impedir a propagação da Covid-19.

A RKI também expressou dúvidas em Janeiro de 2021 sobre a viabilidade da vacina AstraZeneca Covid, que foi posteriormente descontinuada após o surgimento de relatos de coágulos sanguíneos.

O vice-presidente do Bundestag, Wolfgang Kubicki, afirmou a este propósito:

“Os protocolos da equipa de crise do RKI, alguns dos quais já foram divulgados, levantam dúvidas consideráveis sobre se as medidas políticas para lidar com a pandemia foram realmente tomadas numa base científica.”

Os confinamentos foram uma das medidas mais controversas tomadas durante a pandemia e este não é um caso isolado.

Como o Contracultura noticiou, o governo de Boris Johnson foi informado de que morreriam mais crianças por suicídio do que por Covid-19, se a decisão de fechar as escolas fosse tomada. Ainda assim, as escolas foram fechadas durante mais tempo do que qualquer outro país na Europa.

Nos EUA, Anthony Fauci admitiu perante o Congresso que o distanciamento social e o uso de máscaras não foram cientificamente sustentados. Isso não o impediu, porém, de criticar aqueles que optaram por não usar máscaras de “propagarem a infecção”.

Um estudo do Reino Unido publicado no ano passado revelou que os confinamentos prejudicaram o desenvolvimento emocional e social de 50% das crianças. Outro estudo realizado por investigadores da Universidade John Hopkins e da Universidade sueca de Lund, também divulgado no ano passado, concluiu que os confinamentos foram

“um fracasso político global de proporções gigantescas”.

Novas pesquisas revelaram que os países que implementaram os confinamentos mais restritivos como parte das políticas de “Zero Covid” têm agora a menor imunidade ao vírus da gripe chinesa.

Continuamos porém à espera que os responsáveis por estas catastróficas decisões sejam responsabilizados. E tudo indica que devemos esperar sentados.