A América acordou horrorizada no dia de Ano Novo, quando dois actos de terrorismo se desenrolaram com horas de intervalo.
Um ataque mortal com um camião na icónica Bourbon Street de Nova Orleães fez pelo menos 12 mortos e 35 feridos, enquanto uma explosão de um Cybertruck em frente ao Trump International Hotel, em Las Vegas, feriu sete pessoas e ceifou a vida ao suspeito.
As investigações preliminares revelam que ambos os veículos envolvidos nos ataques em Nova Orleães e Las Vegas foram alugados através da plataforma Turo e que os dois suspeitos cumpriram serviço militar em Fort Bragg. Ainda assim, o FBI afirmou entretanto que os ataques não estão ligados e, escandalosamente e contra todas as evidências, começou por afirmar que o incidente de Nova Orleães não estava a ser investigado como um acto de terrorismo.
Em resposta, Trump emitiu uma declaração no Truth Social condenando o ataque e oferecendo apoio às vítimas e às autoridades:
“Quando disse que os criminosos que chegam são muito piores do que os criminosos que temos no nosso país, esta afirmação foi constantemente refutada pelos democratas e pelos meios de comunicação de notícias falsas, mas revelou-se verdadeira. A taxa de criminalidade no nosso país está num nível que nunca ninguém viu antes. Os nossos corações estão com todas as vítimas inocentes e os seus entes queridos, incluindo os corajosos polícias do Departamento de Polícia de Nova Orleães. A administração Trump apoiará totalmente a cidade de Nova Orleães enquanto investigam e recuperam deste acto de pura maldade!”
Num post subsequente, escrito num tom algo perturbado, Trump criticou de forma contundente as políticas de imigração do regime Biden e as prioridades erradas das agências governamentais, apelando a uma acção imediata por parte da CIA e ao regresso a uma liderança forte:
“O nosso País é um desastre, motivo de chacota em todo o Mundo! É isto que acontece quando se tem FRONTEIRAS ABERTAS, com lideranças fracas, ineficazes e praticamente inexistentes. O DOJ, o FBI e os procuradores democratas estaduais e locais não fizeram o seu trabalho. São incompetentes e corruptos, tendo passado todas as suas horas de vigília a atacar ilegalmente o seu adversário político, EU, em vez de se concentrarem em proteger os americanos da ESCULMALHA violenta, externa e interna, que se infiltrou em todos os aspectos do nosso governo e da nossa própria nação. Os democratas deviam ter vergonha de permitir que isto acontecesse ao nosso país. A CIA deve envolver-se JÁ, antes que seja tarde demais. Os EUA estão em colapso – Uma erosão violenta da Segurança, da Segurança Nacional e da Democracia está a ocorrer em toda a nossa nação. Só a força e uma liderança poderosa o poderão deter. Vemo-nos no dia 20 de janeiro. VAMOS FAZER A AMÉRICA GRANDE OUTRA VEZ!”
Posteriormente, publicou ainda uma outra mensagem, mais lacónica:
“Trump estava certo em tudo”.
Egocentrismos à parte, Trump tem de facto razão: Os Estados Unidos da América são um desastre total e em todas as frentes. Basta analisar a incompetência flagrante e a tendência para a mentira e o encobrimento com que as autoridades locais e federais estão a abordar os ataques terroristas para perceber o estado decadente e anedótico da nação americana.
Está completamente errado, porém, o Presidente Eleito – e todos aqueles que nele projectam uma figura salvífica – quando alimenta expectativas messiânicas. A América está muito para além da redenção e não será por certo Donald Trump, um liberal de 78 anos de idade, que vai alterar a trajectória de declínio e queda, ainda por cima com um gabinete já infectado por homens ligados aos poderes instituídos em Washington e ao complexo industrial e militar que domina os corredores do poder na capital administrativa, como Marco Rubio, Michael Waltz, Scott Bessent e o inenarrável Sebastian Gorka.
O que não será necessariamente negativo. Se analisarmos o chamado ‘século americano’, e fizermos bem feitas as contas de saldo, chegamos rapidamente à conclusão que a principal virtude deste império foi a sua efemeridade. E quanto mais depressa cair, melhor para a humanidade.
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