Em contradição total com as promessas do novo governo de direita de endurecer as políticas de migração, o número de autorizações de trabalho emitidas a requerentes de asilo nos Países Baixos quadruplicou em menos de um ano.

Os números da agência UWV Werkbedrijf revelam um aumento dramático na integração dos requerentes de asilo no mercado de emprego, particularmente em sectores como a restauração, a limpeza e o trabalho temporário.

Este aumento surge na sequência de uma decisão histórica do Conselho de Estado no final do ano passado. Anteriormente, os requerentes de asilo só eram autorizados a trabalhar durante um máximo de 24 semanas por ano, mas o tribunal alargou esta possibilidade ao trabalho a tempo inteiro para aqueles que esperavam mais de seis meses por uma decisão sobre os seus pedidos de asilo.

O acórdão resultou num salto de 1.840 autorizações de trabalho emitidas em todo o ano de 2023 para 7.370 autorizações até Outubro deste ano.

A mudança legal fez com que os requerentes de asilo preenchessem lacunas no mercado de trabalho, normalmente em cargos de baixo salário e de nível básico, incluindo limpeza, trabalho em armazém e trabalhos de produção.

Judith Duveen, directora-geral da UWV, disse em declarações ao De Telegraaf.

“Os requerentes de asilo estão frequentemente muito motivados. Trabalhar não só os ajuda a integrarem-se na sociedade holandesa, como também lhes dá uma experiência valiosa, caso lhes seja concedida a residência.”

Esquece-se a senhora que, independentemente da “motivação” dos imigrantes e da sua alegada capacidade de integração, os holandeses votaram para estancar a entrada de estrangeiros no seu território. Entretanto, as agências de trabalho temporário e as empresas estabeleceram processos simplificados para contratar requerentes de asilo, que traduzem mão de obra mais barata e lucros mais significativos.

A liberalização dos direitos laborais dos requerentes de asilo contrasta com as observações feitas por Geert Wilders, do Partido para a Liberdade (PVV), o líder do maior parceiro do governo de coligação dos Países Baixos, que prometeu introduzir a “política de asilo mais rigorosa” da história do país.

Numa conferência de imprensa em Maio, após o acordo de uma nova coligação de quatro partidos dominada pelo PVV, Wilders afirmou:

“Muita coisa vai mudar. Haverá uma lei sobre a crise do asilo. Haverá controlos nas fronteiras. Haverá uma proibição da prioridade da habitação social para os detentores do estatuto. Vamos lutar por uma opção de auto-exclusão em matéria de asilo na União Europeia. Vamos abolir as autorizações de asilo por tempo indeterminado.”

 

 

Wilders, que apesar de ter ganho as eleições, foi impedido de chefiar o governo pelos poderes estabelecidos, não está de todo a cumprir as suas promessas, muito pelo contrário, ou porque estava a iludir o eleitorado ou porque não tem poder para fazer vingar as suas ideias, que foram legitimadas nas urnas.

Em Outubro, o Governo holandês aprovou de facto novas reformas para uma política de asilo mais restritiva, pelo menos em princípio. Os planos incluíam a redução da duração das autorizações de asilo para um máximo de três anos, a restrição das leis de unificação familiar, a revogação do direito legal à habitação para os requerentes de asilo e a facilitação da revogação de residência de criminosos estrangeiros.

Mas seja como for, os resultados estão à vista. E são sintomáticos que nada mudou, desde que o governo globalista de Mark Rutte foi chumbado nas urnas.

 

Entretanto em Itália, tudo na mesma.

Também em Itália, os eleitores deram um mandato claro a Giorgia Meloni para estancar a imigração e agir contra os males da substituição demográfica. Mas mesmo quando o próprio ministro do interior apresenta os números que vemos na imagem, a solução que propõe é a de “seguir e melhorar a integração”.

 

 

Não há mesmo nada a fazer. A Europa está perdida. Não há coragem para actuar decisivamente, deportar criminosos e ilegais, trancar fronteiras, agravar penas. A preocupação é a “integração”. E como a integração só é possível – se for possível – transgeracionalmente, e os imigrantes têm muito mais filhos que os nativos europeus, a substituição demográfica continuará a acontecer a um ritmo alucinante.