Uma sondagem realizada pelo do Instituto de Estudos Fiscais britânico (IFS) descobriu que os confinamentos tiveram efeitos devastadores nas crianças, com metade de todos os pais no Reino Unido a relatar grave deterioração nas competências emocionais e sociais de seus filhos.

O trabalho de levantamento da consequências nos menores dos abstrusos mandatos Covid do governo de Boris Johnson observou que as crianças com idades entre os quatro e os sete anos foram significativamente (52%) mais afectadas do que as crianças entre os 12 e os 15 anos (42%).

A pesquisa também descobriu que as crianças cujos pais foram dispensados dos seus locais de trabalho foram “significativamente mais propensas a experimentar uma deterioração das suas capacidades socio-emocionais do que aquelas cujos pais não haviam sido dispensados (51% versus 45%)”.

Essencialmente, as crianças cujas famílias passaram por dificuldades devido aos confinamentos apresentaram, comparativamente, mais problemas de desenvolvimento.

 

 

O autor do estudo, Andrew McKendrick, economista do IFS, comentou as conclusões do seu trabalho desta forma:

“Durante a pandemia Covid-19, crianças de todas as origens viram suas habilidades sociais e emocionais piorarem consideravelmente. As crianças passaram por muitas alterações à sua rotina durante esses anos: fecho de escolas, falta de contacto com amigos e familiares e morte de entes queridos”.

McKendrick, acrescentou que os bloqueios tiveram “impactos multigeracionais” também decorrentes das circunstâncias profissionais e económicas dos pais:

“A pesquisa mostra que outro factor importante para o declínio das capacidades das crianças foram as perturbações económicas sofridas pelos seus pais, independentemente dessas interrupções terem levado ou não a uma grande perda de renda”.

Respondendo aos resultados alarmantes do estudo, a “Comissária para as Crianças” Rachel de Souza disse:

“Estou profundamente preocupada com as descobertas desta pesquisa sobre as habilidades sociais e emocionais das crianças. Este estudo mostra que a interrupção que a pandemia causou no seu desenvolvimento é duradoura”,.

Arabella Skinner, da associação de pais UsForThem, comentou que a pesquisa mostra como as crianças se tornaram “danos colaterais” dos confinamentos, observando que “houve muitas ocasiões em que os avisos foram ignorados”.

“É um facto inevitável que o desenvolvimento de muitas de nossas crianças foi impactado negativamente pelas restrições pandémicas. O governo deve agir agora e apoiar todos os serviços públicos dedicados ao bem-estar das crianças e garantir que isto nunca mais acontece.”

Esta pesquisa adiciona dados ao já vasto corpo de estudos proeminentes que mostram que as restrições impostas durante a pandemia foram catastroficamente prejudiciais à sociedade em geral, e ao saudável desenvolvimento das crianças em particular.

Um estudo publicado em 2022 na revista da Royal Society Open Science descobriu que os confinamentos no Reino Unido levaram 60.000 infantes a um estado de depressão clínica. Um outro inquérito realizado na Irlanda por investigadores do Royal College of Surgeons, concluiu que os bebés nascidos durante os confinamentos tinham menor probabilidade de falar antes do primeiro aniversário do que as crianças nascidas anteriormente. O estudo descobriu que as crianças tinham mais dificuldades em atingir os chamados marcos de desenvolvimento, incluindo acenar e apontar para objectos.

Como o Contracultura documentou anteriormente, o governo de Boris Johnson foi informado de que morreriam mais crianças por suicídio do que por Covid-19, se a decisão de fechar as escolas fosse tomada. Ainda assim, as escolas foram fechadas durante mais tempo do que qualquer outro país na Europa.

Nos Estados Unidos, até o CDC já reconheceu que os confinamentos fragilizaram o sistema imunitário das crianças, com um número recorde de menores a serem hospitalizadas devido a sistemas imunitários fragilizados.