A Irlanda é a ilustração aberrante da abominação moral da Europa. E dá a sensação que os poderes instituídos em Dublin leram o seu Orwell ao contrário: não como uma advertência, mas como um manual de normas.

Senão vejamos.

Os cidadãos (nativos) saem à rua desesperados com a insegurança promovida pelas políticas insanas de imigração do país, e enraivecidos porque um argelino esfaqueou 3 crianças à saída de uma escola em Dublin. Reacção dos poderes instituídos: proteger o argelino esfaqueador de crianças, perseguir impiedosamente os cidadãos (nativos), restringir ainda mais a liberdade de expressão e o direito à privacidade.

Os cidadãos (nativos) acham que essas medidas são excessivas e próprias de um regime ditatorial. Contraponto dos poderes instituídos: estamos a restringir liberdades e direitos fundamentais “para o vosso bem”.

 

 

O argelino esfaqueador de crianças esteve 20 anos no país sem ter trabalhado um dia sequer. Retórica dos poderes instituídos: “encontrar um emprego é um processo moroso”.

 

 

O argelino esfaqueador de crianças recebeu várias ordens de deportação ao longo dos anos, que nunca respeitou, mas acabou por obter visto de residência sem qualquer facto que apoiasse a sua história de que era um refugiado político. Resposta dos poderes instituídos: a lei foi actualizada para que seja suficiente a declaração da “vítima”.

O argelino esfaqueador de crianças já tinha sido identificado como portador de arma branca pela polícia, mas não foi processado por essa transgressão. Contraditório dos poderes instituídos: o “cavalheiro” em questão também saiu ferido da agressão às crianças e é, ele mesmo, uma vítima nesta situação.

 

 

Conan McGregor, o célebre campeão da UFC, responsabiliza as autoridades pelo acto tresloucado do argelino esfaqueador de crianças. Poderes instituídos: acusam McGregor de racismo.

Um cidadãos anónimo escreve “Irish Lives Matter” numa parede de Belfast. Poderes instituídos: é um supremacista branco e deve ser identificado e punido.

Alguns milhões de cidadãos irlandeses (nativos) começam a desconfiar que têm inimigos existenciais por governantes. Poderes instituídos: a solução é “balear na cabeça“, ou espancar até à morte, esses milhões de irlandeses (nativos).

Tudo isto existe. Tudo isto é triste. Como uma balada céltica.