Um dos graffitis em questão, estampado em West Belfast, Iralnda do Norte.

 

A Polícia da Irlanda do Norte está a tratar os graffitis em West Belfast onde se lê “Irish Lives Matter” como um incidente de ódio.

Na terça-feira, foram afixados no bairro cartazes que declaram que os residentes “não aceitarão mais o realojamento de imigrantes ilegais”. Segundo os relatos da imprensa local, os graffitis apareceram pouco tempo depois.

O inspector Andrew Matson disse à imprensa:

“Estamos a tratar o assunto como um incidente de ódio. A nossa equipa local de policiamento de proximidade tem efectuado investigações na zona e qualquer pessoa que tenha alguma informação sobre a colocação dos avisos deve contactar a polícia”.

Gerry Carroll, que representa Belfast Ocidental na Assembleia da Irlanda do Norte, classificou os graffiti como “veneno racista”.

A Irlanda do Norte está sujeita às leis de imigração do Reino Unido, mas a República da Irlanda, que é estado membro da UE, não. Na semana passada, os cidadãos da República revoltaram-se em Dublin depois de um imigrante ter esfaqueado um rapaz de cinco anos, uma rapariga de cinco anos, uma rapariga de seis anos e uma mulher de trinta, perto de uma escola local.

Os líderes políticos irlandeses pouco ou nada têm feito para travar o fluxo de migrantes de África, Ucrânia e Médio Oriente para o país, e só em 2022 a Irlanda recebeu 125.000.

E agora, pelos vistos, afirmar que as vidas dos irlandeses também têm valor – e não só as vidas dos imigrantes – é um acto criminoso.

O antigo conselheiro de Trump, Steve Bannon disse numa recente entrevista a Tucker Carlson sobre a adopção de políticas de fronteiras abertas pelo governo irlandês.

“A Irlanda é provavelmente um dos piores [países de fronteiras abertas], se não o pior, porque a classe política vendeu-se totalmente”.

 

Bannon argumentou também que a aceitação da imigração em massa pelos estados membros da União Europeia está a provocar uma “reacção adversa” entre os europeus nativos, à medida que estes se apercebem que estão a ser marginalizados e substituídos nos seus próprios países. Quanto às motivações da elite política europeia, Bannon afirmou:

“Os alemães e as pessoas em Bruxelas, o Partido de Davos, não acham que a população europeia da classe trabalhadora seja muito controlável. Acham que são perigosos”.

Como o Contra já noticiou, em resposta aos motins de Dublin, as autoridades empenhadas em punir as pessoas que estavam indignadas com o facto de um migrante argelino ter esfaqueado três crianças à saída de uma escola e em plena luz do dia, estão a preparar uma lei que cria um novo regime de criminalização do discurso de “incitação à violência ou ao ódio contra pessoas” através da posse ou distribuição de material que ofende as “características protegidas” de um indivíduo ou grupo.

As autoridades irlandesas estão agora a investigar posts que Conor McGregor publicou no X, depois do campeão da UFC ter expressado raiva pelos esfaqueamentos e criticado a Irlanda por ter sido submetida a um regime massivo de imigração.

Subindo o tom da perseguição dos poderes instituídos aos cidadãos dissidentes, uma funcionária governamental apelidou os participantes nos motins de Dublin de “grupo terrorista”.