O filho do Presidente dos EUA, Hunter Biden, vai declarar-se culpado de dois delitos fiscais federais, de acordo com um processo judicial do Departamento de Justiça em Delaware, na terça-feira. O filho de Joe Biden vai também subscrever um acordo de liberdade condicional relacionado com esses incumprimentos e com a compra de uma arma de fogo enquanto consumidor de drogas. Espera-se que compareça pessoalmente no tribunal para uma acusação formal em data futura.

O acordo, que se segue a meses de discussões entre os procuradores federais e a equipa jurídica de Hunter Biden, prevê que este concorde com a liberdade condicional por não ter pago atempadamente os seus impostos de 2017 e 2018. Nos Estados Unidos da América do tempo presente, só a plebe é que vai parar à prisão por não pagar impostos.

O Departamento de Justiça também acusará Biden de ter comprado uma arma de fogo numa altura em que consumia drogas (que é um crime federal), embora tenha concordado em não o processar por esse motivo. Há que dizer que Hunter mentiu na declaração de compra da arma, o que também constitui crime federal, mas os simpáticos procuradores decidiram ignorar esse detalhe.

O acordo, que está sujeito à aprovação de um juiz federal, é suscetível de ser um tema fundamental durante as eleições presidenciais americanas de 2024. O acordo visa igualmente resolver uma investigação em curso sobre alegadas irregularidades cometidas por Hunter Biden sem que este corra o risco de ser condenado a uma pena de prisão. O advogado de Biden, Christopher Clark, declarou em comunicado à imprensa:

“Hunter Biden assumirá a responsabilidade por dois casos de falta de apresentação de pagamento de impostos quando devidos, nos termos de um acordo judicial. Uma acusação de arma de fogo, que estará sujeita a um acordo pré-julgamento e não será objecto do decisão judicial, será também apresentada pelo governo. Hunter acredita que é importante assumir a responsabilidade pelos erros que cometeu durante um período de turbulência e dependência na sua vida”.

Num comunicado da Casa Branca emitido na terça-feira, lemos:

“O presidente e a primeira-dama amam o seu filho e apoiam-no enquanto ele continua a reconstruir a sua vida. Não faremos mais comentários”.

As acusações federais seguiram-se a uma extensa investigação sobre alegações de irregularidades nos negócios de Hunter Biden pelo procurador federal David Weiss, que estava em andamento desde pelo menos 2018. Weiss foi nomeado para investigar o caso pelo antigo Presidente Donald Trump. E ainda assim, os resultados, depois de cinco anos de investigação (!) são zero.

 

Como sempre, Tucker Carlson diz o que tem que ser dito.

Tucker Carlson publicou na terça-feira o episódio 5 do seu programa no Twitter, inspirado neste acordo de bandidos entre os advogados de Hunter Biden e o Departamento de Justiça. Mostrando incredulidade perante o facto do Departamento de Justiça ter levado cinco anos para acusar Hunter Biden de dois delitos menores, enquanto procura prender Donald Trump até ao resto da sua vida por crimes inventados e acusações espúrias, Tucker criticou o “sistema judicial” de dois níveis (um para os camaradas, outro para os opositores políticos), pouco depois de terem sido anunciadas as anedóticas acusações, considerando a imensa lista de indícios criminais perpetrados pelo filho de Joe Biden.

O Departamento de Justiça persiste em ignorar as viagens de Hunter no Air Force Two com o seu pai, então vice-presidente da Federação, para assinar negócios familiares obscuros com parceiros comerciais ligados ao PCC, ou as ofertas de um diamante gigante e de 30 milhões de dólares que têm todas as características de um suborno, ou o pagamento de 3,5 milhões de dólares feito a uma empresa fundada por Hunter pela mulher do antigo presidente da Câmara de Moscovo, ou os conteúdos escabrosos que evidenciam flagrantes crimes de corrupção e uso de drogas do seu computador, ou a recente denúncia de que a Casa Branca está a interferir na investigação do IRS às contas de Hunter ou que a campanha de Joe Biden se imiscuiu no encobrimento e censura das notícias sobre o infame computador durante as eleições presidenciais de 2020.

Isto tudo enquanto Joe Biden está a ser acusado pelo Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes por ter recebido, de forma ilícita e enquanto vice-presidente, 10 a 20 milhões de euros de entidades estrangeiras.

“O que é que Hunter Biden faz profissionalmente?” perguntou Tucker. De acordo com a declaração do procurador Dave Weiss na terça-feira, Hunter Biden ganhou 1.500.000 dólares em 2017, mas ninguém tem exacta ideia do que é que o homem realmente faz para viver (para além do seu esquema de tráfico de influências com “The Big Guy” e da sua produção ‘artística’).

Não é por acaso que na legenda do post que publicava o quinto episódio do “Tucker on Twitter” podemos ler o que toda a gente está a dizer entre dentes:

“Como na maior parte do mundo em vias de desenvolvimento, é mais seguro ser filho do presidente do que seu oponente.”

E eis os Estados Unidos da América como República das Bananas.

Veja: