O político australiano Chris Minns admitiu, inadvertidamente, que a a “liberdade de expressão” é incompatível com uma sociedade multicultural.
O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul admitiu tacitamente que, para manter o mito de que “a diversidade é a nossa maior força”, a liberdade de desdizer o dogma tem de ser censurada, ao afirmar:
“Reconheço, e disse-o plenamente desde o início, que não temos as mesmas leis de liberdade de expressão que existem nos Estados Unidos, e a razão para isso é que queremos manter unida uma comunidade multicultural e que as pessoas vivam em paz”.
🇦🇺 Australian politician says Australians can’t have free speech because it’s more important to hold multiculturalism together
I wonder how many Australians would have volunteered for that trade-off pic.twitter.com/wnqhyNMuZl
— Keith Woods (@KeithWoodsYT) March 18, 2025
Como sugere Keith Woods, seria interessante perguntar aos australianos se concordam em trocar os seus direitos fundamentais para receber mais estrangeiros no país…
E sendo que os Estados Unidos, cuja primeira emenda constitucional obriga ao livre discurso, são historicamente tão ou mais multiculturais que a Austrália, a afirmação encontra em si própria falência evidente.
O político globalista fez os comentários no contexto das novas leis sobre o discurso de ódio na Austrália, que foram aprovadas à pressa na sequência do histerismo baseado numa narrativa completamente fraudulenta.
De facto, a nova legislação foi introduzida em resposta a um alegado – ou inventado – plano de ataque terrorista a um centro de acolhimento de crianças perto de uma sinagoga nos arredores de Sydney. No entanto, veio a descobrir-se posteriormente que o “ataque” era, na realidade, uma “burla criminosa”, segundo a polícia, e que não tinha qualquer motivação política ou racial.
O alegado mentor do “ataque”, supostamente uma figura do submundo do crime australiano, estava apenasmente a criar uma crise artificial, para deixar que os meios de comunicação social e os políticos se agitassem histericamente para depois aparecer como o “herói” com informações privilegiadas – possivelmente para negociar uma redução da pena de prisão que cumpre actualmente.
O deputado John Ruddick sublinhou o falso pretexto das leis sobre discurso de ódio quando disse ao parlamento estadual:
“O Parlamento foi mal informado pelo governo Minns sobre a urgência dos projectos-lei referidos nas alíneas A, B e C… Esta Assembleia apela ao governo Minns para que revogue os projectos-lei e que peça desculpa por ter enganado este Parlamento, impedido um inquérito parlamentar e restringido ainda mais os princípios da liberdade de expressão.”
Minns recusou-se a responder ao argumento de Ruddick, afirmando que qualquer pessoa que se oponha a restrições draconianas à liberdade de expressão está a facilitar “abusos racistas”.
Tal como acontece com todas as leis de “discurso de ódio”, estas serão inevitavelmente utilizadas de forma abusiva para silenciar a dissidência, impedindo os cidadãos de falar sobre o fracasso do multiculturalismo e da ‘diversidade’.
Mas a Austrália já não é um país livre há uns anos largos, pelo que o autoritarismo e a trafulhice de Chris Minns não deve surpreender ninguém.
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