Uma tecnocrata de topo da União Europeia ameaçou Elon Musk com “sanções” se o CEO do Twitter persistir em oferecer aos utilizadores um serviço não censurado de rede social, afirmando ainda que o bilionário “não se comportou de uma forma decente”.

Os comentários foram feitos pela vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência, Vera Jourova, na reunião anual dos globalistas de Davos. A apparatchik disse à Euronews:

“O tempo do Oeste Selvagem acabou. Vamos ter a Lei dos Serviços Digitais [DSA]. Teremos o Código de Prática como parte desta legislação. Portanto, o Sr. Musk assumiu o Twitter com o seu ‘absolutismo da liberdade de expressão’, mas não podemos aceitar, por exemplo, conteúdos ilegais online e etc.. A nossa mensagem é clara: temos regras que têm de ser cumpridas, caso contrário, haverá sanções”.

 

A justificação de Jourova é completamente abstrusa, claro, porque os conteúdos ilegais já são interditos no Twitter. Ela está obviamente a tentar confundir conteúdo ilegal com discurso ofensivo, ou inconveniente, ou dissidente, numa tentativa de tornar as várias categorias indistinguíveis. O “Oeste Selvagem” de que fala reporta-se aos tempos em que os cidadãos do Ocidente podiam manifestar opiniões sobre política e sociedade sem receios de serem censurados, aviltados, cancelados, denunciados, despedidos dos seus empregos ou perseguidos pela polícia.

Numa outra entrevista, Jourova, uma burocrata eleita por ninguém, sugeriu que Musk não se tinha “comportado” de uma forma “decente” com os seus predecessores no Twitter. Leia-se: Musk recusou-se a dobrar o joelho aos globalistas que querem que a sua agenda draconiana de censura seja reposta no código da rede social.

Jourova já tinha anteriormente criado controvérsia por prever que em breve os Estados Unidos da América teriam também leis reguladoras do discurso público semelhantes àquelas vigentes na Europa, apelando efectivamente à eliminação da Primeira Emenda:

“A ilegalização do discurso de ódio será também em breve implementada nos EUA. Penso que temos fortes razões para termos todos estas regras no direito penal.”

Como o ContraCultura já reportou, ao longo da cimeira elitista de Davos de 2023, os tecnocratas insistiram na ideia de que é necessário uma repressão contínua do “ódio e da desinformação”, justificação inventada para censurar selvaticamente o discurso que é crítico da sua própria agenda e dos objectivos totalitários do “Great Reset”.

O conceito está também a recrutar activistas em Portugal, como é fácil de ver: