A cimeira WEF deste ano, decorreu num contexto algo céptico. Os elitistas globalistas consideram nitidamente que o Great Reset, por uma razão ou por outra, não está a correr à velocidade desejada, com muitos dos presentes em Davos a lamentar a heterogeneidade das políticas pandémicas e a falta de unificação sobre as alterações climáticas. O que não mencionam, pelo menos não directamente, é que muitas das dificuldades que estão a sentir se devem à resistência aberta dos povos em muitas regiões do planeta.

Seja como for, parece que os agentes dos poderes instituídos fizeram suposições sobre o seu progresso em 2022 que não se concretizaram com a eficácia desejada.

A certa altura do circo Davos 2023, um orador delineou explicitamente a essa preocupação, enquanto afirmava os fundamentos totalitários da agenda do World Economic Forum sem quaisquer receios de inteligência, quando afirmou que o objectivo era criar uma “nova ordem mundial”.

As observações foram feitas por Bilawal Bhutto Zardari, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão.

“Aqui no WEF há muita discussão sobre o que será a nova ordem mundial e como trabalhar para essa nova ordem internacional normativa que nos permite abordar as nossas diferenças e disputas civilizadamente. Acredito que neste momento estamos a viver numa época de tal forma hiper-partidária e polarizada que não vamos ser capazes de formar essa nova Helsínquia para já. Temos de formar e melhorar a nossa ordem normativa e institucional internacional, de modo a podermos abordar estes problemas. Espero que dessa vez, quando estivermos a construir esta nova ordem mundial baseada em regras, a voz do hemisfério Sul e dos países em vias de desenvolvimento seja incluída.”

 

 

A Ministra dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, Tanja Fajon, líder dos social-democratas da Eslovénia, parte do Partido dos Socialistas Europeus e ex-membro do Parlamento Europeu, assinalou também a sua submissão à agenda globalista com a exigência que as nações soberanas “respeitem” as regras internacionais, não sufragadas, da nova ordem mundial, apelando também a uma maior integração do sector privado no plano corporativo do WEF

“Há países que favorecem os seus interesses nacionais, desrespeitando as regras; temos que ter em consideração a Ordem Mundial.”

Nesta breve frase, o WEF revela-se pornograficamente, como um rei que se passeia nu na avenida da desvergonha: o facto dos dirigentes políticos servirem prioritariamente os interesses de quem os elege é um crime contra as regras básicas do acordo globalista.

 

 

E é por isso que as elites confessaram abertamente, no correr da semana passada, em múltiplos painéis, as suas frustrações com os governos nacionais que se recusam a implementar a agenda WEF, principalmente em assuntos fundamentais da sua filosofia operacional, como a resposta global à pandemia, a guerra na Ucrânia e as alterações climáticas.

Isto apesar da imprensa mainstream ainda tratar a “nova ordem mundial” como uma teoria da conspiração disparatada, excepto quando os verdadeiros globalistas usam a nomenclatura, caso em que a Ordem existe e é virtuosa como uma virgem num bordel.

Mas vale a pena ouvir os convidados desta edição do evento WEF explicarem a sua visão da Nova Ordem Mundial. Até porque não os podemos criticar nunca por esconderem o género exacto de distopia tenebrosa a que nos querem submeter e que inclui os seguintes eixos de acção.

– Uma visão urbanística de pesadelo, assente em modelos estéreis e aberrantes de cidades-presídios, completamente artificializadas em função de objectivos políticos de caráter despótico.

 

 

– O fim do automóvel, esse triunfo da liberdade individual, anunciado, ironicamente, por um diplomata saudita.

 

 

– O homem biónico, programável e domesticado como um sistema operativo.

 

 

– Sistemas de processamento de big data para monitorizar quem foi vacinado e quem não foi, quem obedece e quem ousa a dissidência, quem emite mais ou menos dióxido de carbono e etc., de forma a criar categorias de cidadãos desejáveis e de párias indesejáveis.

 

 

– Uma nova pandemia de “escala COVID” ou a definição de wishful thinking.

 

 

– A repressão contra a “desinformação” que torna as pessoas hesitantes em relação às vacinas, ou a qualquer mandato que as elites decretem.

 

 

– O fim da liberdade de expressão.

 

 

– O condicionamento cultural e a subversão do entretenimento pela ideologia woke.

 

 

– Uma única religião global, ateia e baseada nos dogmas ambientalistas.

 

 

– A intensificação da histeria climática, de forma a resgatar ainda mais poder aos sistemas políticos e económicos e reduzir o nível de vida das populações.

 

 

É por estas e por outras que Elon Musk, muito assertivamente, postou recentemente na sua conta de Tweeter este singelo protesto:

 

“O WEF está a tornar-se cada vez mais um governo mundial não eleito que as pessoas nunca solicitaram e que não querem”.

 

Os globalistas de Davos, no entanto, não parecem muito incomodados com a alienação das massas. Afinal, é precisamente contra elas que incansavelmente laboram.

Entretanto, estão a correr rumores de que Klaus Schwab vai ser afastado da liderança do World Economic Forum. A confirmar-se o diz que disse, que é uma definição de boas notícias, não devemos porém esquecer que, Independentemente do czar em chefe, o WEF é o WEF e tem que ser extinto. E independentemente do acrónimo e da sede em Davos (pode até ser FEW numa cave do inferno), o elitismo globalista é o elitismo globalista e tem que ser vencido.