Um vereador irlandês apelou a que as pessoas que estiveram envolvidas nos motins de Dublin fossem “baleadas na cabeça” ou espancadas por multidões até morrerem.

Sim, é verdade.

 

 

Os tumultos eclodiram na passada quinta-feira à noite, depois de manifestantes irados, mas na sua maioria pacíficos, terem expressado a sua raiva pelo facto de um imigrante argelino ter esfaqueado três crianças à porta de uma escola primária.

No rescaldo, o governo irlandês e a polícia metropolitana estão a perseguir activamente os manifestantes, com a elaboração de nova legislação que vai dar às autoridades poderes para aceder às suas mensagens privadas nas redes sociais.

A retórica dos poderes instituídos foi agravada de forma inacreditável quando o vereador do Distrito Metropolitano de Limerick, Cllr Azad Talukder, disse numa reunião do conselho municipal que queria ver os desordeiros executados publicamente. Talukder afirmou perante os membros do Conselho:

“Nem mesmo um animal faz este tipo de coisas. É vergonhoso e eles deviam ser punidos publicamente. Gostaria de os ver levar um tiro na cabeça ou trazer o público e bater-lhes até morrerem”.

Talukder foi forçado a retirar os comentários, mas aparentemente continua a desempenhar funções.

Entretanto, a indignação relativa a um graffiti com a frase “Irish Lives Matter” continua a subir de tom.

 

 

Talukder foi celebrado no início deste ano, quando foi eleito o primeiro vereador muçulmano de Limerick, no que foi considerado um “momento histórico”.

As virtudes da “diversidade” são mesmo eloquentes, não são?