Paul Joseph Watson publicou ontem no Youtube um monólogo absolutamente desassombrado – e lúcido – sobre os acontecimentos da Faixa de Gaza, que o ContraCultura subscreve e adapta em baixo.

 

 

No fim de semana passado, em resposta ao apelo do Hamas para que os defensores da “causa” palestiniana se manifestassem por todo o mundo, as ruas das cidades europeias foram palco para a explosão de ódios antigos, fúrias recentes e recriminações intermináveis.

Apesar das manifestações de apoio ao Hamas terem sido proibidas em França, apesar do Hamas ser um movimento ilegal e considerado oficialmente como um grupo terrorista pelas autoridades britânicas, tanto em Paris como em Londres o sentimento pro-Hamas foi enfrentado de forma passiva pela polícia. E se os franceses conseguiram ainda assim controlar e anular os protestos, por terras de sua majestade o Rei WEF as coisas correram como uma fábula virada ao contrário, em que a moral da história é a sua completa imoralidade.

Em Londres, milhares de manifestantes muçulmanos vieram para rua clamar pelo terror e atacar violentamente quem se manifestasse pela “causa” israelita, perante a indiferença das forças policiais, que, no meio do caos, prendiam um cidadão, sénior, que apareceu com uma Union Jack (bandeira do Reino Unido). As autoridades vieram de pronto justificar-se: que o cidadão (sénior) não tinha sido preso por causa da bandeira que transportava, mas por “afirmações racistas”.

Portanto, enquanto milhares de manifestantes, que de ingleses têm tanto como Pancho Villa tinha de vietnamita, clamavam pela morte de judeus e penduravam bandeiras do Hamas em edifícios icónicos da democracia britânica, a polícia prendia um velhinho nativo por ter dito qualquer coisa que, aos ouvidos de Sadiq Khan, o pidesco mayor londrino, constitui um crime hediondo.

Entretanto, nas cidades do leste europeu como Varsóvia, Budapeste, Bratislava e Praga, o fim de semana foi passado em total sossego. Porque será?

Lamentavelmente, as coisas só tendem a piorar. E o milhão de refugiados que se projecta como saldo a curto prazo da guerra na Faixa de Gaza vão ser acolhidos por quem? Pelos europeus, claro, porque as coisas já estão a correr tão bem que mais milhão menos milhão não vai fazer diferença no trajecto caótico que o velho continente está cegamente a cumprir.

Tal como o SIS aproveitou o estatuto de refugiados para enviar terroristas para a Europa, o Hamas vai fazer o mesmo. E aqui, de acordo com as intenções israelitas. Porque quando o ISIS matava pessoas na Europa todas as semana, Israel entregava armas a esse grupo terrorista para “legítima defesa”. Porque quando Israel teve problemas com eritreus, optou por deportá-los directamente da Eritreia para a Europa. Porque um dos vectores operacionais do estado judaico e das suas forças armadas é basicamente o de empurrar toda a população da Faixa de Gaza para a o velho e decadente continente. Sim, porque Israel preocupa-se imenso com a segurança dos cidadãos europeus.

 

 

Até os países islâmicos mais próximos da Faixa de Gaza, como o Egipto ou a Jordânia, recusam-se a receber os palestinianos, argumentando até – e escandalosamente – que os refugiados iriam prejudicar a indústria turística do país e isto apesar de terem recebido 30 biliões de dólares dos americanos (235 milhões no mês passado) para fazerem precisamente isso. Mas sempre que há sangria em Gaza, as autoridades egípcias fecham imediatamente a fronteira.

Para todos os efeitos, a Europa existe precisamente para receber os refugiados do Médio Oriente.

Entretanto, o regime Bbiden não vê problemas em envolver-se em duas frentes de guerra, na Ucrânia e na Palestina. O senil inquilino da Casa Branca diz que há dinheiro para enterrar em todos os conflitos presentes e futuros, porque:

“Somos os Estados unidos da América, por amor de deus! A nação mais poderosa da história do mundo.”

Está a sonhar alto, como é costume. Mas os contribuintes das nações ocidentais vão sofrer pesadelos para pagar os custos da demente fanfarronice desta figura caricata. E ucranianos e palestinianos vão pagar com a vida a insanidade do presidente americano. Basta observar o cenário de destruição dantesca que já é bem visível na Faixa de Gaza. E se Putin decidisse fazer em Kiev o que os israelitas estão a fazer na Faixa de Gaza? Os Estados-Unidos-da-América-por-amor-de-deus já tinham accionado o seu aparelho de extinção nuclear. Com a entusiástica subscrição da Comissão Europeia.

 

 

Aliás, a máquina do Armagedão já está a ser invocada na América por sionistas sinistros como Ben Shapiro, que argumenta assim:

“Se Israel for empurrado para a guerra [a Norte, com o Hezbolah], a possibilidade de um conflito nuclear é extremamente alta. Por isso é que é muito importante que os Estados Unidos providenciem ajuda material a Israel.”

 

 

A chantagem é gritante: ou nos ajudam ou espoletamos o holocausto termo-nuclear.

Até porque as forças militares israelitas assumem que estão em guerra com toda a gente na Faixa de Gaza e não só os terroristas do Hamas.

 

 

A cada dia que passa ganha definição esta suspeita de que caminhamos, inapelavelmente, para o apocalipse de tudo.