A BBC não quer chamar “terroristas” aos terroristas do Hamas porque acha que isso significa que está a “escolher lados”. O que faz literalmente em todos os outros tópicos.

Quando confrontada com críticas do Secretário da Defesa Grant Shapps, a insuportável estação pública britânica defendeu a sua decisão de se referir aos terroristas do Hamas como “militantes”, declarando que é

“uma emissora editorialmente independente cujo trabalho é explicar precisamente o que está a acontecer ‘no terreno’ para que as nossas audiências possam fazer o seu próprio julgamento”.

Shapps tinha qualificado o comportamento da BBC nestes termos:

“É quase vergonhoso… Eles dizem sempre, ‘bem, há dois lados’, mas o que o Hamas fez, como organização terrorista proscrita – o que significa que são ilegais na Grã-Bretanha, é ilegal apoiá-los – foi sair e massacrar pessoas inocentes, bebés, festivaleiros, reformados. Não são combatentes da liberdade, não são militantes, são terroristas puros e simples e é notável ir ao site da BBC e ainda os ver a falar de atiradores e militantes e não lhes chamar terroristas”.

O apresentador da BBC John Simpson, falando a título pessoal, expôs claramente a posição da emissora num post no X (antigo Twitter), afirmando que

“Os políticos britânicos sabem perfeitamente porque é que a BBC evita a palavra ‘terrorista’ e, ao longo dos anos, muitos deles concordaram em privado com isso. Chamar terrorista a alguém significa que se está a tomar partido e a deixar de tratar a situação com a devida imparcialidade”.

 

 

No entanto, a BBC parece não ter qualquer problema em “tomar partido” no que se refere à linguagem usada em muitas outras assuntos, referindo-se a grupos como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda como “terroristas”, por exemplo.

A parcialidade da BBC também é clara noutras áreas. O organismo de radiodifusão omite frequentemente detalhes que relacionam activistas LGBT com prácticas pedófilas e refere-se aos defensores do aborto com a sua terminologia preferida, “pró-escolha”, enquanto se recusa a referir os defensores pró-vida com qualquer termo que não seja “anti-aborto”, outro exemplo.

A linguagem usada em relação aos eleitores de Trump, ou a cidadãos britânicos que afirmam que “não há problema em ser branco”, mais um exemplo, também não é propriamente imparcial: são nada mais nada menos que “supremacistas brancos”.

E, claro, quem coloca em causa a narrativa do apocalipse climático, de que a emissora é campeã, ou a “segurança e eficácia” das vacinas Covid, é catalogado como “negacionista” sem qualquer escrúpulo de nomenclatura.

A BBC também não se mostra lá muito equitativa nas suas políticas de recrutamento. Num anúncio do ano passado, a estação advertia:

“Esta oportunidade de emprego está aberta apenas a negros, asiáticos ou pessoas etnicamente diversas.”

E isto é para não sermos exaustivos, porque cada minuto de emissão da BBC é um exercício de propaganda ideológica. Paga pelos contribuintes.

 

No Canadá, claro, a tendência pegou também.

A maior organização noticiosa do Canadá, patrocinada pelo Estado, ordenou similarmente aos seus repórteres que evitassem descrever os membros do Hamas como “terroristas”.

A Canadian Broadcasting Corporation (CBC) afirmou que usar o termo “terrorista” quando se refere ao Hamas é uma opinião, não um facto.

No entanto, este órgão corporativo, que Trudeau se gaba de ter no bolso, não mencionou que o Hamas é responsável pelo assassinato de mais de 700 israelitas, pela violação de mulheres, pelo rapto de crianças e pela mutilação de corpos no pior ataque contra judeus desde o Holocausto.

De acordo com o director de normas jornalísticas da CBC, George Achi, estas directrizes interditam

“a referência a militantes, soldados ou qualquer outra pessoa como ‘terroristas’. A noção de terrorismo continua a ser fortemente politizada e faz parte da história. Mesmo quando citamos um governo ou uma fonte que se refere aos combatentes como ‘terroristas’, devemos acrescentar o contexto para garantir que o público compreenda que se trata de uma opinião e não de um facto”.

Achi esqueceu-se que a sua organização de propaganda do regime tratou os camionistas canadianos do Comboio da Liberdade que protestaram contra os draconianos mandatos de vacinação como “radicais de extrema-direita”, e perseguiu activamente os cidadãos canadianos que contribuíram financeiramente, por crowd funding, para o movimento, publicando até as suas identidades.