Um juiz federal afirmou na terça-feira passada que a administração Biden agiu como um “orwelliano Ministério da Verdade” ao trabalhar em conjunto com as plataformas digitais de comunicação social para censurar opiniões contrárias à narrativa oficial durante a pandemia Covid-19.

O juiz Terry Doughty, de Louisiana, observou que a administração provavelmente violou a Primeira Emenda, pois os procuradores-gerais republicanos do Missouri e da Louisiana

“produziram evidências de um esforço massivo dos réus, da Casa Branca às agências federais, para suprimir o discurso com base no seu conteúdo dissidente”.

Não apenas os conteúdos relacionados com a Covid foram alvo de supressão, mas também questões relacionadas com os resultados das eleições de 2020, a história do laptop Hunter Biden e vários outros tópicos.

 

 

O senador Eric Schmitt chefiou a acusação, descrevendo as acções do regime Biden como um “empreendimento de censura federal”. O juiz Doughty concordou:

“A censura neste caso visou quase exclusivamente o discurso conservador, embora os esforços de censura tenham ido para além das linhas partidárias. As provas produzidas até agora retratam um cenário quase distópico”. Durante a pandemia da COVID-19, um período talvez melhor caracterizado pela dúvida e incerteza generalizadas, o Governo dos Estados Unidos parece ter assumido um papel semelhante a um ‘Ministério da Verdade’ orwelliano”. A discriminação de pontos de vista é uma forma especialmente flagrante de discriminação de conteúdo. O governo deve abster-se de regular o discurso quando a ideologia específica motivadora ou a perspectiva do seu agente é a razão de ser da restrição”.

Apontando especificamente para funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e do FBI, o juiz afirmou que estas entidades deveriam ser impedidas de comunicar com as empresas que geram as redes sociais, já que o seu objectivo é

“instar, encorajar, pressionar ou induzir de qualquer maneira a remoção, exclusão, supressão ou redução de conteúdo contendo liberdade de expressão protegida pela Constituição.”

Doughty sublinhou que as únicas excepções ao impedimento dos funcionários governamentais terem contacto com as Big Tech seriam

“circunstâncias relativas a actividades criminosas ou conspirações criminosas, ameaças à segurança nacional, extorsão ou outras ameaças”.

O New York Times queixou-se de que a decisão “poderia reduzir os esforços para combater a desinformação”. Porque para o NYT, qualquer opinião que não se enquadre na narrativa regimental é desinformação. O jornal nova-iorquino é também, e utilizando a expressão do juiz Terry Doughty, um autêntico Ministério da Verdade.