Pavel Durov . Fundador do Telegram

 

Uma revelação perturbadora, mas não surpreendente, de Pavel Durov, demonstra que a recente eleição presidencial da Roménia foi marcada por interferência estrangeira, tentativas flagrantes de censura e um ataque alarmante à soberania nacional.

 

O estabelecimento globalista, cada vez mais desesperado e sem escrúpulos e agora aparentemente liderado pela França, está a enfrentar sérias acusações de tentar subverter a democracia romena, dadas as alegações vindas a público de que as autoridades francesas pressionaram o fundador da influente plataforma Telegram para silenciar as vozes conservadoras, depois de os candidatos antiglobalistas Calin Georgescu e George Simion terem obtido vitórias decisivas – primeiro numa ronda inicial anulada e depois na repetição que se seguiu.

Na segunda edição da primeira volta das eleições, realizada a 4 de Maio, Simion, um conservador-nacionalista que se opõe ao envolvimento militar na Ucrânia e defende uma política ‘Roménia Primeiro’, ameaçou derrubar a ordem leninista-globalista, ao obter 40% dos votos.

Mas, como é fácil de constatar, uma derrota eleitoral pouco significa para o estabelecimento globalista. Perder nas urnas não os obriga a abandonar o poder – longe disso.

No ano passado, quando o nacionalista independente Calin Georgescu venceu a primeira volta com uma vantagem significativa, o Tribunal Constitucional anulou os resultados, invocando vagas “irregularidades” e uma fictícia “interferência russa”. Como era de esperar, não foram apresentadas quaisquer provas dessa acusação. Georgescu foi então proibido de voltar a candidatar-se – uma medida arrepiante condenada por toda a gente que luta pela liberdade e contra a tirania instituída, mas apoiada pelos poderes estabelecidos na Europa e, na altura, em Washington também.

O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, chegou mesmo a citar o caso no início deste ano como prova da escalada da guerra da UE contra a soberania democrática, sugerindo que, quando o povo vota de forma errada, as elites simplesmente cancelam os resultados.

Agora, uma nova bomba ameaça descredibilizar ainda mais as já ilegítimas eleições. Pavel Durov, fundador da aplicação de mensagens encriptadas Telegram, revelou que os serviços secretos franceses o pressionaram directamente para silenciar os conservadores romenos na Internet antes das eleições. Durov nomeou Nicolas Lerner, chefe da Direcção-Geral de Segurança Externa de França (DGSE), como o funcionário que o tentou pressionar durante uma reunião privada em Paris.

A este propósito, Durov escreveu:

“Esta primavera, no Salon des Batailles, no Hotel de Crillon, Nicolas Lerner, chefe dos serviços secretos franceses, pediu-me para proibir as vozes conservadoras na Roménia antes das eleições. Recusei. Não bloqueámos os manifestantes na Rússia, na Bielorrússia ou no Irão. Não o vamos começar a fazer na Europa”.

 

 

Durov, que tem várias nacionalidades, incluindo a francesa, publicou um emoji simbólico de uma baguete para dar a entender o envolvimento da França antes de nomear directamente Lerner. A sua recusa em alinhar-se com o guião globalista valeu-lhe elogios de figuras de alto perfil mediático e de defensores da liberdade de expressão, incluindo Elon Musk, que publicou “Apoiado!” em resposta à posição do fundador do Telegram.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, sem surpresa, rejeitou as alegações como “completamente infundadas”, chamando-lhes uma “manobra de diversão”, apesar da crescente montanha de provas circunstanciais e da sua própria história de políticas de censura agressivas.

O candidato conservador romeno George Simion, no seu estilo habitual, não se deu a rodeios. Numa entrevista antes da segunda volta, acusou o Estado francês e instituições estrangeiras de trabalharem activamente para subverter a vontade dos eleitores romenos.

“Estão a gastar muito dinheiro e a exercer muita pressão – através do seu embaixador e de instituições estrangeiras – para roubar o voto ao povo romeno.”

Os seus avisos revelaram-se proféticos. Apesar da sua vitória decisiva na primeira volta e dos números positivos nas sondagens antes das eleições, Simion perdeu na segunda volta, no passado domingo, para Nicusor Dan – um burocrata do estabelecimento, apoiado pelos globalistas e adorado em Bruxelas, que repetiu as habituais linhas pró-UE e pró-NATO. Há alguns meses, Dan estava a lutar para manter a popularidade como presidente da câmara de Bucareste. Agora é presidente de todo o país?

Esta inversão suspeita, após a anulação da vitória de Georgescu e a tentativa de censura da base de apoio de Simion, aponta para um padrão muito claro de manipulação globalista que não pode ser ignorado.

 

 

A recusa de Durov em colaborar nesta campanha de censura surge no meio de uma pressão crescente sobre as plataformas alternativas para que se submetam ao controlo dos Estados. As autoridades francesas já tinham visado Durov no que agora parece ser uma caça às bruxas com motivações políticas, prendendo-o no ano passado com acusações duvidosas antes de o libertarem sob fiança de 5 milhões de euros. Trata-se de uma táctica cada vez mais utilizada pelos regimes europeus para desacreditar e intimidar os dissidentes.

Numa observação reveladora, Durov afirmou:

“Não se pode ‘defender a democracia’ destruindo a democracia”.

Este princípio parece não ter sido compreendido pelas elites ocidentais que anulam eleições e silenciam dissidentes sob o pretexto de “proteger” as normas democráticas.