Os geoengenheiros da Agência de Investigação e Inovação Avançada (Aria) do Reino Unido atribuíram 50 milhões de libras (~ 66 milhões de euros) a um projecto que vai injectar partículas de aerossol na estratosfera, de forma a reflectir a luz vital que o sol fornece à Terra, numa tentativa de travar o alegado aquecimento global.

A experiência consiste em enviar aviões que voam a grande altitude para libertar partículas de sulfato na estratosfera, perto da baixa atmosfera, o que evitaria que alguns dos raios solares chegassem ao solo, reflectindo-os para o espaço.

Os proponentes do projecto sugerem que o controverso processo pode ser uma forma barata de arrefecer o planeta para combater a alegada ameaça do aquecimento global, afirmando que as medidas são necessárias para evitar uma potencial catástrofe de “ponto de viragem” no futuro.

Mark Symes, gestor de projecto da Aria, afirmou:

“A verdade desconfortável é que a nossa actual trajetória de aquecimento torna possível uma série de pontos de ruptura no próximo século. Depois de termos falado com centenas de investigadores, chegámos à conclusão de que uma parte fundamental do conhecimento que nos faltava eram os dados físicos do mundo real. Estes dados mostrar-nos-iam se qualquer uma destas abordagens potenciais funcionaria efectivamente e quais seriam os seus efeitos”.

Symes nem sequer esconde que está a investir num processo de aprendizagem de feiticeiro e que não sabe que impactos terão as suas nefastas experiências.

Os defensores da ideia, incluindo Dominic Cummings, antigo conselheiro do primeiro-ministro Boris Johnson, globalista inveterado e vilão-mor do estabelecimento britânico, alegam, de forma bizarra, que as explorações agrícolas poderiam beneficiar com a redução da luz solar, uma vez que as culturas sofreriam menos com o ‘stress térmico’.

Qualquer agricultor britânico poderá testemunhar que o “stress térmico” será o menor dos seus problemas e que menos horas de sol equivalem a colheitas mais pobres, num país que já de si não proporciona abundantes períodos de exposição solar.

Outros métodos de geoengenharia que serão considerados no âmbito do projecto incluem o “branqueamento das nuvens marinhas”, que pulverizaria sal marinho na atmosfera para tornar as nuvens mais brancas e reflectir mais radiação solar.

Outra estratégia inclui a fragmentação de cirros, formações de nuvens que actuam como cobertores que retêm o calor.

O projecto recolheu críticas de vários sectores da comunidade científica britânica. Muitos críticos mostraram-se preocupados com a tresloucada tentativa de controlo do clima, alegando que o bloqueio da luz solar terá repercussões imprevistas nos padrões climáticos e na produção de alimentos.

Até cientistas ligados à protecção ambiental classificaram a ideia como uma “loucura” e compararam o plano ao tratamento do cancro com aspirina. Fanáticos das emissões zero como o professor Michael Mann, da Universidade da Pensilvânia, e o professor Raymond Pierrehumbert, da Universidade de Oxford, comentaram o programa da Aria nestes termos:

“O programa de geoengenharia da Aria é uma perigosa distração do trabalho que tem de ser feito para atingir emissões líquidas nulas de dióxido de carbono.”

Pior a emenda que o soneto.

 

Em Espanha, mais do mesmo.

Convém lembrar aos estimados leitores do Contra que, há coisa de um ou dois anos atrás, os chemtrails eram considerados como uma teoria da conspiração, mas hoje em dia passaram a ter o estatuto de ‘projectos científicos’ e em Espanha são uma realidade factual noticiada pela imprensa corporativa desde 2021:

 

 

Seria talvez recomendável que nos explicassem como é que pode ser benéfica a libertação na atmosfera destes elementos:

O dióxido de chumbo é um composto inorgânico, sólido, castanho-escuro e insolúvel em água. Existe em duas formas cristalinas. Tem várias aplicações importantes em eletroquímica, em particular como placa positiva de baterias de chumbo-ácido.

O iodeto de prata é um composto químico usado em fotografia e como um anti-séptico na medicina. É insolúvel em água e tem uma estrutura cristalina similar ao gelo, permitindo a criação de nuvens para o propósito da geração de chuva.

A diatomite é uma rocha sedimentar siliciosa composta principalmente por restos de esqueletos fossilizados de diatomáceas, que são organismos unicelulares relacionados com as algas. A diatomite tem uma estrutura porosa, o que a torna ideal para utilização como isolamento ou como material filtrante (a sua principal utilização).

Em sentido contrário, nos EUA, a Agência de Protecção Ambiental iniciou uma investigação sobre a actividade da Make Sunsets, uma startup acusada de despejar toneladas de dióxido de enxofre na atmosfera, que vende como “créditos de arrefecimento”.

Mas ainda assim, há quem detecte actividades nocivas deste género nos céus da América: