O discurso que Trump endereçou ao encontro anual do World Economic Forum, em conferência remota, é um momento excessivamente delicioso para passar ao lado do ContraCultura.

Os primeiros 15 minutos do vídeo em baixo oferecem mais cerejas por minuto – e daquelas que se colocam no topo dos bolos – do que seria expectável até.

O Presidente dos EUA falou para esta audiência de elitistas retardados com ambições totalitárias como se estivesse a dirigir-se à sua base de apoio. Foi uma coisa mesmo linda de se ver.

Tudo o que Trump disse vai na direcção oposta das crenças e convicções dos delegados que o estavam a ouvir em Davos. Reparem só neste segmento, que é uma espécie de poema épico:

“Tenho o prazer de informar que a América também é novamente uma nação livre. No primeiro dia, assinei uma ordem executiva para acabar com toda a censura governamental. O nosso governo deixará de rotular o discurso dos nossos próprios cidadãos como desinformação, que são as palavras favoritas dos censores e daqueles que desejam impedir a livre troca de ideias e, francamente, o progresso. Salvámos a liberdade de expressão na América, e salvámo-la com força.

Com outra ordem executiva histórica esta semana, também pus fim à instrumentalização da aplicação da lei contra o povo americano – e, francamente, contra os políticos – e restabeleci o Estado de direito justo, equitativo e imparcial.

A minha administração tomou medidas para abolir todos os disparates discriminatórios em matéria de diversidade, equidade e inclusão – políticas que eram um disparate absoluto – em todo o governo e no sector privado. Com a recente, mas algo inesperada, grande decisão que o Supremo Tribunal acabou de tomar, a América voltará a ser um país baseado no mérito. Têm de ouvir estas palavras: país baseado no mérito.

E tornei oficial – uma política oficial dos Estados Unidos – que só existem dois géneros, masculino e feminino, e que não teremos homens a participar em desportos femininos, e que as cirurgias transgénero, que se tornaram a moda, ocorrerão muito raramente.”

Bum. Não podia ser uma palestra mais adequada, pelas comichões alérgicas que por certo causou, apesar da aparente cordialidade com que tratou os convidados e interlocutores, que são todos inimigos mortais de qualquer pessoa de bem.

Mas Trump é mesmo assim. Um tipo cordial e tolerante até com aqueles que o odeiam de morte.

Nesse sentido, é um cristão de coração.

O discurso integral pode ser ouvido no vídeo em baixo ou lido aqui.