Num dos mais recentes episódios do podcast de Tucker Carlson conhecemos o veterano da Marinha Dan Caldwell, que o Pentágono despediu recentemente por “divulgar documentos confidenciais”.
Esta é uma acusação grave. Os americanos podem passar décadas na prisão se forem considerados culpados de cometer tal acto. Poucas coisas são consideradas mais escandalosas em Washington. Basta pensar em Edward Snowden.
Seria por isso de esperar que o governo se desse ao trabalho de fornecer provas para apoiar a sua alegação. Ao contrário de grande parte do establishment da política externa norte-americana, Caldwell arriscou a vida em nome do seu país, pondo em risco a sua segurança no Iraque para servir na guerra favorita dos neo-conservadores no Médio Oriente. Ele merece mais do que uma difamação infundada.
Mas foi exactamente isso que lhe foi oferecido.
Até à publicação deste artigo, o Departamento de Defesa não apresentou qualquer prova de que Caldwell, agora desempregado, tenha realmente cometido um crime. Ninguém no Pentágono examinou o seu telefone, nem lhe fizeram um teste de polígrafo. Simplesmente fizeram a acusação e depois mandaram-no embora. Aparentemente este marine não tem direito ao devido processo legal.
O que está realmente a acontecer aqui? Por que outra razão poderiam as forças do complexo militar-industrial querer que Caldwell servisse de bode expiatório para que pudessem desenvencilhar-se dele?
Um palpite: antes do seu abrupto despedimento, Caldwell era uma das principais vozes no Departamento de Justiça a argumentar contra uma guerra com o Irão, adoptando a posição sensata de que um conflito deste tipo, que faz salivar os comissários do pântano de Washington e os seus financiadores, seria um desastre total e completo. Não é do interesse da América, milhares de militares morreriam e biliões de dólares seriam desperdiçados.
Parece que é por isso que o jovem conselheiro está agora sem emprego. Os falcões de guerra não permitem o debate, por isso fizeram de tudo para expulsar Caldwell. Não suportam a ideia de o Presidente receber orientação de alguém que pondere os horrores da guerra. Estão desesperados por abrir uma nova e choruda frente no Médio Oriente e precisam da bênção de Trump para a conseguir. Caldwell teve de ir à vida dele.
E se isto lhe parece conspirativo, céptico leitor, pare um momento e lembre-se da preparação para a invasão do Iraque por George Bush. Tal como o conflito iminente de hoje, aquela guerra não contribuiu muito para ajudar os Estados Unidos ou para pacificar o Médio Oriente, ou para acabar com o terrorismo islâmico. Na verdade, não fez nada disso. Mas a coisa aconteceu na mesma, porque Washington esmagou as vozes dissidentes que se lhe opuseram desde o início. O senador Joe Biden proibiu na altura, literalmente, as testemunhas anti-guerra de argumentarem contra a invasão perante a Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Na verdade, as pessoas que estão a pressionar para a eclosão desta guerra estão dolorosamente conscientes de que estão erradas. Os seus motivos são corruptos, e eles sabem disso. Se forem contempladas no mercado livre das ideias, as suas propostas não sobrevivem ao escrutínio público. Assim, procuram reprimir o discurso dissidente para garantir que conseguem o que querem.
Donald Trump deve resistir-lhes com todas as forças, se for um homem decente e quiser honrar o seu mandato eleitoral.
O podcast com Caldwell é sobre todo este assunto elucidativo, e o Contra recomenda vivamente o seu consumo.
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