Um violador de crianças foi poupado à prisão pela segunda vez depois do seu advogado de defesa ter instado o juiz a considerar o impacto na sobrelotação das prisões. Ross Newman, de Newport, Inglaterra, foi condenado por violar uma criança com menos de 14 anos em Dezembro, tendo o juiz da sentença dito na altura:

“A única razão pela qual escapou à custódia imediata hoje é devido à crise de sobrelotação das prisões”.

Newman foi novamente condenado esta semana por violar os termos da sua pena suspensa, mas foi outra vez poupado à prisão porque as instalações continuam sobrelotadas.

A sobrelotação da prisões inglesas, que só é desculpa para criminosos a sério, porque os criminosos do pensamento estão a ser presos aos milhares, resultou de uma escolha política dos trabalhistas e dos seus antecessores conservadores, que privaram as infra-estruturas prisionais de financiamento enquanto prodigalizavam milhares de milhões em ajuda externa e hotéis para imigrantes ilegais; e persiste apesar da iniciativa dos trabalhistas de libertar milhares de criminosos para aliviar a crise.

Isto porque o Estado está a impor sentenças draconianas a cidadãos dissidentes por “retórica anti-sistema“, “desinformação” e por “assistirem” em manifestações e partilharem publicações “ofensivas” no Facebook. E esses criminosos do pensamento terão mesmo que ser encarcerados, independentemente da congestão do sistema prisional britânico.

O Primeiro-Ministro Sir Keir Starmer anunciou este mês medidas de emergência para libertar cerca de 5.500 prisioneiros, muitos dos quais poderão ser criminosos violentos, num programa conhecido como SDS40. Entre os que deverão ser libertados antecipadamente encontra-se Lawson Natty, condenado por homicídio involuntário de um jovem de 14 anos em Novembro de 2022.