O modus operandi de inspiração totalitária da esquerda neo-liberal que infecta o Ocidente contemporâneo é ilustrado com rigor pelos acontecimentos dos últimos dias na Polónia.

O recém-empossado governo globalista do país está a agir rapidamente, e de acordo com o manual de normas bolchevique, para consolidar o seu poder, despedindo os dirigentes das estações públicas de rádio e televisão do país e encerrando-as. Membros do partido Lei e Justiça (PiS), recentemente deposto, tentaram encenar um protesto contra a medida fascista-leninista na sede da estação de televisão, mas a manifestação foi prontamente interrompida pela intervenção da polícia.

 

 

Donald Tusk, que abandonou o cargo de primeiro-ministro da Polónia por um cargo muito mais bem remunerado como presidente do Conselho Europeu pouco antes de o seu partido ter sido afastado do poder pelo PiS em 2015, regressou ao cargo de primeiro-ministro polaco à frente de uma coligação mal amanhada de partidos liberais de esquerda no início deste mês, apesar de o PiS ter ficado em primeiro lugar (uma tendência que começou em Portugal, que se instalou em França e na Alemanha e que está agora também em pleno funcionamento em Espanha).

As suas “reformas” das emissoras públicas Polskie Radio e TVP visam ostensivamente transformar estes órgãos de comunicação social polacos em plataformas de “informação fiável” (leia-se, de propaganda ao serviço da agenda globalista) e visam purgar o fórum público dos conservadores nomeados durante os mandatos do PiS em 2015, e que ainda vigoram legalmente, e de qualquer tipo de dissidência às narrativas dos poderes agora instituídos.

Para um político que perdeu as eleições, Tusk está a entrar a matar.

O Presidente Andrzej Duda, que está alinhado com o PiS, disse que o processo através do qual o governo de Tusk assumiu o controlo dos meios de comunicação estatais é uma “violação grosseira da Constituição”, consubstanciando uma forma de “anarquia destinada a contornar a lei”.

Os protestos contra as acções do governo recém formado estão em curso, havendo algum debate sobre a legalidade ou não das suas medidas contra a Polskie Radio e a TVP, autorizadas por uma simples resolução legislativa. Mas sobre o seu carácter ético e “democrático” não há debate possível: Como o regime Biden, como o regime Trudeau, como o regime Macron, como o regime Scholz, como o regime Costa e como o regime Sánchez, o regime Tusk não permite o contraditório. E em caso de resistência civil, usa as forças de segurança contra os seus próprios cidadãos.

Para “salvar a democracia”.