Se o caro leitor ainda não percebeu que há forças intestinas e ocultas (ou nem tão ocultas como isso) que estão decididas a espoletar o armagedão, desculpe, mas é porque não anda lá muito atento.

As razões por trás dessa dantesca volição estão por dissecar na sua integralidade (o Contra voltará ao assunto), mas algumas são óbvias: uma terceira guerra mundial, principalmente se incluir troca de fogo nuclear, permitiria reduzir e empobrecer brutalmente a população mundial, de forma a mais facilmente conduzi-la à servidão, criar um estado de emergência que perpetue os poderes instituídos, alargar o espectro dos mandatos totalitários, efectivar a definitiva instalação do Great Reset e apertar o controlo dos recursos naturais, energéticos e financeiros mundiais. Em suma: permitir a implementação total da agenda das elites globalistas.

A este propósito, Elon Musk e Tucker Carlson tentaram nas últimas horas alertar as massas, que estão mergulhadas numa espécie de torpor, para a eventualidade, cada vez mais realista, da ocorrência de um confronto apocalíptico entre potências nucleares, muito resultante das políticas desastradas e do discurso irresponsavelmente belicoso do regime Biden.

Durante uma discussão no Twitter/X Spaces, na segunda-feira, Elon Musk avisou

“Estamos a caminhar sonâmbulos para a terceira guerra mundial. Temos de parar de fazer isso. É insensato e penso que irá conduzir a um risco imenso para a civilização.”

 

 

Musk observou que os Estados Unidos estão a ficar atrás da China e da Rússia em termos de produção industrial, e que os líderes ocidentais estão a aproximar essas duas nações

“num eixo de imenso poder contra o Ocidente, e a lançar as bases para a Terceira Guerra Mundial”.

O patrão do X destacou o perigo da aliança entre a Rússia e a China, para a qual o ocidente empurrou Vladimir Putin:

“A Rússia tem as matérias-primas e a China tem a capacidade industrial. É, francamente, uma combinação perfeita do ponto de vista bélico.”

 

 

Reforçando o elevado risco de uma ruptura existencial no Ocidente, que contrasta com a apatia dos seus cidadãos, Elon afirmou:

“Quero sublinhar que há um risco civilizacional – há tragédias a nível individual, tragédias a nível comunitário e depois há um risco civilizacional. Só precisamos de ter a certeza de que não estamos a pôr em causa a própria civilização, com uma Terceira Guerra Mundial. Acho que estamos a caminhar como sonâmbulos para a Terceira Guerra Mundial.

 

 

E referindo-se aos prognósticos facilitistas e excessivamente optimistas dos senhores da guerra em Washington, que acham que os Estados Unidos estão prontos para qualquer guerra seja com quem for, Musk convidou à reflexão.

“Na verdade, as pessoas deveriam reflectir profundamente. Se eles fazem previsões que não se tornam realidade, devemos pensar que haverá outras previsões que também não se possam concretizar”.

Musk continuou, observando que já não há ninguém vivo que se lembre de como as guerras mundiais são horríveis e que toda a gente hoje em dia é “mimada”.

Paralelamente, Tucker Carlson dedicou o seu último episódio precisamente ao mesmo assunto, convidando o Coronel Douglas Macgregor para uma conversa sobre a possibilidade de uma guerra entre os Estados Unidos e o Irão, decorrente das actuais tensões no Médio Oriente e como essa possibilidade, que não é remota, nos pode arrastar a todos para um inferno apocalítico.

Para começar a entrevista Carlson perguntou a MacGregor se acreditava que os EUA caminham para uma guerra com o Irão. O Coronel respondeu:

“Sim, acredito. Parece que o destino escolhido é de facto o Armagedão. Não parece haver qualquer avaliação das implicações reais para nós e, francamente, para a Europa e o mundo, bem como para o Médio Oriente, dessas acções.”

MacGregor advertiu contra o envolvimento dos Estados Unidos em qualquer guerra, e principalmente com o Irão, afirmando que isso iria provavelmente desencadear um confronto em grande escala com a Rússia. E, como Musk, apelou à reflexão:

“A questão principal é que temos de pensar bem nisto e, neste momento, toda a gente está a reagir emocionalmente. Não há reflexão em lado nenhum, tanto quanto sei”

Carlson quis saber se o Coronel agora reformado acha que os EUA estão numa posição forte no panorama internacional e militar que lhes permita encarar a guerra como uma opção viável.

“Não, não creio que estejamos numa posição forte. Acho que estamos provavelmente no ponto mais fraco da nossa história recente.”

A conversa prosseguiu neste tom cândido e esclarecedor. Vale mesmo a pena ouvir o pensamento de Douglas Macgregor sobre o tema. Não há muitas vozes mais lúcidas, no Ocidente.