Na quinta-feira à noite o velhinho demente que governa os destinos dos americanos fez um discurso à nação dedicado à resposta dos Estados Unidos aos ataques terroristas do Hamas contra Israel, bem como à situação na Ucrânia.
Perfeitamente coerente com o ensandecido registo que é a sua imagem de marca, Joe Biden intensificou a retórica de guerra e comparou a Rússia ao Hamas. Sim, é verdade. Para todos os efeitos, a administração americana está a tentar convencer o mundo que no Kremlin está instalado um regime eticamente equivalente a um bárbaro grupo de terroristas que metralha, decapita, viola e rebenta com civis inocentes.
Mas as falaciosas palavras de Joe Biden não acontecem só por demência. Acontecem também por cínica astúcia política. A Casa Branca está a ver se consegue entregar mais dinheiro à Ucrânia e ligar as duas frentes de guerra é uma forma de ultrapassar as objecções de congressistas que estão cépticos quanto ao acrescido financiamento do regime Zelensky, mas completamente empenhados em apoiar o regime Nethanyau.
Biden declares Putin, Hamas threats to democracy in prime-time speechhttps://t.co/suJ3eMAftC pic.twitter.com/6WoGrhQPWx
— The Washington Times (@WashTimes) October 20, 2023
Para fortalecer o seu débil e disparatado argumento, Biden enumerou uma série de acções que atribuiu à Rússia, incluindo:
“Valas comuns, corpos encontrados com sinais de tortura, violação usada como arma pelos russos e milhares e milhares de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia, roubadas aos pais. É doentio.”
O decrépito e esquizofrénico cérebro do inquilino da Casa Branca ainda consegue produzir ficção. O problema é que a criatividade do presidente dos Estados Unidos da América pode conduzir a uma guerra total com a Rússia, porque esta retórica ultrajante e falaciosa traduz aparentemente uma vontade de levar Moscovo a perder a paciência. Reparem bem na infâmia destas afirmações:
“O ataque a Israel ecoa quase 20 meses de guerra, tragédia e brutalidade infligida ao povo da Ucrânia. O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm isto em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha – aniquilá-la completamente.”
Será necessário dissecar as mentiras que aqui são ditas? A Ucrânia é tudo menos uma democracia. O regime Zelensky foi colocado no poder pela CIA, depois de um golpe de estado que depôs um presidente pró-russo (esse sim, democraticamente eleito), e persegue cristãos, jornalistas, dissidentes e opositores políticos como se não houvesse amanhã. A Rússia reagiu ao progressivo e ilegítimo avanço da NATO sobre as suas áreas de influência histórica e geográfica com uma invasão militar convencional do leste da Ucrânia, que é étnica e culturalmente russo, e depois da ameaça, clara para todos os que estão atentos, de que o país aderisse à Aliança Atlântica. Uma guerra não é um acto terrorista, caso contrário os Estados Unidos seriam os recordistas mundiais de actos de terror. Como Putin já tentou por várias vezes explicar, a sua intenção não é sequer a de ocupar toda a Ucrânia, mas sim o leste do país, e na verdade os seus objectivos militares estão neste momento praticamente cumpridos. Isto apesar de Kiev ser o berço do Povo Rus, do qual os russos se consideram descendentes, e da Ucrânia ser uma nação muito recente, sem unidade étnica nem linguística (mesmo neste momento, a primeira língua do país é o russo), que deve a sua autonomia a uma decisão muito discutível de Nikita Khrushchev, Secretário-Geral do Partido Comunista Soviético entre 1958 e 1964. Foi portanto a União Soviética que criou, administrativamente, a Ucrânia.
Comparar o governo da Federação russa e a guerra na Ucrânia ao Hamas e aos actos bárbaros de 7 de Outubro é de tal forma perverso que abre precedentes para uma multitude de analogias maniqueístas que a partir de agora todos temos legitimidade para propor: que o avanço da NATO no leste da Europa se assemelha à expansão nazi na mesma zona do globo; que o recente acto do Hamas em Israel é comparável à invasão da Baía dos Porcos, do Iraque, do Afeganistão. Que a guerra na Ucrânia se assemelha ao conflito que os EUA desencadearam no Panamá, ou às guerras civis que promoveram no Chile e em El Salvador. Aberta a caixa de Pandora, isto nunca mais acaba. Os Estados Unidos serão um país terrorista desde que se enfiaram na guerra Filipo-Americana em 1899. Adiante.
Logo após o discurso de Joe Biden, o governo russo protestou, como era expectável. O porta-voz do Kremlin Dimitri Peskov afirmou:
“Esta retórica dificilmente é adequada a chefes de Estado responsáveis, e dificilmente será aceitável para nós; não aceitamos tal tom em relação à Federação Russa e ao nosso presidente”.
Ainda assim, foi uma resposta diplomática, porque o discurso patético e perigoso de Biden merecia porventura um reparo mais concludente.
Entretanto e para rematar a sua retórica tresloucada, o regime Biden realizou um teste nuclear no Nevada.
Joe Biden está aqui está a ser premiado com o Nobel da paz.
Relacionados
14 Mar 25
Polícia belga faz rusgas no Parlamento Europeu no âmbito de uma importante investigação sobre corrupção.
Mais de 100 policias belgas invadiram instalações do Parlamento Europeu na manhã de quinta-feira, a propósito de uma investigação sobre actividades ilícitas de suborno e corrupção da gigante chinesa de tecnologia Huawei.
14 Mar 25
Rochdale, onde gangues de violaradores paquistaneses operaram sem freio durante anos, recebe prémio “Cidade da Cultura”.
Numa decisão chocante, a cidade de Rochdale, um local de eleição para os gangues de violadores predominantemente muçulmanos e de origem paquistanesa, foi nomeada “Cidade da Cultura” pelo aparelho trabalhista britânico.
13 Mar 25
Fronteira sul dos EUA regista uma queda de 94% nas travessias ilegais.
O chefe da Patrulha de Fronteira, Mike Banks, relatou uma redução significativa nas travessias ilegais na fronteira entre os EUA e o México. Banks atribuiu estes resultados ao discurso e às políticas implementadas pela administração Trump.
13 Mar 25
Depois de convencer Trump a subscrever o seu projecto trans-humanista de IA/mRNA, Sam Altman regressou ao seu natural esquerdismo.
Sam Altman, o CEO da OpenAI de que Trump tanto gosta, está entre a lista de bilionários que vão financiar a campanha do senador democrata Mark Warner, que votou contra a maioria dos nomeados do gabinete do Presidente.
12 Mar 25
Conselheiro governamental avisa que o Reino Unido está a caminhar para a guerra civil.
O Professor David Betz afirmou num podcast que a situação social no Reino Unido é explosiva e que uma erupção nacional que ultrapassará os tumultos do Verão passado vai provavelmente acontecer dentro de meia década.
11 Mar 25
Roménia: Autoridade eleitoral interdita a candidatura de Calin Georgescu às presidenciais de Maio.
Depois de lhe ter sido retirada a hipótese de vencer as eleições de Dezembro, Calin Georgescu foi impedido de participar na repetição das presidenciais, previstas para Maio, de acordo com um anúncio da autoridade eleitoral do país.