Depois da matemática, a objectividade jornalística, a tinta branca (sim, a tinta branca), a oposição a mudanças de sexo em crianças, o insulto suíno, a liberdade de expressão e a dramaturgia de Shakespeare serem consideradas matérias racistas (entre muitas outras), também agora a escala que mede a obesidade humana é alvo de cancelamento por essa mesma e horripilante razão.

A Associação Médica Americana (AMA) está a recomendar que se abandone a escala do Índice de Massa Corporal (IMC), alegando que tem uma história “racista”.

 

 

Aparentemente, a AMA acha que o IMC causou “danos históricos” e foi explorado para “exclusão racista”, e até mesmo por eugenistas.

A AMA declara ainda que a forma do corpo deve ser reavaliada “em todas as raças e grupos étnicos, sexos e géneros” e que os profissionais de saúde não devem utilizar o IMC como única medida de peso saudável. No seu site na Web, a AMA sublinha que

“O IMC não representa adequadamente as minorias raciais e étnicas”.

O IMC utiliza simplesmente a altura e o peso para determinar se uma pessoa tem ou não excesso de peso. Mas agora, de alguma forma, essa escala só se aplica aos brancos. Os brancos com mais de oitenta quilos são obesos. Os negros com 140 quilos são “fortes” ou “pessoas de origem africana em vias de emagrecimento”.

Já a seguir: as balanças são racistas. A fita métrica é racista. As roupas de tamanho S, M e L são racistas. Os lugares individuais no autocarro são racistas. E assim sucessivamente.

Admirável mundo novo.