Um dia, se calhar, os nossos netos vão falar daquele momento em que um certo Tucker Carlson aniquilou uma quantidade poderosa de máquinas de propaganda fascista.
Foi a 6 de Junho de 2023.
Um dia, se calhar, será lendário o rebelde que, criado no sistema, foi capaz de o vencer, e não como Átila, apenas com palavras. Apenas por fidelidade aos factos.
Aqueles que têm sofrido as dores da minoria acordada, em tempos de tirania da maioria adormecida; aqueles que viram frustrados os seus actos renegados, por vontade de lucidez; aqueles que sentiram na pele a fria lâmina do uníssono; aqueles que ousaram ser livres e pagaram esse máximo preço em nome da verdade; aqueles que arriscaram a reputação em função da realidade; aqueles que desde sempre denunciaram na imprensa, a propaganda, e no governo, a volição totalitária; aqueles que permaneceram convictos em despeito da difamação e que persistiram no combate contra a vilania dos poderes instituídos, devem agora festejar a companhia solidária.
A companhia de cem milhões:
Sim, cem milhões de pessoas quiseram ouvir o que Tucker Carlson tinha para dizer, na terça-feira à noite. 80 milhões em menos de 12 horas.
Numa boa noite da Fox News, Tucker teria uma audiência de 6 milhões de almas, que chegava e sobrava para esmagar a concorrência. Parece que foi há muitos anos atrás, mas não. Foi em Abril deste ano. E de Abril deste ano para agora, a audiência dele cresceu 15 vezes, vinte vezes, é difícil calcular.
A imprensa corporativa morreu. Que não descanse em paz.
E há consolação aqui. Imensa.
Arrisco dizer: há esperança aqui. Imensa.
Relacionados
19 Nov 24
Distopia do Reino Unido: Polícia investiga jornalista do Telegraph por causa de um tweet publicado há um ano.
Em mais um episódio distópico, a jornalista do The Telegraph Allison Pearson revelou que agentes da polícia britânica visitaram a sua casa no Domingo, intimidando-a a propósito de um tweet que tinha publicado há um ano atrás.
18 Nov 24
O suicídio da Castanha de Neve.
Não satisfeita com o cenário negro que o remake de Branca de Neve já tinha que enfrentar, Rachel Zegler selou aqui há uns dias o destino do filme com uma mensagem em que deseja que os eleitores de Trump nunca tenham paz nas suas vidas.
15 Nov 24
Audiências em queda livre: CNN vai despedir os seus melhores ‘talentos’, MSNBC está à venda a preço de saldos.
No rescaldo da eleição de Donald J. Trump, estações noticiosas onde a verdade vai para morrer como a CNN e a MSNBC estão agora a atravessar um momento de agonia, com audiências de canais de televendas. Deus é grande e tem insónias.
12 Nov 24
Robert Fico: Jornalistas são “bastardos sedentos de sangue.”
O primeiro-ministro eslovaco parece ser um dos poucos políticos na Europa que trata os comissários da imprensa corporativa com a gentileza que eles merecem. Até porque lhes atribui uma boa parte da responsabilidade pelo tiro que lhe perfurou o estômago, em Maio passado.
12 Nov 24
The Guardian oferece apoio psicológico aos funcionários após o triunfo eleitoral “muito perturbador” de Trump.
Após a vitória eleitoral de Trump, o The Guardian está a oferecer serviços de apoio psicológico aos seus comissários. Mas Trump dificilmente será responsável pelas patologias que infestam a redacção do pasquim britânico, diagnosticáveis muito antes de ele ter chegado à política.
11 Nov 24
“Resistência”: Imprensa corporativa e extrema-esquerda reagem à vitória de Trump com apelos à violência.
A extrema-esquerda americana, o establishment de Washington e os seus servos da imprensa corporativa estão a preparar-se para contrariar o resultados das urnas, e não excluem de todo a 'resistência' violenta.