Os motins do movimento Black Lives Matter (BLM) de 2020 foram uma das maiores e mais bem sucedidas operações de extorsão da história americana. Estes “protestos na sua maioria pacíficos” – nas célebres palavras de um repórter da CNN enquadrado num directo de caos, destruição e fogo posto – que devastaram mais de 200 cidades americanas e causaram mais de 2 mil milhões de dólares em prejuízos, alcançaram mais do que alguém poderia ter previsto: iniciativas legislativas, novas políticas do sector privado e, talvez o mais importante, uma transferência histórica de riqueza para causas radicais da extrema-esquerda americana. Como resultado, o sector empresarial nativo entregou ou prometeu entregar mais de 83 mil milhões de dólares a causas relacionadas com o o movimento BLM.
O Claremont Intitute Center For The American Way of Life criou uma base de dados que rastreia as contribuições e promessas feitas ao BLM e a entidades e causas relacionadas, que definiu como organizações e iniciativas que promovem um ou mais aspectos da agenda BLM, na sequência dos motins de 2020. Até à data, os dados abrangem mais de 400 empresas e somam 83 mil milhões de dólares em promessas e contribuições.
A famosa empresa de consultoria McKinsey and Company calcula porém que o número é muito maior e que, entre Maio de 2020 e Outubro de 2022, as empresas prometeram cerca de $340 mil milhões de dólares “para a equidade racial, especificamente para os negros americanos, após o assassinato de George Floyd em Maio de 2020”. O número do Claremont Institute Center é assim bastante conservador, em comparação. Mas ao contrário da McKinsey, a base de dados deste instituto fornece muitos detalhes sobre as promessas e as contribuições de empresas específicas.
Os números chocam pela escala. Mas o Black Lives Matter sugere que esse choque pderiva apenas da “supremacia branca” enraizada na sociedade, e é sintoma de que existe “uma patologia que se refecte no preconceito de que as organizações negras não merecem ser financiadas”. A questão, claro, não tem a ver com as organizações serem “negras” ou vermelhas às bolinhas amarelas. A questão é que o Black Lives Matter é um movimento niilista, radical, profundamente anti-americano, que acredita na violência e na destruição como modus operandi e que é responsável por incontáveis actos de vandalismo.
Pode parecer surrealista – e é surrealista – mas o mais profundo efeito do movimento Black Lives Matter, para além do enriquecimento ilícito dos seus dirigentes, foi o aumento da mortandade entre a população negra americana. Seja por acidentes de viação (a polícia já não manda parar condutores negros, pelo que os excessos multiplicaram-se rapidamente); seja pelo corte de fundos das forças policiais, que resultou na explosão do crime urbano e no número de vítimas mortais nas comunidades afro-americanas; seja pela licença para vandalizar, roubar e matar que o governo federal e as administrações locais têm concedido a certas minorias étnicas, a verdade é que os números não mentem e desde que o BLM atingiu o seu apogeu, no verão de 2020, os dados estatísticos começaram quase de imediato a apontar para uma catástrofe de proporções monstruosas.
Tucker Carlson já dedicou ao sinistro fenómeno um monólogo, em Abril de 2022:
Analisando os acontecimentos em perspectiva, percebe-se agora a motivação daquela gente toda que se ajoelhava mal o acrónimo BLM era mencionado: estavam a prestar homenagem aos que iam morrer. Aos negros que iam morrer. Mas adiante.
Durante os motins de 2020, o BLM exigiu reparações. De certa forma, conseguiram-nas, uma vez que estas quantias foram pagas directamente ao movimento (aproximadamente 122 milhões de dólares) e ao seu vasto arquipélago de ONG’s e outras causas e esquemas que operam sob várias nomenclaturas.
Embora o dinheiro fosse dado ou prometido de formas diferentes, é inquestionável que foi dirigido a causas da chamada “justiça racial”. Por vezes isto significava transferências monetárias para parceiros da BLM, como a Color of Change, a NAACP, a Equal Justice Initiative, e a ACLU. Outras vezes significava dinheiro ou promessas a outras iniciativas “reparadoras”, incluindo programas de contratação discriminatórios baseados na raça; crédito bancário baseado na raça, bolsas de estudo baseadas na raça; e projectos partidários de justiça racial do Partido Democrata. Por vezes significava iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), que são versões polidas do radicalismo BLM, calibradas para a sensibilidade da classe média suburbana e quadros empresariais intermédios. A ideologia DEI discorda do BLM de poucas ou nenhumas formas.
A DEI e o BLM partilham uma missão: punir a América branca, através de diferentes meios. A segunda através de motins e agressivas campanhas de pressão social, a primeira através da contratação e promoção preferencial de membros de grupos protegidos. Ambos têm como objectivo redistribuir honrarias, privilégios e recursos financeiros aos americanos negros. Ambos estão a extorquir privilégios especiais e dinheiro, utilizando a culpa dos brancos, por mais difuso que seja esse conceito de culpa e por mais perversa que seja a responsabilização das gerações de agora por pecados de séculos passados e por mais discutíveis até que sejam esses pecados.
Além disso, ambos estão a tentar implementar a sua agenda através da revolução cultural, e ambos se opõem abertamente à meritocracia, ao Estado de direito, à liberdade de expressão e aos direitos individuais. Correctamente entendida, a DEI é uma expressão da agenda mais ampla do BLM.
Sabemos especificamente o montante exorbitante de dinheiro dado ou prometido por grandes bancos como o JPMorgan (30 milhões de dólares), o Bank of America (18 milhões de dólares), e o agora falido Silicon Valley Bank (70 milhões de dólares). Mas o BLM foi tão eficaz que mesmo empresas da América interior, geralmente mais conservadoras, e sobretudo menos ricas, se tornaram grandes contribuintes. Por exemplo, a Cargill, indústria alimentar baseada no Minnesota, lançou o seu “Black Farmer Equity Initiative“, um programa redistributivo que atribui os números decrescentes de agricultores negros a um qualquer e vago “legado do racismo sistémico” e procura “desmantelar o racismo sobre os negros” e “operacionalizar a equidade em todo o sistema alimentar e agrícola”. A Cargill prometeu 11 milhões de dólares para esta iniciativa até 2030.
A Kroger, uma omnipresente cadeia de mercearias de bairro, gastou pelo menos 13 milhões de dólares para fazer avançar a divisão racial, incluindo 5 milhões de dólares para o seu “Quadro de Acção”: Diversidade, Equidade e Inclusão” e uma contribuição de 500.000 dólares para o Black Economic Development Fund do LISC, um fundo de investimento discriminatório que coopera com e promove o BLM. A Kroger associou-se também à plataforma discriminatória de contratação baseada na raça OneTen, que visa “contratar, promover, e fazer progredir um milhão de indivíduos negros que não tenham um diploma durante os próximos dez anos”.
A Caterpillar, o fabricante de equipamento pesado, doou 500.000 dólares à NAACP e outro tanto Equal Justice Initiative. Também estabeleceu uma parceria com a OneTen. John Deere, o CEO da empresa, doou 1 milhão de dólares à NAACP, mais uma vez, um parceiro oficial da BLM.
O aparelho industrial militar, tradicionalmente neutro, também se submeteu às exigências do BLM. A Northrop Grumman doou 1 milhão de dólares à NAACP e mais 1 milhão de dólares a organizações que promovem a justiça social, como parte de um programa de correspondência de donativos de caridade para funcionários. Também fez uma parceria com a OneTen.
A Raytheon prometeu 25 milhões de dólares ao longo de cinco anos para “promover a justiça racial”. O compromisso inclui doações para a NAACP, a Equal Justice Initiative e a National Urban League; investimentos em alcance comunitário; lobbying de políticas públicas e uma iniciativa de promoção da diversidade junto dos fornecedores.
A Boeing prometeu um mínimo de 25 milhões de dólares até 2023 para a “equidade racial” e a “justiça social”. Em 2020, contribuiu com 15,6 milhões de dólares para organizações que abordam a “desigualdade racial”, incluindo 1 milhão para a Equal Justice Initiative.
A lista continua, infinda, e deve ser estudada com mais profundidade para que se compreenda a extensão total da extorsão. Ao cederem ao movimento BLM, as empresas americanas não só se transformaram em poderosas ferramentas dos radicais como também lançaram as bases para a violência e a extorsão futuras. Movimentos como o BLM sabem agora que o crime compensa loucamente. E que se conseguirem lançar o caos e a destruição em várias cidades da federação, podem acumular através do processo grandes fortunas.
Ainda por cima, e para além de não se saber lá muito bem como é que este dinheiro está a ser utilizado, uma boa parte foi desviada para os bolsos dos líderes do Black Lives Matter, que pegaram nos milhões e desapareceram de cena. O que, convenhamos, não é nada que os doadores não mereçam completamente.
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