Aparentemente, ser um católico devoto e tradicionalista é um crime, nos Estados Unidos da América dos tempos que correm danados.

O denunciante Kyle Seraphin, um agente especial do FBI durante seis anos, revelou um relatório interno da agência federal, produzido pela delegação de Richmond, Virgínia, que acusa os católicos que preferem a missa dita em latim de

“adesão à ideologia anti-semita, anti-imigrante, anti-LGBTQ e supremacista branca”.

Seraphin comentou sobre o documento que tornou público:

“O FBI está proibido de abrir casos ou publicar documentos baseados unicamente em actividades protegidas pela Primeira Emenda”.

O documento original, destinado apenas para uso interno, foi publicado anonimamente a 23 de Janeiro. Seraphin divulgou-o em UncoveredDC.com esta semana, a 8 de Fevereiro.

Eis o documento:

 

 

A principal fonte das conclusões do relatório do FBI é o Southern Poverty Law Center (SPLC), um grupo de escroques de extrema-esquerda publicamente atolado em escândalos e imoralidades de toda a ordem, com uma longa história de ataques niilistas a grupos religiosos e conservadores.

O presidente da Liga Católica americana, Bill Donohue, observou que o relatório é uma cópia quase exacta do documento do SPLC sobre “Grupos Católicos Tradicionais Radicais de Ódio”.

Em resposta à denúncia, o FBI declarou que o memorando em questão não está à altura dos seus “rigorosos padrões” e que está a investigar a razão pela qual um documento que se baseia num relatório dos radicais do SPLC para justificar a perseguição de comunidades católicas foi emitido pelo seu escritório de Richmond. Lê-se na declaração:

“Embora a nossa prática padrão não seja comentar sobre conteúdos específicos de inteligência, este documento particular – divulgado apenas no seio do FBI – relativo ao extremismo violento de motivação racial ou étnica não satisfaz os rigorosos padrões do FBI. O FBI está empenhado em fazer um bom trabalho analítico e em investigar e prevenir actos de violência e outros crimes, defendendo ao mesmo tempo os direitos constitucionais de todos os americanos e nunca conduzirá actividades de investigação ou abrirá uma investigação baseada unicamente na actividade protegida pela Primeira Emenda”.

Para além de ser falsa com base no que sabemos da actividade do FBI através dos Twitter Files, a declaração é desmentida nas entrelinhas do memorando, já que o parágrafo sobre o próprio documento desmente o desenvolvimento de “fontes” nas paróquias católicas tradicionalistas sugere que a agência está a colocar agentes infiltrados e a recrutar informadores nas igrejas católicas para espiar as comunidades que considera como potencialmente ameaçadoras.

Perseguir inimigos políticos dos poderes instituídos é hoje norma primeira das dinâmicas operacionais do FBI.

É do conhecimento público que o Comité Judiciário da Câmara dos Representantes, enquanto foi controlada pelos democratas, pressionou constantemente o FBI para reclassificar casos de dissidência política como “extremismo violento doméstico”, a fim de reforçar a delirante narrativa do regime Biden de que os extremistas brancos são a “maior ameaça” que os Estados Unidos enfrentam.

Como o Contra já tinha registado no ano passado, Joe Biden deu um passo em frente na direcção da guerra aberta à dissidência política, a 1 de Setembro, num sinistro e cenograficamente assustador discurso à nação, acusando metade dos americanos de extremismo e de constituírem uma ameaça à democracia e à segurança interna da federação, justificando assim o ciclo de caça às bruxas que na verdade tinha sido iniciado logo desde que a actual administração tomou posse.

Agora ficamos a saber que para além da perseguição política, a perseguição religiosa é também uma prioridade do regime. A fatia que faltava ao bolo totalitário.

Tucker Carlson não perdeu a oportunidade de escarafunchar na ferida aberta deste escândalo:

 

 

É por estas e por outras que o ContraCultura tem alertado a sua audiência para este triste facto: na maior parte dos países do Ocidente, a democracia permanece apenas no papel onde foram escritas a leis fundamentais dos estados. Na práctica, a grande parte dos cidadãos da Europa, da América e da Oceânia vivem subjugados a regimes ditatoriais de fundamento oligárquico e globalista, na ilusão de que os sistemas eleitorais ainda vigentes promovem a representação institucional dos seus interesses e que os governos procuram proteger os seus direitos e liberdades, bem como as suas aspirações à propriedade e à prosperidade. Não podiam estar mais enganados.