“Chegou o momento de nos ajustarmos”, anunciou o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, em Jackson Hole, Wyoming, na semana passada. O presidente do banco central avisou que ele e outros membros da Reserva Federal estão cada vez mais preocupados com a saúde do mercado de trabalho dos EUA e confiantes de que o objectivo de baixar a inflação para 2% será entretanto atingido.
Observando que a “direcção da viagem é clara”, Powell sinalizou que a Reserva Federal irá provavelmente reduzir as taxas de juro durante a reunião de Setembro do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC). Actualmente, as taxas de juro dos EUA situam-se entre os 5,25 e os 5,5%, tendo permanecido inalteradas durante mais de um ano, depois de o banco central ter procedido a uma série de aumentos das taxas para combater a inflação galopante.
Embora os comentários de Powell no Simpósio Económico de Jackson Hole sinalizem fortemente um corte nas taxas em Setembro, a escala dessa redução permanece insondável. Alguns observadores do mercado especularam que o FOMC poderia reduzir as taxas em 0,5% – embora seja mais provável um corte de 0,25%.
“O período global de inflação foi diferente de tudo desde a década de 1970”, disse Powell, descrevendo a história económica dos últimos anos sob o regime Biden e evitando, nos limites do possível, a incontornável verdade: O surto inflaccionista só tem a ver com a ensandecida política de emissão de moeda de que tem sido um dos mais destacados defensores.
O presidente da Reserva Federal americana sublinhou que a inflação só diminuiu devido às acções do FOMC, ao recuo dos choques de oferta da era pandémica e a uma redução da procura agregada. As observações de Powell também evitaram cuidadosamente aquelas acções do governo federal que os economistas criticaram por promoverem políticas fiscais inflacionistas.
Powell indicou que o foco da Reserva Federal passaria agora para o emprego, provavelmente estimulado pela revisão do Bureau of Labor Statistics dos números do emprego no ano passado, já que esta falaciosa agência governamental admitiu agora que a economia dos EUA criou 818.000 empregos a menos do que havia afirmado anteriormente.
Na Europa, o BCE reduziu as taxas de juro em 0,25% em Junho, assinalando uma moderação nas restrições da política monetária. No entanto, Frankfurt também emitiu uma revisão em alta das suas projecções para a inflação, esperando agora que a subida dos preços seja, em média, de 2,5% em 2024 e de 2,2% em 2025.
Ou seja, os cidadãos vão continuar a ser roubados, tanto nos bancos como nos supermercados, nos próximos anos.
Relacionados
27 Mar 25
Marco Rubio suspende contratos da USAID no valor de dezenas de biliões de dólares.
No seguimento do trabalho de auditoria do DOGE, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou que rescindiu cerca de 5.200 contratos - no valor de dezenas de biliões de dólares - pertencentes à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
26 Mar 25
Espanha: 71,4% de todos os novos empregos nos últimos 5 anos foram para imigrantes, enquanto os jovens nativos fogem do país.
A Espanha está a seguir as tendências observadas em todo o mundo ocidental, que afastam os jovens nativos do mercado de trabalho, e promovem empregos destinados a estrangeiros, que assentam em mão de obra barata, não qualificada.
24 Mar 25
EUA: Serviços de saúde federais fizeram pagamentos indevidos no valor astronómico de 1,1 triliões de dólares.
Os Centros de Serviços Medicare e Medicaid do governo federal americano emitiram cerca de 1,1 triliões de dólares em pagamentos indevidos na última década, de acordo com uma auditoria independente.
10 Mar 25
A dormir com o inimigo: Trump elogia compra de portos no Canal do Panamá pela BlackRock.
Por muito que tente, Donald Trump não consegue esconder a sua simpatia pelos senhores do universo de Wall Street (que se pudessem lhe enfiavam já um tiro na testa), e no seu discurso ao Congresso da semana passada celebrou um investimento da BlackRock no Canal do Panamá.
10 Mar 25
Cúmulo da hipocrisia: União Europeia gastou mais em energia russa do que em ajuda à Ucrânia em 2024.
De acordo com o Center for Research on Energy and Clean Air, a Europa, apesar do histerismo hipócrita, contribuiu em 2024 mais para o esforço de guerra russo do que para o esforço de guerra ucraniano. Espantoso.
7 Mar 25
Trump afirma que o objectivo da UE é “lixar” os Estados Unidos, anunciando tarifas de 25% sobre importações europeias.
O Presidente Donald J. Trump afirmou que o objectivo da União Europeia é “lixar os Estados Unidos”, anunciando que foi tomada a decisão de aplicar uma tarifa de 25% sobre os automóveis e outros produtos importados do bloco.