Um novo relatório do Media Research Center (MRC), concluiu que a Google está a esconder os candidatos republicanos às presidenciais de 2024 dos resultados de pesquisa no seu motor de busca.

De acordo com vários testes efectuados pelo MRC e pela Just the News, a visibilidade online dos sites dos candidatos do Partido Republicano é praticamente nula, e não significativamente melhor para RFK Jr., o principal desafio de Biden à esquerda.

 

 

O motor de busca do Google não conseguiu produzir resultados equilibrados em várias pesquisas efectuadas pelo MRC Free Speech America ao longo da semana que antecedeu o segundo debate das primárias presidenciais republicanas. Os investigadores fizeram uma pesquisa alargada por “websites de campanhas presidenciais”, bem como duas pesquisas adicionais que especificavam a filiação partidária dos candidatos. Quando o MRC pesquisou por “sites de campanhas presidenciais republicanas”, apenas dois sites de candidatos apareceram na primeira página dos resultados da pesquisa – um candidato democrata e um republicano que está a registar nas sondagens menos de meio por cento de intenções de voto.

Tanto o MRC como o senador Ted Cruz afirmam que esta é uma prova inequívoca da parcialidade da Google. Dan Schneider, vice-presidente do MRC Free Speech America, disse, na sequência de uma análise exaustiva dos testes de pesquisa efectuados pelo grupo entre 20 e 25 de setembro:

“O Google ou é o motor de busca mais incompetente do planeta, ou é intencional. Isto não é uma coincidência.”

Já o senador do Texas, foi lapidar:

“Isto é um ABSURDO.”

 

 

Em 2018, Trump acusou a Google de “manipular” os resultados de pesquisa contra ele.

 

 

O gigante de Silicon Valley respondeu assim:

“A pesquisa não é usada para definir uma agenda política e não manipulamos os resultados em função de nenhuma ideologia política”.

Mas em 2022, o MRC já tinha chegado à mesma conclusão, em relação às eleições intercalares para o Congresso. E já este ano, no dia anterior ao primeiro debate das primárias republicanas, a pesquisa na Internet por “sites de campanhas presidenciais” neste motor de busca não incluiu um único candidato republicano na primeira página.

Em 2021, o Daily Mail processou a Google por

“construir ilegalmente o seu domínio no sector da tecnologia e da publicidade, prejudicando rivais, manipulando licitações em leilões de anúncios e resultados de pesquisa de notícias”.

E, claro, o ex-presidente da Alphabet, Eric Schmidt – que disse que uma administração Trump faria “coisas más” – foi conselheiro da campanha de Clinton em 2016.

 

 

A Google também disse ao Just the News que não poderia explicar os resultados obtidos pelo MRC.

Entretanto, o motor de busca dominante na web está a braços com um processo antitrust do Departamento de Justiça norte-americano. As explicações esfarrapadas da empresa sobre a sua posição praticamente monopolista levantaram suspeitas, que levaram a um maior escrutínio das suas práticas. A este propósito, o antigo editor-chefe do Psychology Today, Robert Epstein, afirmou que

“a Google representa uma séria ameaça à democracia”.

Como o Contra já documentou, a Google também tenta afastar os utilizadores de notícias sobre os escândalos de corrupção e as mentiras da família Biden, fazendo recurso a truques sujos de moderação e alertas de “desinformação”.