A Comissão Europeia comprometeu-se a prestar assistência financeira a projectos de apoio à transição para as energias “limpas” na África do Sul, no valor de 4,4 mil milhões de euros.

A medida surge num momento de tensões crescentes entre a África do Sul e o maior aliado da Comissão Europeia, os Estados Unidos, na sequência de uma legislação controversa que permite a expropriação de terras sem compensação para resolver as “disparidades históricas” de propriedade da terra, que atinge desproporcionalmente os agricultores brancos.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou o pacote “Global Gateway” na quinta-feira, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

Von der Leyen afirmou a este propósito no X:

“É um primeiro compromisso significativo no contexto da campanha ‘Aumentar as energias renováveis em África’. Espero que inspire muitos outros a contribuir!”

 

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Num comunicado de imprensa antes da visita, que tresandava a indirectas à administração americana, von der Leyen declarava:

“A Europa valoriza a sua parceria com a África do Sul, tal como eu valorizo a minha amizade com o Presidente Ramaphosa. A África do Sul pode contar com a Europa. E eu sei que a Europa pode contar com a África do Sul. Se alguma vez houve um momento em que era absolutamente necessário que parceiros que partilham os mesmos valores trabalhassem em conjunto, esse momento é agora. Este é o momento de defendermos juntos aquilo em que acreditamos, a democracia, o Estado de direito, incluindo o respeito pelo direito internacional e pelo direito internacional humanitário, e enfrentado crescentes desafios e protecionismo.”

Este parágrafo ilustra lindamente a relação alienada que von der Leyen mantém com a realidade. A África do Sul não é de todo um aliado da Europa, sendo um membro fundador do BRICS. Trata-se de um estado falhado, de uma nação regida por lógicas tribais e à beira do colapso total. O facto da líder da Comissão Europeia achar que partilha valores com o governo racista e profundamente corrupto de Ramaphosa diz muito sobre o seu perfil e as suas ambições, mas é duvidoso que a maioria dos europeus se identifique com o regime sul africano.

 

 

As tensões entre os Estados Unidos e a África do Sul intensificaram-se após a implementação da Lei de Expropriação da África do Sul de 2024, uma lei controversa que permite ao governo confiscar terras sem compensar os seus proprietários. Esta política, que tem por objectivo redistribuir as terras agrícolas aos sul-africanos negros, suscitou preocupações quanto ao seu impacto nos agricultores brancos, que ainda detêm uma parte significativa das terras agrícolas. O Governo sul-africano defende a lei como um passo necessário para corrigir injustiças históricas das eras do apartheid e do colonialismo.

No entanto, a nova administração em Washington D.C. opôs-se fortemente a esta medida, tendo o Presidente Donald Trump respondido com a suspensão de 440 milhões de dólares de ajuda à África do Sul nos primeiros dias do seu segundo mandato. A administração norte-americana afirma que a lei constitui uma discriminação racial contra os proprietários brancos e propôs mesmo oferecer asilo aos agricultores sul-africanos que enfrentem potenciais confiscos de terras.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou posteriormente um boicote à cimeira do G20 em Joanesburgo, chamando às políticas de reforma agrária uma violação dos direitos de propriedade e contrária aos valores americanos.

A Comissão Europeia vê claramente as coisas de forma diferente, entregando milhares de milhões em dinheiro dos contribuintes europeus à nação africana.

O anúncio no X foi recebido com críticas consideráveis de alguns quadrantes. Dries Van Langenhove, um activista nacionalista da Flandres, afirmou:

“Estão a dar 4,4 mil milhões de euros de dinheiro dos contribuintes europeus a um regime corrupto, incompetente, anti-branco e genocida que nem sequer consegue manter a sua actual infraestrutura energética. É uma loucura!”

A comentadora conservadora holandesa Eva Vlaardingerbroek acrescentou:

“Claro, porque não dar 4,4 mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes a um regime genocida anti-branco para uma inútil ‘transição energética’? Esta tirana não eleita é a pessoa mais perigosa da Europa e não deixarei de fazer o que faço até que a UE seja abolida e ela esteja na prisão”.

 

 

O eurodeputado belga Tom Vandendriessche e a eurodeputada holandesa Setiatia Stöteler, do Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, consideram que von der Leyen deveria ter “vergonha na cara”.

O problema é que os líderes políticos com vergonha na cara escasseiam na Europa. E líderes políticos não eleitos, como von der Leyen, nem sequer precisam de fingir a vergonha que não têm.