Pete Hegseth, o recém-nomeado secretário de Defesa dos EUA sob o comando do presidente Donald J. Trump, anunciou, para choque e horror de muita gente na Europa, que as forças americanas não farão parte de qualquer potencial missão de manutenção da paz na Ucrânia, após um eventual acordo de cessar-fogo. Dirigindo-se aos representantes dos aliados em Bruxelas, na Bélgica, sugeriu que as nações europeias deveriam liderar a segurança do continente.
Durante a reunião da NATO e dos seus aliados, Hegseth também afirmou que esperar que a Ucrânia volte às suas fronteiras territoriais anteriores a 2014 é “irrealista”. Rejeitou a ideia de a Ucrânia aderir à NATO como forma de garantir a sua segurança, desaconselhando o envolvimento da aliança atlântica num papel de manutenção da paz. Em vez disso, propôs que tropas europeias não pertencentes à NATO possam ser destacadas como parte de uma missão independente, sublinhando a importância da supervisão internacional em qualquer iniciativa deste género.
Hegseth advertiu ainda que todos os países membros da NATO devem aumentar as suas despesas com a defesa para 5% do PIB. Hegseth sublinhou a necessidade da Europa assumir uma maior responsabilidade pela sua própria segurança.
US Defence Secretary Pete Hegseth says Ukraine will not be part of NATO and will not get its pre-2014 territories back
* This was obvious three years ago, yet hundreds of thousands of men were sent to their deaths. Our governments, media and “NGOs” pushed ridiculous narratives of… pic.twitter.com/nzmHGjBjaa— Glenn Diesen (@Glenn_Diesen) February 13, 2025
Os comentários de Hegseth surgiram depois de Zelensky ter apelado aos países membros da NATO, incluindo os Estados Unidos, para que enviassem tropas para a Ucrânia, a fim de dissuadir qualquer futura acção russa contra o seu país. “Não pode ser sem os Estados Unidos… Ninguém correrá riscos sem os Estados Unidos”, queixou-se Zelensky numa reunião do WEF, no mês passado.
As declarações de Pete Hegseth compaginam também com o tom conciliador com Moscovo que Trump adoptou, ao anunciar que tinha falado ao telefone com Vladimir Putin, na quarta-feira, enquanto informou a imprensa que as negociações para a paz na Ucrânia vão começar “imediatamente”.
Presume-se também que parte do plano de paz de Trump passe pela imposição d3 eleições na Ucrânia, e separar, nem que seja através da federalização, os territórios orientais do país, de etnia russa.
Parece que o Presidente americano está finalmente a perceber que, para fazer a paz, há que dar a Putin o que Putin deseja, e há que dar a Zelensky aquilo que ele merece: Um firme pontapé no rabo.
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