O Senado dos Estados Unidos confirmou a nomeação de Tulsi Gabbard para o cargo de Directora dos Serviços de Inteligência dos EUA, por 52 contra 48 votos. Considerada uma das nomeações mais polémicas do líder do “America First” (embora seja talvez a mais acertada de todas), a resistência caiu na segunda-feira, com vários republicanos do Senado a anunciarem o seu apoio a Gabbard, provavelmente pressionados pela Casa Branca.
Nomeada uma semana após a vitória esmagadora de Trump nas eleições presidenciais de 2024, Gabbard atraiu o apoio de vários legisladores republicanos, defensores da política externa do America First e da National Sheriffs ‘Association. Enquanto isso, a oposição à nomeação de Gabbard para servir no cargo veio predominantemente de neoconservadores e globalistas desgraçados, como o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton – destituído de sua autorização de segurança pelo presidente Trump no final do mês passado.
Durante a campanha presidencial de 2024, Gabbard tornou-se uma das mais proeminentes apoiantes de Trump entre um conjunto de personalidades não alinhadas com o aparelho republicano, junto com Robert F. Kennedy Jr., que suspendeu sua candidatura independente à Casa Branca para apoiar o actual Presidente. Tulsi, antiga congressista democrata em representação do Havai, renunciou entretanto à sua filiação no Partido Democrata e, após um período como independente, aderiu ao Partido Republicano.
Veterana da Guerra do Iraque, conhecida pela sua oposição às “guerras eternas” neoconservadoras, Gabbard é actualmente membro activo da Reserva do Exército dos EUA, com o posto de tenente-coronel. De 2013 a 2016, foi vice-presidente do Comité Nacional Democrata (DNC) antes de se demitir para apoiar o senador Bernie Sanders durante as primárias presidenciais de 2016.
Pelo crime de dissidência política – e de não ter medo de dizer o que pensa – a ex-congressista democrata foi colocada numa lista de vigilância de terroristas pelo regime Biden.
Durante sua audiência de confirmação no Congresso, Tulsi Gabbard rebateu os democratas e os ‘conservadores’ só em nome que passaram meses a difamá-la como um trunfo da Rússia ou uma ameaça à segurança nacional, afirmando em tom desafiante:
“Recuso-me a ser a marioneta do Estado profundo.”
A nova directora dos serviços de inteligência norte-americanos vai ser sem dúvida um força de paz, bom senso e moderação na administração Trump.
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