A Suécia está a enfrentar uma onda de atentados bombistas sem precedentes, com 32 explosões em 28 dias, flagelo que levou o governo a considerar a possibilidade de baixar a idade penal para os 14 anos, à medida que a violência aumenta e os criminosos recorrem cada vez mais à extorsão financeira e ao recrutamento digital para expandir as suas operações.

 

A Suécia está a braços com uma inédita onda de explosões, com 32 rebentamentos registados apenas em Janeiro de 2025 – uma média de mais de uma por dia. Embora a violência relacionada com os gangues seja há muito um flagelo para o país, a polícia alerta agora para o facto de os atentados à bomba serem cada vez mais utilizados para extorsão financeira, o que assinala uma mudança perigosa nas tácticas criminosas.

 

 

Numa conferência de imprensa realizada na terça-feira, o subchefe da polícia regional de Estocolmo, Tobias Bergkvist, descreveu a situação como “muito grave”, revelando que em Estocolmo se registaram 21 explosões no último mês.

A nível nacional, só na terça-feira passada registaram-se cinco explosões distintas, incluindo incidentes em Kärrtorp, Bagarmossen, Årstaberg e Upplands-Bro.

A polícia deteve 50 pessoas em 25 casos diferentes, incluindo fabricantes de bombas e líderes de gangues que actuam a partir do estrangeiro. Apesar disso, a violência continua sem controlo.

De acordo com Hampus Nygårds, director adjunto do Departamento Nacional de Operações (NOA), as redes de gangues suecas não produzem os seus próprios explosivos. Em vez disso, um grupo pequeno mas muito activo de fabricantes de bombas fornece as organizações criminosas, o que dificulta a acção das autoridades. Em afirmações à imprensa, Nygårds confessou a frustração e impotência das forças de segurança suecas:

“Já detivemos mais de dois fabricantes de bombas, mas a violência não diminuiu. Estes indivíduos vendem explosivos e, uma vez em circulação, são difíceis de localizar.”

Anteriormente, a violência dos gangues na Suécia era essencialmente motivada por conflitos ligados a disputas territoriais e guerras de droga entre grupos maioritariamente dominados por imigrantes. No entanto, a polícia regista agora um aumento das explosões que visam empresas com fins de extorsão – uma tendência que sugere uma mudança para o crime financeiro organizado.

Esta alteração estratégica tem sido facilitada pelas plataformas de recrutamento digital, que espelham sítios web de emprego legítimos, mas que são utilizados para actividades criminosas. Os bandos publicitam abertamente funções como assassinos (“yappers”), incendiários (“steppers”) e bombistas, com clientes nacionais e internacionais a coordenar ataques a partir do estrangeiro.

Em resposta à intensificação da crise, o Ministro da Justiça Gunnar Strömmer convocou uma reunião extraordinária do Conselho contra o Crime Organizado para quinta-feira, a fim de discutir a aplicação de medidas adicionais para travar a violência.

Uma dessas propostas é a redução da idade penal na Suécia de 15 para 14 anos – incluindo para casos de conspiração, tentativa de cometer crime e auxílio a crimes violentos – uma recomendação apresentada pelo investigador especial Gunnel Lindberg na terça-feira, que declarou:

“Propomos uma redução da idade penal para os crimes que implicam uma pena mínima de quatro anos ou mais.”

A proposta surge na sequência de preocupações de que as redes de gangues suecas estejam a recrutar activamente crianças para cometerem assassínios e atentados à bomba, explorando o facto dos menores receberem penas brandas ao abrigo da legislação actual.

O Ministro da Justiça Strömmer defendeu o plano, argumentando que a criminalidade juvenil no seu conjunto pode estar a diminuir, mas o envolvimento de menores em actos graves de violência de gangues está a aumentar acentuadamente:

“A Suécia está a enfrentar uma epidemia de tiroteios e atentados à bomba sem paralelo no mundo ocidental. É razoável abordar a realidade de que os criminosos estão a ficar mais jovens.”

O crime perpetrado por imigrantes na Suécia não se limita porém à actividade dos gangues. Cerca de 80% das fraudes nas prestações sociais no país são perpetradas por imigrantes nascidos no estrangeiro, de acordo com uma investigação da Agência Sueca de Segurança Social.

A Suécia é hoje o segundo país no mundo com mais violações registadas por ano. 3 em cada 4 homicídios são cometidos por imigrantes. O país integra mais de 60 no go zones, áreas suburbanas onde a lei constitucional da monarquia sueca não vigora.

Mas nãos e esqueça, estimado leitor: “a diversidade é uma força.”