A secção de Bruxelas do Complexo Industrial de Censura, também conhecida por Comissão Europeia, exigiu ao bilionário Elon Musk que revele os segredos do algoritmo da plataforma de redes sociais X, no âmbito de uma investigação à empresa. Os reguladores europeus anunciaram na sexta-feira – na sequência do apoio de Musk ao partido Alternativa para a Alemanha (AfD) – que estão a intensificar uma investigação sobre a X devido a potenciais violações da Lei dos Serviços Digitais (DSA). A lei pró-censura foi alegadamente concebida para combater os “conteúdos ilegais” e a “desinformação online”.

Os apparatchiks da UE estão a exigir que a empresa apresente documentos internos sobre o seu algoritmo de recomendação e forneça dados para examinar as suas estratégias de moderação de conteúdos. Henna Virkkunen, vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela orwelliana ‘soberania tecnológica, segurança e democracia’, afirma que o bloco quer garantir a conformidade com a DSA em todas as plataformas que operam na UE.

A Lei de Serviços Digitais, promulgada em 2022, dá poderes à UE para exigir que as empresas de rede social abordem o ‘discurso de ódio’, a ‘desinformação’ e os ‘conteúdos ilegais’. O não cumprimento pode resultar em multas que podem chegar a 6% da receita global da empresa visada.

As acções pró-censura da União Europeia contra o X começaram em 2023 e foram lideradas pelo antigo Comissário da UE Thierry Breton. Breton, que se demitiu no ano passado, também ameaçou Musk antes de uma entrevista com o Presidente Donald J. Trump emitida no X, exigindo que o bilionário censurasse a conversa.

O aumento da pressão sobre o X ocorre numa altura em que a Alemanha enfrenta eleições nacionais antecipadas no próximo mês, e o apoio ao partido populista anti-migração em massa Alternativa para a Alemanha (AfD) subiu para mais de 20%.

No início deste mês, Elon Musk entrevistou a co-líder do AfD e candidata a Chanceler, Alice Weidel, no X, atraindo mais de 200.000 espectadores em directo e milhões de visualizações em diferido. Musk também escreveu um artigo de opinião para o jornal alemão Die Welt elogiando o AfD e por várias vezes já afirmou que “só o AfD pode salvar a Alemanha”.

No mês passado, a UE multou a Meta, proprietária do Facebook, em quase um bilião de euros por práticas abusivas no serviço Marketplace.