A indústria de ‘carne’ cultivada em laboratório enfrenta desafios significativos para garantir o financiamento necessário para se sustentar. Especialistas da indústria afirmam que precisam de assistência governamental substancial para sobreviver; com vários sectores desta tecnologia agroalimentar a registarem um declínio acentuado nos investimentos desde o início de 2022, e o capital privado para carne de laboratório quase desaparecendo.

Esta podia ser uma boa notícia, se não fosse legítimo suspeitar que os contribuintes vão acabar por pagar o prejuízo de uma actividade absolutamente nojenta, e vão acabar por comer carne artificial quer queiram, quer não.

De acordo com dados preliminares da AgFunder, o financiamento no sector de carne de laboratório atingiu um pico de 989 milhões de dólares em 2021, diminuiu para 807 milhões em 2022 e, em seguida, caiu drasticamente em 78% para apenas $ 177 milhões em 2023.

Tanto dinheiro mandado à rua.

O declínio no financiamento levou muitas startups a reduzir a dimensão dos recursos humanos, consolidar as operações ou, em alguns casos, encerrá-las totalmente, porque Deus é grande e se quisesse que o ser humano comesse carne sintética não nos tinha presenteado com a faculdade da pecuária.

Referindo-se aos 60 milhões de euros alocados pelo governo holandês em 2022 como exemplo do desperdício que quer ver replicado nos EUA, Robert Jones, vice-presidente de Assuntos Públicos Globais da Mosa Meat, adverte:

“Há um vale da morte que não vamos atravessar como indústria sem uma infusão massiva de investimento público”.

Com a rápida deterioração dos argumentos económicos em favor da carne de laboratório, os argumentos ambientais também se estão a desvanecer. Estudos recentes sugerem que, longe de ser uma alternativa ecológica à carne tradicional, criada em explorações agrícolas, a carne sintética produz até 25 vezes mais CO2.

A carne de laboratório também acarreta uma série de potenciais problemas de saúde, sendo um produto de “linhas celulares imortalizadas” que se replicam perpetuamente, como o cancro.

Um petisco digno de Bill Gates.