O Contra já tinha alertado: A primeira tentativa de assassinato de Donald Trump não seria a última.

No passado domingo, 15 de Setembro, os Serviços Secretos impediram que um homem armado e escondido no campo de golfe de West Palm Beach cumprisse a segunda tentativa de assassinato que o candidato republicano e ex-presidente sofreu no espaço de pouco mais de dois meses.

O suspeito, identificado como Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi detido com uma AK-47, uma mira telescópica, mochilas e uma câmara Go-Pro.

Ao identificarem Routh no campo de golfe, os Serviços Secretos dispararam sobre o suspeito, que fugiu mas foi mais tarde detido no condado de Martin.

A campanha de Trump confirmou que ele está em segurança, não tendo sido atingido pelo alegado tiroteio que ocorreu apenas a cerca de 500 metros onde estava a jogar Golf.

 

 

Ryan Routh, tem um extenso cadastro, acumulando dezenas de processos criminais, incluindo “posse de uma arma de destruição maciça”, ao longo dos últimos vinte e tal anos, mas, mesmo assim, conseguiu adquirir uma AK-47, recrutar pessoas no estrangeiro para lutar pela Ucrânia e, aparentemente, votar nas eleições americanas.

A conta X de Routh, que foi apagada pouco depois de ter sido descoberta pelos utilizadores desta rede social, apresentava um comportamento incrivelmente errático, como oferecer “milhares de soldados afegãos com formação da NATO para ajudar a defender Taiwan” e encorajar o líder norte-coreano Kim Jung-Un a visitar o Havai.

Para além destes delírios, o suspeito tem um historial ligado à causa ucraniana. Routh terá combatido na Ucrânia e desenvolveu iniciativas para apoiar o esforço de guerra do regime Zelensky, incluindo o recrutamento de soldados afegãos para lutar contra a Rússia.

Um criminoso de carreira, mentalmente instável, foi capaz de manter canais de comunicação internacionais enquanto recrutava estrangeiros para lutar nas guerras de outras nações. É, como Thomas Matthew Crooks, um bode expiatório perfeito: um homem meio ensandecido, com uma história de activismo político, que parece actuar isoladamente.

Mas, como sempre, há fios soltos.

Talvez o facto mais suspeito de todos é este: O candidato republicano decidiu ir bater umas bolas em West Palm Beach à última hora, numa decisão espontânea e que não estava programada no seu calendário. Como é que o retardado Ryan Wesley Routh sabia dessa decisão e dessa localização? Só alguém muito próximo do ex-presidente poderia, em tempo real, informar o potencial assassino sobre a localização do seu alvo. Ou seja: alguém na própria comitiva de Trump ou… Os Serviços Secretos.

Chris Swecker, ex-director adjunto do FBI, disse à Newsweek que Ryan Routh pode ter tido informações privilegiadas sobre a agenda de Trump, concluindo que há uma possibilidade “assustadora” de outra pessoa estar envolvida, e fazendo a pergunta óbvia:

“Como é que o presumível assassino sabia que [Trump] estava naquele local, àquela hora? Só há três respostas possíveis: Adivinhou e teve muita sorte; vigiou Trump e seguiu-o até ao campo de golfe, ou tinha informações privilegiadas sobre a agenda de Trump. A última resposta é assustadora e tem implicações de que outra pessoa esteve envolvida.”

Durante uma entrevista à Fox News, o xerife do condado de Martin, Will Snyder, também afirmou que a “pergunta de um milhão de dólares” é como é que Routh sabia onde Trump ia estar.

Mas sobre este facto, acresce um outro ainda mais estranho e contraditório: Routh esteve escondido no campo de Golfe da Florida durante 12 horas antes de Trump ter lá chegado.

 

 

Seja como for, urge saber com quem mais é que este presumível assassino interagiu. Teria ele ligações aos poderes instituídos em Washington, a extremistas de esquerda ou mesmo a governos estrangeiros como o da Ucrânia?

A nuvem de fumo é óbvia. E típica de uma black op. Mais uma vez. E mais uma vez, há boas razões para acreditarmos que se trata de um inside job.

Entretanto, O FBI anunciou que vai realizar uma investigação sobre a segunda tentativa de assassinato de Trump, levantando preocupações sobre a segurança do candidato presidencial. Esta é a segunda tentativa de assassinato de Trump em dois meses, após o incidente de Julho em Butler, Pensilvânia. A tentativa de assassinato de Julho resultou numa morte e em dois feridos, levando à demissão da Directora dos Serviços Secretos, Kimberly Cheatle, mas a muito pouco mais do que isso e estava a ser afastada do domínio e do escrutínio público já há semanas.

Ainda assim, e porque a confiança de que o FBI poderá alguma vez realizar uma investigação credível sobre uma tentativa de assassinato a Donald Trump é de menos que zero, o governador da Florida, Ron DeSantis anunciou que vai também lançar uma investigação sobre a ocorrência.

Para já, o que sabemos com toda a certeza é que não devemos surpreender-nos com o facto de ter havido dois atentados contra a vida de Trump em pleno ciclo eleitoral. Devemos surpreender-nos com o facto de só terem acontecido dois. E de terem falhado o seu propósito.

Durante anos, os democratas e os media corporativos agiram como se Trump fosse uma ameaça existencial à democracia, a encarnação viva de Adolf Hitler, o promotor primeiro do Ku Klux Klan e da masculinidade tóxica e a imagem cuspida de Satanás. A verdade é que são os comissários democratas e os seus servos na imprensa que estão a ameaçar a democracia com os seus apelos crescentes à violência. Duas tentativas de assassinato seguiram-se a dois debates presidenciais – Coincidência?

E o que é que tem que acontecer para que as pessoas percebam que os poderes instituídos em Washington vão fazer tudo, mas tudo o que lhes for possível, para impedir que Donald Trump volte a residir na Casa Branca?

E até Novembro, há muito tempo para mais do mesmo.