O Office of Communications (Ofcom), o regulador estatal das comunicações televisivas e radiofónicas na Grã-Bretanha, fixou em apenas 8% a quota de Nigel Farage na cobertura das eleições, apesar de o partido estar empatado ou à frente dos Conservadores nas sondagens nacionais.

Numa declaração em vídeo sobre este claro bloqueio à veiculação da sua mensagem eleitoral, Farage, referindo a relativa falta de cobertura do seu Partido Reformista pela BBC e pelo Channel 4, estatais, e mesmo por emissoras independentes como a GBNews. afirmou:

“Estamos atrás dos conservadores na Escócia e em Londres, mas na maior parte da Inglaterra, somos agora claramente os adversários dos trabalhistas. Mas estamos a ter um grande problema; um enorme problema. (…) O regulador dos organismos de radiodifusão na Grã-Bretanha é o Ofcom, cheio de tipos do establishment. E as regras que deram aos organismos de radiodifusão são muito simples… O principal factor determinante da cobertura que cada partido recebe é o seu desempenho nas duas últimas eleições. Bem, o Reform UK é novo em folha. Nunca disputámos uma eleição nacional antes. Por isso, a cobertura que nos é atribuída é de oito por cento. Estamos a ter o mesmo nível de cobertura que o Partido Verde, apesar de termos mais do triplo dos números nas sondagens”.

Farage argumenta que o poder instituído concebeu as regras para manter o discurso político e a radiodifusão britânicas como “um clube agradável e acolhedor”, excluindo “novos desafiantes”.

O líder populista acescentou:

“Isto é agora um ultraje; isto agora equivale a interferência eleitoral. A Ofcom é uma vergonha. Estão quase a manipular esta eleição a favor dos partidos existentes”.

Quase?

O Reform UK está a estudar uma possível acção legal – mas faltam menos de duas semanas para o dia das eleições, a 4 de Julho, pelo que dificilmente essa iniciativa terá resultados práticos em tempo real.

 

 

Entretanto, o Reform UK continua a subir nas sondagens, na directa proporção da queda estrondosa do Partido Conservador, atingindo já os 20% das intenções de voto.

 

 

A BBC a cavar a sua própria sepultura.

De facto, Nigel Farage está a preparar-se para esvaziar completamente os conservadores e, nas eleições de 4 de Julho, colocar o Reform UK como o segundo partido mais votado no Reino Unido, depois dos trabalhistas, no que será um resultado histórico e uma ascensão meteórica nunca vista nas democracias ocidentais. Ainda assim, a BBC, que é financiada com o dinheiro dos contribuintes (e por isso, também com o dinheiro daqueles milhões que vão votar Reform UK) deu-se ao requinte de malvadez soviética de não o convidar para o seu “debate de líderes”.

Considerando o desastre económico e social que vai resultar do governo trabalhista, Farage, que já disse ter a intenção de cortar os fundos públicos à estação de propaganda globalista-marxista, está a colocar-se como um sério candidato a primeiro-ministro em 2029, se alguma coisa parecida com o Reino Unido ainda existir nessa altura. A BBC, no formato que tem tido nas últimas décadas, terá assim os dias contados.

Porque Deus é grande. E sofre de insónias.