As tentativas para formar um governo de direita populista nos Países Baixos, liderado por Geert Wilders, falharam, apesar de Wilders ter feito concessões significativas aos potenciais parceiros de coligação.
O Partido para a Liberdade (PVV) de Wilders obteve a vitória nas eleições parlamentares de Novembro, fazendo campanha com base numa plataforma populista que incluía a redução da imigração e o combate à islamização do país. O candidato estava em conversações com Pieter Omtzigt, líder do partido Novo Contrato Social, Dilan Yeşilgöz-Zegerius, que dirige o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), e Caroline van der Plas, líder do Movimento dos Agricultores Cidadãos (BBB). Se chegassem a um acordo de coligação, estas forças políticas teriam obtido uma maioria confortável na câmara baixa do parlamento holandês.
Em Janeiro, Wilders fez concessões significativas aos seus potenciais parceiros de governo, retirando projectos-lei que incluíam a proibição de mesquitas, das escolas islâmicas e do Alcorão.
As conversações chegaram a um fim prematuro depois de Omtzigt se ter retirado do processo, uma medida que chocou Wilders, Yeşilgöz-Zegerius e van der Plas.
Antes de dizer aos jornalistas na quarta-feira que estava “chocado e surpreendido” com a decisão de Omtzigt., Wilders escreveu no X na terça-feira à noite:
“Incrivelmente dececionante. Os Países Baixos querem este Gabinete e agora Pieter Omtzigt está a atirar a toalha ao chão quando ainda estávamos em discussões até hoje. Não percebo isto”.
No entanto, Omtzigt não excluiu totalmente a possibilidade de participar no próximo governo, afirmando que o seu partido
“Continua a trabalhar de forma construtiva mas cuidadosa para formar um governo que resolva efectivamente os problemas urgentes do país. Isto pode ser feito, por exemplo, através de um apoio construtivo a um Governo minoritário ou a um Governo extraparlamentar alargado”.
A verdade é que os partidos europeus localizados no centro direita ou ditos liberais são na verdade de centro esquerda e vão sempre impossibilitar qualquer governo de carácter populista. A lição que devemos tirar pelo que se passa em Espanha, na Polónia, em França ou até em Portugal, e agora nos Países Baixos, é que um governo de base populista só é possível com maioria absoluta. E que à esquerda a alergia ao populismo até facilita as alianças que permitem o acesso ao poder, mesmo quando se perdem as eleições.
Como o Contra tem vindo a dizer repetidamente: é muito fácil fazer batota em democracia.
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