Hunter Biden foi indiciado ontem por nove acusações – incluindo três crimes – em parte por alegadamente não ter pago mais de 1 milhão de dólares em impostos, enquanto levava uma vida “extravagante” de festas, drogas, prostitutas e luxos de toda a ordem, durante um período de quatro anos.
Os três crimes imputados ao filho de 53 anos do Presidente Biden – que enfrenta uma pena máxima de 17 anos de prisão se for condenado por todas as acusações – incluem uma acusação de evasão fiscal relativa aos seus impostos pessoais de 2018, duas acusações de apresentação de declaração falsa para os seus impostos pessoais de 2018 e uma declaração falsa sobre o rendimento da sua empresa Owasco, PC.
Hunter também foi indiciado por seis acusações de contravenção de falta de pagamento e falta de apresentação de encargos para os anos fiscais de 2016, 2017, 2018 e 2019.
O procurador David Weiss escreve na acusação (pdf) de 56 páginas do Distrito Central da Califórnia:
“O Réu envolveu-se num esquema para não pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos federais, que ele devia relativamente aos anos fiscais de 2016 a 2019. Para promover esse esquema, subverteu a folha de pagamentos e o processo de retenção de impostos de sua própria empresa, Owasco, PC, retirando milhões da Owasco, PC e gastando milhões de dólares num estilo de vida extravagante em vez de pagar as suas contas fiscais”.
Segundo a acusação, Biden gastou o seu dinheiro em
“drogas, acompanhantes e namoradas, hotéis de luxo e propriedades de aluguer, carros exóticos, roupas e outros artigos de natureza pessoal, em suma, tudo menos os seus impostos”.
Weiss salienta que Hunter Biden utilizou uma linha de crédito empresarial para efectuar mais de 27.000 dólares em pagamentos a um site pornográfico,
“o que, no total, representou um quinto de todas as despesas da linha de crédito empresarial”.
De acordo com o procurador, os pagamentos a sites pornográficos estavam entre os cerca de 189.000 dólares que a acusado gastou em “entretenimento para adultos”, incluindo um pagamento de 10.000 dólares por uma inscrição num clube de sexo que ele contabilizou como “inscrição num clube de golfe”.
Também apresentou uma falsa dedução por “consultoria” que se referia “na verdade e de facto” a pagamentos a “várias mulheres que estavam com ele romanticamente envolvidas ou que lhe prestavam serviços pessoais”.
Mais de 680.000 dólares foram para estas mulheres enquanto Hunter não estava a pagar o que devia ao Tio Sam. O procurador acrescenta ainda:
“Quando finalmente apresentou as suas declarações de 2018, incluiu falsas deduções comerciais a fim de evitar a cobrança de impostos para reduzir as obrigações fiscais substanciais que enfrentava em Fevereiro de 2020”.
O juiz Mark Scarsi, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, foi designado para o novo caso.
Weiss convocou o grande júri de Los Angeles para apresentar as novas acusações no mês passado. O procurador também emitiu uma intimação ao irmão de Joe Biden, James Biden, como parte da sua investigação de cinco anos sobre Hunter.
Hunter, já enfrenta três acusações criminais relacionadas com declarações falsas que fez ao comprar uma arma de fogo. Weiss apresentou essas acusações contra ele em Setembro, depois de um acordo judicial ter sido invalidado num tribunal do Delaware, em Junho deste ano. Na altura, Biden acabou por se declarar inocente de todas as acusações. No caso da arma de fogo, pode ser condenado a uma pena máxima de 25 anos de prisão.
No acordo fracassado, Biden concordaria em declarar-se culpado de duas acusações de contravenção por não pagar pelo menos 100.000 dólares relativos a mais 1.5 milhões de dólares em rendimentos auferidos em 2017 e 2018.
Na altura, Weiss recusou-se a apresentar queixa contra Biden por alegados crimes fiscais cometidos no sul da Califórnia e em Washington, DC, depois dos procuradores dos EUA em ambos os distritos terem recusado associar-se à sua investigação.
O informador do IRS, Gary Shapley, alega que Biden evitou pagar impostos sobre 8,3 milhões de dólares em rendimentos que recebeu entre 2014 e 2019, período durante o qual fez parte do conselho de administração da empresa de gás ucraniana Burisma Holdings e do fundo chinês BHR Partners.
Durante a audiência de confissão no tribunal de Delaware, os promotores disseram à juíza distrital dos EUA Maryellen Noreika que o acordo não impedia a apresentação de outras acusações contra Biden mais tarde por outros supostos crimes – como possíveis violações da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros. Essas alegadas violações à lei resultam do facto de Biden não se ter registado como agente estrangeiro quando estava envolvido em negócios lucrativos em países como a China e a Ucrânia, que alegadamente envolviam o seu pai e o seu tio.
O FBI, encarregado de investigar aspectos do processo de Weiss relacionados com lavagem de dinheiro e violações à Lei de Registo de Agentes Estrangeiros, não previu a apresentação de acusações contra Hunter relacionadas com esses assuntos.
Os investigadores federais também levantaram a possibilidade de acusar Biden de crimes relacionados com tráfico humano, devido às suas comunicações com várias alegadas prostitutas, nas quais parecia estar a coordenar as suas viagens através das fronteiras estaduais – uma possível violação da proibição federal da prostituição interestadual prevista na Lei Mann – de acordo com documentos do IRS.
O novo processo criminal contra Biden surge no momento em que os republicanos da Câmara se preparam para autorizar formalmente o inquérito de destituição do Presidente Biden por alegada corrupção.
A resolução, apresentada pelo deputado Kelly Armstrong (R-ND) na quarta-feira, instruí as comissões Judiciária, de Supervisão e de Vias e Meios da Câmara dos Representantes a determinar “se existem motivos suficientes” para destituir o presidente pelo seu suposto papel nos empreendimentos comerciais estrangeiros de Hunter e James Biden, durante sua vice-presidência.
Duas fontes disseram ao New York Post que a Câmara planeia provisoriamente votar a legislação na quarta-feira da próxima semana.
O presidente da Comissão de Supervisão da Câmara, James Comer, elogiou os informadores do IRS, Shapley e Joseph Ziegler, após a notícia das novas acusações, argumentando que estas não teriam sido apresentadas se os agentes não tivessem denunciado alegações de encobrimento e interferência do Departamento de Justiça na investigação. Comer disse a este propósito num comunicado:
“O Departamento de Justiça foi apanhado na sua tentativa de dar a Hunter Biden um acordo sem precedentes e as acusações apresentadas hoje contra Hunter Biden são o resultado dos esforços dos Srs. Shapley e Ziegler para garantir que todos os americanos sejam tratados de forma igual perante a lei. Todos os americanos devem aplaudir esses homens pela coragem de expor a verdade. As entidades empresariais de Hunter Biden implicadas nas acusações de hoje canalizaram dinheiro estrangeiro que foi parar à conta bancária de Joe Biden. A menos que o procurador Weiss investigue todos os envolvidos nos esquemas de fraude e tráfico de influências de Biden, ficará claro que o Departamento de Justiça do presidente Biden está protegendo o presidente e o seu filho.”
Tudo menos pagar impostos.
Em vez de pagar os seus impostos entre 2016 e 2019, Hunter gastou assim o seu dinheiro:
1,64 milhões de dólares em levantamentos em caixas multibanco;
683.212 dólares em “pagamentos a várias mulheres”;
397.530 dólares em vestuário e acessórios;
309.277 em propinas/educação;
237.496 em produtos de saúde, beleza e farmácia;
236.634 em compras de retalho diversas;
214,923 em alimentos, mercearias e restaurantes;
188,960 em entretenimento para adultos;
71,869 em reabilitação de drogas e álcool;
42,856 em melhoramento da casa;
24.445 em entretenimento;
23.567 em desportos e recreação.
A ver vamos como se desenrola o processo judicial, tendo em atenção que David Weiis é um procurador claramente ligado à administração Biden, e que o Departamento de Justiça é o braço judicial do regime.
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