O Exército dos EUA está a planear fazer grandes reduções nas suas forças de operações especiais. Não, não é por acaso.

Num esforço cada vez maior do regime Biden para injectar a cultura woke nas forças armadas americanas, as unidades das forças especiais continuam a ser das poucas áreas em que os woke warriors não conseguiram ganhar tração.

Segundo o Wall Street Journal (WSJ), o Exército vai despedir cerca de 3.000 soldados de elite, ou quase 10% das suas unidades de forças de operações especiais.

O serviço planeia informar o Capitólio nos próximos dias sobre as reduções. Na sua maioria, as tropas que vão ser desmobilizadas operam em funções de apoio às operações especiais, tais como guerra psicológica, informação e comunicações, logística e outros “serviços facilitadores”, de acordo com o que disseram oficiais militares dos EUA. Os cortes seguem-se à reafectação, no ano passado, de mais de 700 tropas de operações especiais do Exército e de outros serviços. Em suma, os cortes no Comando de Operações Especiais do Pentágono ascenderiam a cerca de 3.700 efectivos desde o ano passado.

As reduções foram duramente combatidas no seio da comunidade de operações especiais, mas é expectável que se concretizem, embora os documentos finais ainda não tenham sido assinados pelo Secretário de Defesa Lloyd Austin.

De acordo com o WSJ, os cortes permitiriam ao Exército reequilibrar-se em direcção a uma grande força terrestre convencional, que seria necessária para qualquer potencial combate na Ásia.

Na semana passada, o congressista norte-americano Mike Waltz (FL-R), boina verde reformado do Exército dos EUA e presidente do Subcomité de Prontidão, divulgou a seguinte declaração:

“Estou espantado e chocado com as notícias que indicam que o Exército dos EUA vai cortar 3.000 soldados das suas fileiras de operações especiais como forma de gerir a sua pior crise de recrutamento desde a Guerra do Vietname. A Secretária do Exército está a tentar afirmar que está apenas a cortar tropas de apoio, como analistas de informação, tropas de operações psicológicas e pessoal de logística. Na realidade, estas tropas de apoio são fundamentais para o sucesso das nossas operações especiais em locais remotos de 60-70 países, num determinado dia. Os operadores especiais desempenham um papel crucial na formação de aliados internacionais e são necessários para as missões mais perigosas em tempos de conflito e para dissuadir os inimigos. As operações especiais são mais relevantes do que nunca à medida que enfrentamos as ameaças da China, da Rússia, do Irão e dos terroristas em marcha no Afeganistão. A Administração Biden está mais uma vez a ignorar os conselhos de líderes militares seniores, enfraquecendo as nossas forças armadas a nível interno. Em vez de investir em iniciativas dispendiosas de clima e diversidade, o Exército deve concentrar-se em colocar os nossos soldados na melhor posição para vencer a próxima guerra”.

O Exército informará os legisladores do Congresso nos próximos dias sobre os cortes.

O Contra tem noticiado alguns dos esforços do Regime Biden para destruir as forças armadas americanas por dentro, através de políticas de diversidade, ideologia woke e introdução da Teoria da Crítica Racial; concedendo privilégios especiais a militares transgénero, incluindo o financiamento dos procedimentos médicos de “transição”, isenções de requisitos de prontidão e até mesmo desvinculando-os da obrigação de serem destacados.

 

 

O Center for Military Readiness (Centro para a Prontidão Militar) tem desenvolvido todos os esforços para efemenizar as tropas, e o Pentágono tem expandido, às vezes discretamente, outras nem tanto, as políticas transgénero por todos os ramos das forças armadas americanas. O actual modelo de soldado que o Pentágono e o Departamento de Defesa do regime Biden querem recrutar e treinar é este:

 

 

O General do Exército Mark Milley, antigo presidente do Estado-Maior Conjunto, defendeu a Teoria da Crítica Racial perante o Congresso, observando que é necessário combater a “raiva branca”.

Um relatório da Marinha dos EUA mostrou que existe um “foco insuficiente na liderança de combate”, juntamente com uma “cultura crescente de microgestão” e “excessos corrosivos na resposta à cultura mediática”. Considerando o que se está a passar, é dizer pouco.

Para resolver dificuldades de recrutamento, a Marinha dos EUA elegeu um drag queen como “embaixador digital”. O oficial subalterno Joshua Kelley, nome artístico Harpy Daniels, foi nomeado “Embaixador Digital da Marinha”, no contexto do esforço que este ramo das forças armadas dos EUA está a desenvolver para contrariar dificuldades de recrutamento. A ideia será talvez contraproducente.

A taxa de obesidade nas forças armadas dos EUA duplicou nos últimos 10 anos, sendo que mais de 1 em cada 5 soldados é obeso e mais de 4 em cada 10 têm excesso de peso. Boa sorte para uma guerra com a China, ou a Rússia ou o Irão.

É lamentável que o imperativo estratégico dos militares de defender os Estados Unidos tenha passado para segundo plano em relação à filosofia woke, à componente racial e às alterações climáticas.

Um relatório de Junho do Departamento de Defesa revelou um aumento brutal nos suicídios de soldados americanos no activo. Não admira que o Pentágono esteja a sentir dificuldades no recrutamento.

Não é coincidência portanto que o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou, num raro ataque de lucidez, que se a Ucrânia aderisse à NATO, isso significaria um confronto directo com Moscovo, para o qual os Estados Unidos não estão preparados.