O arcebispo Carlo Maria Viganò já foi chamado ao Contracultura, a propósito de uma poderosa mensagem em vídeo que endereçou no início de Outubro à Conferência da Identidade Católica, que foi prontamente censurada pela organização do evento, e que desmonta, num discurso que só pode ser qualificado com superlativos, o abominável trajecto do actual Papa.

Na semana passada Viganò divulgou outro discurso, desta vez enviado para a digressão Reawaken America Tour, um movimento cristão de base populista, com um foco diferente: o elitismo-globalista de inspiração totalitária e pagã, que ameaça o Ocidente em particular e o mundo em geral.

Dadas as desassombradas e lúcidas palavras do arcebispo, que não tem medo de chamar os bois pelos seus nomes, o Contra, como já fez a propósito da mensagem enviada à Conferência da Identidade Católica, publica o vídeo e transcreve uma tradução livre do seu discurso (negritos da responsabilidade do editor).

 

Acordem do vosso sono!

Mensagem para a digressão Reawaken America – 14 de outubro de 2023

Caros amigos,

Louvado seja Jesus Cristo!

Permitam-me que me dirija a vós, antes de mais, para vos agradecer o testemunho que dais aos vossos concidadãos americanos. O despertar das consciências é o primeiro passo para a libertação da liderança subversiva que usurpou os lugares mais altos das instituições nacionais e internacionais. Porque abrir os olhos  para a realidade é essencial, se quiserdes compreender o que está realmente a acontecer, denunciar o golpe de estado globalista e recuperar a soberania nacional e as liberdades fundamentais que vos foram retiradas.

Todos vós assististes, nos últimos anos, a uma mudança radical na sociedade. Uma mudança planeada por pessoas sem qualquer mandato eleitoral e imposta por governantes corruptos. Os Estados Unidos da América, tal como muitas outras nações reféns da Agenda 2030, enfrentam uma crise muito grave: inflação, uma onda migratória auto-induzida e fora de controlo, tráfico de seres humanos e de crianças, criminalidade desenfreada e enfraquecimento da aplicação da lei, liberalização do crime e da impunidade, degradação social por todo o lado, novas drogas que arruínam as pessoas que as tomam; as aberrações da ideologia woke, a agenda LGBTQ+ imposta nas escolas, a discriminação contra os brancos. E ainda há mais: a guerra contra o Presidente Donald Trump, a fraude eleitoral nas eleições presidenciais, os planos do Great Reset que parecem estar a ser implementados sem problemas, e o poço sem fundo de financiamento e ajuda militar que procura prolongar o conflito na Ucrânia, encobrindo assim os crimes da família Biden e dos Democratas. E, finalmente, um novo cenário de guerra muito perturbador no Médio Oriente. Este cerco multifacetado tem todas as características de uma guerra não convencional que é muito mais devastadora do que um conflito armado.

Esta elite quer que acreditemos que as mudanças que nos estão a impor, sem qualquer legitimidade democrática, são para o nosso bem. Este processo, aparentemente inexorável, foi planeado durante décadas, e aqueles que o estão a implementar pertencem a lobbies abertamente anticristãos. Divórcio, aborto, eutanásia, transição de género, pedofilia, corrupção moral, cultura do cancelamento, imigração e crises manipuladas, são formas de erradicar qualquer vestígio de moralidade cristã das nossas sociedades e de criar deliberadamente o empobrecimento da população e favorecer a guerra civil. O seu objectivo é dividir-nos, tornar-nos inimigos uns dos outros, e a lutar uns contra os outros em vez de nos unirmos e lutarmos contra eles. Estes subversivos querem a todo o custo fazer-nos pensar que não há alternativa, que as crises que provocam – a farsa da pandemia, a emergência climática, a crise energética e da água, as guerras por procuração – são irreversíveis e inevitáveis.

Hoje sabemos que não é assim. Temos a capacidade de sair deste inferno na terra – e devemos fazê-lo – mas só o podemos fazer se compreendermos duas coisas importantes e interligadas.

Primeiro: os globalistas estão certamente muito bem organizados e dispõem de enormes meios económicos, mas são muito poucos, e os membros desta elite tirânica têm um nome e um rosto, a começar pelos Rothschilds e pelos Rockefellers, por Bill Gates, George Soros e Klaus Schwab. Todas as suas riquezas e lucros provêm da exploração dos povos e da cumplicidade dos governantes que foram corrompidos e comprados. Também aqui os nomes são bem conhecidos: muitos políticos e representantes das principais instituições de várias nações participaram no programa “Jovens Líderes Globais para o Amanhã”, a escola da subversão, dirigida pelo Fórum Económico Mundial. Em que é que os expoentes de organizações supranacionais, cujo objectivo é o seu próprio enriquecimento e a nossa escravização, são diferentes da máfia? O que é que nos impede de nos revoltarmos contra eles da mesma forma que nos revoltaríamos contra os mafiosos?

A segunda coisa importante a ter em mente é que, nesta batalha espiritual, a elite globalista, por mais poderosa que possa parecer, obedece a Satanás, o Adversário, aquele que é um assassino desde o início, enquanto Nós, o Povo, com todas as nossas fraquezas, estamos alinhados com o Deus Todo-Poderoso. Será que acreditamos que o seu mestre, Satanás, é mais poderoso do que o Senhor Deus? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigénito de Deus, encarnou e enfrentou a sua Paixão e Morte na Cruz, precisamente para quebrar as cadeias do pecado e da morte com que Satanás nos mantém cativos. Pela Redenção, fomos resgatados do jugo do demónio e, pela Graça, temos assistência sobrenatural para travar a batalha santa contra o Adversário da humanidade. Se compreendermos que a vitória já foi ganha e que Deus é verdadeiramente Todo-Poderoso, compreendemos também que se estivermos do lado do Senhor e lutarmos com Ele contra os Seus e os nossos inimigos, partilharemos a vitória. A questão não é “quando Deus vencerá Satanás” – a sua vitória é certa porque Satanás já foi vencido na Cruz. A questão é se queremos ganhar com Deus ou perder inexoravelmente com Satanás.

É Deus Todo-Poderoso, que tem o destino do mundo nas suas mãos. Ele é o Senhor, o Doador da Vida. Devemos obedecer-Lhe e só a Ele, porque Ele é um Pai bom que quer o nosso bem, ao ponto de dar a vida do Seu Filho Unigénito por nós! Devemos acreditar apenas em Deus, porque Ele é a Verdade e não nos engana!

Saiam, em nome de Deus! Saiam deste horrendo teatro infernal montado por criminosos subversivos que nos querem mortos! Não permitais que o engano desta casa de horrores se torne uma realidade distópica. Não vos deixeis matar de corpo e alma por aqueles que odeiam tudo o que é Bom, Verdadeiro e Belo, porque é uma imagem de Deus e da Sua grandeza! Reagi e levantai-vos!

Acordem, queridos amigos. Despertai do vosso sono e redescobri o orgulho de servir o Bem, sabendo que Deus está ao vosso lado e que, por mais poderosos que os Seus e os nossos inimigos possam parecer, Ele já venceu, mas quer que todos nós participemos nesta batalha espiritual para nos tornarmos participantes da Sua vitória e do Seu triunfo.

E se nesta batalha quiserdes também ajudar os sacerdotes e religiosos que corajosamente resistem à tirania de uma hierarquia católica corrupta e apóstata, podeis fazê-lo com um donativo à Exsurge Domine, a associação internacional fundada por mim que ajuda os pastores fiéis a Cristo e luta para que a Palavra de Deus não seja silenciada, para que a luz do Evangelho brilhe nas trevas, para que haja sempre sacerdotes que ofereçam o Santo Sacrifício da Missa à Majestade Divina. Que a Santíssima Virgem Maria, Nossa Senhora e Rainha, e São Miguel Arcanjo, Príncipe da Hóstia Celeste, nos ajudem neste esforço.

Não vos deixeis enganar, caros amigos: Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat!

E que DEUS vos abençoe a todos.

Carlo Maria Viganò, Arcebispo