Um estudo de uma equipa chefiada por Kenneth Skrableda Universidade de Massachusetts e publicado pela Health Physics, efectuado com base em dados referentes a um espectro temporal que se estende entre 1750 e 2018, concluiu que o CO2 fóssil atmosférico de origem humana representou 23% do total das emissões desde 1750, estando os restantes 77% nos naturais processos de troca de CO2.

A percentagem do total de dióxido de carbono (CO2) devido à utilização de combustíveis fósseis entre 1750 e 2018 aumentou 12% em 2018 em relação a 1750, um valor demasiado baixo para ser a causa do alegado aquecimento global. O estudo estima que o valor da concentração atmosférica de CO2 antropogénico derivado de combustíveis fósseis em 2018 é de 46,84 ppm, de um total de 405,40 ppm.

Mas isso não impediu as Nações Unidas e os seus lacaios de mentirem sobre o assunto, repetidamente e durante muitos anos.

A Energy Information Administration (EIA) afirma que:

“Nos Estados Unidos, a maior parte das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) de origem humana (antropogénicos) provém principalmente da queima de combustíveis fósseis – carvão, gás natural e petróleo – para utilização energética. Em 2020, as emissões de CO2 representaram cerca de 79% do total das emissões antropogénicas de GEE dos EUA (com base no potencial de aquecimento global a 100 anos).”

A EIA indica a fonte da sua informação: ”

A US Environmental Protection Agency (EPA) publica estimativas do total de emissões de gases com efeito de estufa dos EUA para cumprir os compromissos anuais do país no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CQNUAC).”

A EPA afirma peremptoriamente que

“a utilização de combustíveis fósseis é a principal fonte de CO2”.

A fonte da EPA e, portanto, a fonte da EIA, é uma agência da ONU e um grupo de activistas/lobistas, o IPCC, que foi criado para ignorar todas as causas das alterações climáticas, excepto as que têm origem na actividade humana.

Em 1988, Maurice Strong, o homem que inventou as “alterações climáticas”, convenceu o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) a concordarem com a formação de um “mecanismo intergovernamental” para monitorizar o aquecimento global antropogénico e sugerir recomendações políticas para a ONU e os governos ocidentais. Esta organização é o IPCC.

Em 2007, o IPCC e o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, receberam o Prémio Nobel da Paz

“pelos seus esforços para desenvolver e divulgar mais conhecimentos sobre as alterações climáticas provocadas pelo homem e para lançar as bases das medidas necessárias para contrariar essas alterações”.

Todas as previsões de Al Gore provaram-se erradas. Todos os alarmes do IPCC demonstraram-se falsos.

A própria existência do IPCC assenta no estabelecimento das actividades humanas como a causa do aquecimento global e, se alguém mencionar qualquer dos factores significativos que influenciam as alterações climáticas, ou que o clima mudou e mudará sempre, o instituto negará imediatamente a razão da sua existência. O IPCC é o grupo activista e de pressão da ONU para fazer avançar a agenda da “ameaça do aquecimento global”, um estratagema para justificar um ataque à humanidade.

A EPA afirma ainda que

“desde 1970, as emissões de CO2 aumentaram cerca de 90%, com as emissões provenientes da combustão de combustíveis fósseis e dos processos industriais a contribuírem com cerca de 78% do aumento total das emissões de gases com efeito de estufa entre 1970 e 2011”.

Negando completamente a narrativa dos alarmistas climáticos, o estudo de fevereiro de 2022 concluiu que o aumento do CO2 atmosférico resulta da redistribuição anual do CO2 entre os seus reservatórios naturais, principalmente de uma libertação líquida de CO2 dos oceanos devido ao aumento das temperaturas por insolação solar a partir de 1950.

1750 é o ano que geralmente se considera iniciático da revolução industrial e da utilização de combustíveis fósseis para alimentar a indústria e os transportes. Mas só em 1958 é que se tornaram disponíveis medições atmosféricas do dióxido de carbono. Em 2003, o observatório NOAA em Niwot Ridge iniciou outras medições atmosféricas, incluindo a mensuração de três isótopos de carbono: 12C, 13C e 14C.

O leitor talvez esteja familiarizado com o facto do carbono 14 ser utilizado como base do método de datação por radiocarbono utilizado para datar amostras arqueológicas e geológicas. O carbono-14 (14C) também é utilizado para estimar o CO2 atmosférico. Mas, devido à “meia-vida” do 14C, ou seja, a taxa a que este se decompõe até metade do seu valor, os combustíveis fósseis não possuem o isótopo 14C.

O observatório de Niwot Ridge utiliza a razão entre os átomos 13C/12C e a razão entre os átomos 14C/12C para calcular duas estatísticas: d13C e D14C, na medida em que quando a componente fóssil antropogénica aumenta na atmosfera, tanto o d13C como o D14C diminuem.

Os autores do estudo observaram que a divisão entre o dióxido de carbono de origem humana e o dióxido de carbono não fóssil nunca foi efectuada pela NOAA, ou por qualquer outro observatório, nas estimativas do CO2 atmosférico.

“Apesar da falta de conhecimento destes dois componentes, as afirmações de que a totalidade ou a maior parte do aumento do dióxido de carbono ao longo do tempo, desde 1800, se deve ao componente fóssil antropogénico têm continuado desde que começaram em 1960 com a “Curva de Keeling” que reflecte o aumento do CO2 resultante da queima de combustíveis fósseis. As alegações da dominância do componente fóssil antropogénico envolveram o uso indevido das estatísticas d13C e D14C. Os declives acentuados resultantes nas parcelas provavelmente levaram pessoas em todo o mundo a concluir que o componente antropogénico dominou o aumento de CO2 e causou o aquecimento global. A actividade específica do 14C na atmosfera é reduzida por um efeito de diluição quando o CO2 fóssil, que é desprovido de 14C, entra na atmosfera”, 
Skrable, Kenneth; Chabot, George; French, Clayton1. CO2 atmosférico mundial, sua atividade específica de 14C, componente não fóssil, componente fóssil antropogênico e emissões (1750-2018). Física da Saúde 122 (2): p 291-305, fevereiro de 2022.

A diluição do 14C atmosférico é designada por efeito Suess, em homenagem ao químico austríaco Hans Suess, que observou a influência deste efeito na exactidão da datação por radiocarbono.

“Utilizámos os resultados do efeito Suess para quantificar os dois componentes.”

As duas componentes são a componente fóssil antropogénica e a componente não fóssil.

Para calcular as quantidades dos dois componentes, os autores do estudo tiveram de “preencher as lacunas” devido à limitação dos dados D14C fornecidos pela NOAA. A NOAA só forneceu dados com início em 2004 e fim em 2012, embora o programa D14C tenha continuado.

“Não conseguimos obter da NOAA os dados de 2013 a 2020. Para compensar os dados limitados do D14C, é utilizado um processo para estimar as actividades específicas previstas”.

O estudo assinalou factores que afectam significativamente o CO2 atmosférico e teve-os em conta na medida do necessário. Estes factores são:

1. O ciclo global do carbono e os seus efeitos nas quantidades de CO2. As trocas naturais e bidireccionais de CO2 ocorrem entre a atmosfera e os seus dois reservatórios de troca, os oceanos e a biosfera. O oceano é o maior reservatório de CO2, contendo 50 vezes mais do que a atmosfera e 19 vezes mais do que a biosfera terrestre.

2. Ciclos glaciares-interglaciares. De acordo com este artigo da NOAA, a causa dos ciclos glaciares-interglaciares deve-se a variações na órbita da Terra ao longo do tempo, o que altera a quantidade de radiação solar recebida pelo planeta. Durante o último longo período glaciar, os oceanos absorveram uma grande quantidade de CO2 da atmosfera. A Terra ainda está no período interglaciar do Holoceno, que começou há 11 500 anos. O aumento de CO2 que a Terra tem vindo a registar desde 1800 parece ter começado há mais de 5.000 anos.

3. Aumento do 14C devido aos ensaios de bombas nucleares a grande altitude. Os ensaios com bombas H na década de 1950 distorceram as idades de radiocarbono em muitos materiais. A porção de 14C proveniente dos ensaios nucleares corresponde a cerca de 2,6% do inventário global, que atualmente se encontra sobretudo no reservatório oceânico. As medições das actividades específicas de 14C do CO2 atmosférico durante este período devem ser corrigidas em função da contribuição dos ensaios com bombas. Uma hiperligação da NOAA sobre o pico das bombas apresenta um gráfico da estatística do D14C, onde é feita a seguinte declaração: “Na década de 1980, a maior parte do 14C da ‘bomba’ tinha sido absorvida pelos oceanos e pela bioesfera terrestre, deixando níveis ligeiramente elevados na atmosfera. No entanto, os níveis atmosféricos de 14C continuam a diminuir – agora devido às emissões de CO2 dos combustíveis fósseis. Os combustíveis fósseis têm milhões de anos e não têm 14C.”

A frase que destacámos a negrito descreve o efeito Suess.

O estudo concluiu:

“A suposição de que o aumento de CO2 desde 1800 é dominado ou igual ao aumento da componente antropogénica não é uma ciência estabelecida. Conclusões não fundamentadas sobre o predomínio da componente antropogénica fóssil do CO2 e preocupações sobre o seu efeito nas alterações climáticas e no aquecimento global têm implicações sociais potenciais graves que pressionam a necessidade de acções correctivas muito dispendiosas que podem ser mal orientadas, factualmente desnecessárias e ineficazes para travar o aquecimento global.”
Skrable, Kenneth; Chabot, George; French, Clayton1. World Atmospheric CO2, Its 14C Specific Activity, Non-fossil Component, Anthropogenic Fossil Component, and Emissions (1750-2018). Física da Saúde 122 (2): p 291-305, fevereiro de 2022.

Portanto, com os mesmos dados do IPCC, os cientistas da Universidade de Massachusetts chegaram a conclusões completamente diferentes.

Então, o que está a causar o aumento do CO2 atmosférico, partido do princípio, discutível, que esse aumento é real e que o seu cálculo global é cientificamente relevante? Como já foi referido, o artigo da NOAA sobre os Ciclos Glaciais-Interglaciais sugere que os recentes aumentos de CO2 e de temperatura se devem principalmente a alterações cíclicas da radiação solar associadas à órbita da Terra em torno do Sol. O estudo refere que

“A variação anual na componente não fóssil tem valores crescentes positivos após 1764. Acabará por se tornar negativa no próximo período glaciar, quando as temperaturas médias voltarem a diminuir, tal como aconteceu em todos os ciclos glaciais-interglaciais anteriores”

Esta conclusão não é nova. As temperaturas aumentaram e diminuíram dramaticamente ao longo da imensa e venerável idade do planeta, sem precisarem dos gases nocivos da nossa indústria, que está aliás para o mapa cronológico da Terra como um nano-segundo para o calendário de um ano cristão. As conclusões paradigmáticas e – estas sim – científicas (porque respeitadoras do método e demonstráveis na realidade) da já falecida Dra. Petra Udelhofen, estabelecidas nos anos 90, ajudam-nos a perceber que um hipotético efeito de estufa e o consequente aquecimento global podem depender directamente da cíclica intensificação dos fluxos de radiação solar que atingem a terra e não da quantidade de dióxido de carbono libertada pela civilização.

Mas para além de tudo isto, e simplificando:

O dióxido de carbono constitui 0,04% da atmosfera terrestre. Na pior das hipóteses, os seres humanos produzem 3% desses 0,04%. Será que devemos aniquilar a civilização como a conhecemos porque liberta 3% do dióxido do carbono que em 0,04% constitui a atmosfera terrestre?

Convenhamos, se o objectivo é escravizar as massas, terão que encontrar um argumento que não fique vazio de senso ao primeiro parágrafo de contraditório.